Artroplastia unicompartimental do joelho: perspectivas e tendências atuais no Brasil

Data
2012-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the approaches and procedures used by Brazilian orthopedic surgeons for treating osteoarthrosis by means of unicompartmental knee arthroplasty and high tibial osteotomy of the knee. METHODS: A questionnaire with 14 closed questions was developed and applied to Brazilian knee surgeons during the three days of the 43rd Brazilian Congress of Orthopedics and Traumatology. RESULTS: A total of 113 surgeons filled out the questionnaire completely and became part of the sample analyzed. In this study, the majority of the surgeons performed fewer than five unicompartmental knee arthroplasty procedures/year (61.1%) and between 5 and 15 high tibial osteotomy procedures/year (37.2%). Use of computerized navigation systems during surgery remains uncommon in our environment, since only 0.9% of the specialists were using it. 65.5% of the surgeons reported that they had chosen to use total knee arthroplasty rather than partial arthroplasty due to lack of familiarity with the surgical technique. When asked about the possibility that the number of unicompartmental prostheses used in Brazil would grow as surgeons in this country become increasingly familiar with the technique, 80.5% of the respondents believed in this hypothesis. In this sample, we found that the greater the surgeon's experience was, the greater the numbers of unicompartmental prostheses and tibial osteotomies performed annually were (r = 0.550 and r = 0.465, respectively; p < 0.05). CONCLUSIONS: There is a clear evolutional trend towards treatment of unicompartmental osteoarthritis using partial knee arthroplasty in Brazil. However, further prospective controlled studies are needed in order to evaluate the clinical and scientific benefits of these trends.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar as condutas e procedimentos realizados pelos cirurgiões de joelho do Brasil no tratamento da osteoartrose com artroplastia unicompartimental e osteotomia tibial alta do joelho. MÉTODOS: Um questionário de 14 questões fechadas foi elaborado e aplicado a cirurgiões brasileiros de joelho durante os três dias do 43º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia. RESULTADOS: Um total de 113 cirurgiões de joelho preencheram completamente o questionário e fizeram parte da amostra analisada. Neste estudo, a maioria dos cirurgiões realizava menos de cinco artroplastias unicompartimentais do joelho/ano (61,1%) e entre cinco e 15 osteotomias tibiais altas/ano (37,2%). A utilização de navegação computadorizada no intraoperatório é ainda infrequente em nosso meio, sendo realizada por apenas 0,9% dos especialistas. A opção pelo uso da artroplastia total do joelho em detrimento da parcial devido à falta de familiaridade com a técnica cirúrgica foi relatada por 65,5% dos cirurgiões. Quando arguidos sobre a possibilidade de crescimento no número de próteses unicompartimentais no Brasil com o aumento da familiaridade com a técnica pelos cirurgiões do País, 80,5% dos entrevistados responderam que acreditam nesta hipótese. Nesta amostra, constatamos que quanto maior a experiência do cirurgião maior o número de próteses unicompartimentais e osteotomias tibiais realizadas anualmente (r = 0,550 e r = 0,465, respectivamente, e p < 0,05). CONCLUSÕES: Existem claras tendências em evolução no tratamento da osteoartrose unicompartimental com artroplastia parcial do joelho no Brasil. No entanto, mais estudos prospectivos controlados são necessários para avaliar o benefício clínico e científico destas tendências.
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Revista Brasileira de Ortopedia. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, v. 47, n. 6, p. 724-729, 2012.
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