Heparina de baixo peso molecular versus heparina não fracionada, ambas de uso endovenoso, no tratamento do tromboembolismo venoso agudo
Data
2003
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Contexto. Apesar da evidencia de que a heparina de baixo peso molecular, administrada por via subcutanea e pelo menos tao efetiva e segura quanto a heparina nao fracionada, resultando em um tratamento mais pratico e curto, seu uso endovenoso, comparado ao da heparina nao fracionada, poderia trazer novas evidencias, vantajosas ou nao, para a escolha dessa via de administracao. Objetivo. Comparar a eficacia e a seguranca de dois tipos de heparinas (baixo peso molecular e nao fracionada) administradas endovenosamente no tratamento inicial do tromboembolismo venoso. Tipo de estudo. Revisao sistematica de ensaios clinicos randomizados com metanalises. Local. Centro Cochrane do Brasil / Escola Paulista de Medicina. Estrategia de busca. As fontes de estudos utilizadas foram: EMBASE, LILACS, MEDLINE, SCISEARCH, registro de ensaios Controlados da COLABORACAO COCHRANE, registro de ensaios controlados do grupo de doencas vasculares perifericas da COLABORACAO COCHRANE, lista de referencias e comunicacao pessoal. Criterios para selecao do estudos. Estudos: todos os ensaios clinicos randomizados e duplo-cegos nos quais ambos os tipos de heparinas (HNF e HBPM) foram utilizados na terapeutica clinica em questao. Participantes: pacientes com tromboembolismo venoso agudo. Intervencoes: heparina de baixo peso molecular (HBPM) intravenosa, comparada a HNF intravenosa (grupo controle), usando-se randomizacao. Variaveis estudadas. Mortalidade total, incidencia de embolia pulmonar sintomatica, incidencia de embolia pulmonar assintomatica, recorrencia de trombose venosa profunda, hemorragias maiores, hemorragias menores, melhora objetiva da TVP. Resultados. Foram obtidos oito ensaios clinicos (Bratt 1985a, Bratt 1985b, Lockner 1985, Lockner 1986a, Lockner 1986b, Albada 1989, Merli 1993 e Kirchmaier 1998), em seis artigos publicados, que envolveram um total de 511 participantes. Destes, 260 foram tratados com HNF e 251 receberam HBPM. Os participantes randomizados para o grupo tratado com HBPM, comparados com aqueles designados para o grupo que recebeu HNF, mostraram: a) eventos hemorragicos maiores: 9 por cento vs 7 por cento, RR 1,40 (IC 95 por cento 0,65 - 3,04); b) mortalidade: 0 por cento vs 1 por cento, RR 0,49 (IC 95 por cento 0,06 - 3,78); c) eventos hemorragicos menores: 15 por cento vs 16 por cento, RR 0,87 (IC 95 por cento 0,59 - 1,26); d) embolia pulmonar sintomatica: 1 por cento vs 0 por cento, RR 7,16 (IC 95 por cento 0,37 - 137,27); e) embolia pulmonar assintomatica (avaliacao cintilografica): 6 por cento vs 9 por cento, RR 0,62 (IC 95 por cento 0,29 -1,34); f) recorrencia de trombose venosa profunda: 1 por cento vs 5 por cento, RR 0,36 (IC 95 por cento 0,12 - 1,11); g) Melhora objetiva da TVP: 44 por cento vs 41 por cento, RR 1,14 (IC 95 por cento 0,92 - 1,43). Conclusao. Nesta revisao sistematica com metanalise, nao foi possivel determinar equivalencia entre os tratamentos ou superioridade de um em relacao a outro na avaliacao da eficacia e da seguranca da HBPM, quando comparada as da HNF, ambas administradas endovenosamente
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2003. 115 p.