Correlacao entre a variante genetica relacionada a sensibilidade insulinica ala1369ser (sur1) e a suscetibilidade aâ paralisia periodica tirotoxica (ppt)

Data
2014-05-28
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Nós descrevemos as principais canalopatias endócrinas resumidas no artigo de revisão que compreende o trabalho 1 dessa dissertação. Essa revisão aborda as principais canalopatias com interesse crescente sobre o estudo da diversidade dos canais iônicos presentes nas células endócrinas, tendo em vista seu importante papel na modulação do sistema endócrino. Este primeiro artigo propõe revê as canalopatias endócrinas já conhecidas, com foco particular nos recentes progressos no conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos a partir das alterações eletrofisiológicas e funcionais encontradas. Os canais iônicos auxiliam diferentes funções celulares, principalmente na transdução de sinal. Nas células endócrinas, esses canais têm variadas funções desde a secreção hormonal, sinalização do Ca2+, transporte transepitelial, regulação da motilidade, volume e conteúdo iônico celular e até na acidificação do compartimento lisossomal (pH). Nesse sentido, as alterações nesses canais podem causar distúrbios endocrinológicos, como pseudo-hipoaldosteronismo tipo 1, síndrome de Liddle, síndrome de Bartter, hipoglicemia hiperinsulinêmica da infância, diabetes melito neonatal, fibrose cística, doença de Dent, hipomagnesemia com hipocalcemia secundária, diabetes insipidus nefrogênico e paralisia periódica tirotóxica hipocalêmica. Este conhecimento pode nos fazer entender a fisiologia peculiar destas células e levar ao desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. No trabalho 2, demonstramos a associação da variante alanina 1369 do SUR1 com a susceptibilidade à PPT relacionada à resposta insulínica. Tendo em vista a forte associação encontrada dessa variante quando comparada ao grupo com tirotoxicose sem paralisia, este achado reforça nossa hipótese de que a hiperinsulinemia observada em paciente com PPT pode estar relacionada a esta variante genética, contribuindo com a compreensão do modelo multifatorial de fisiopatologia da PPT. Acreditamos que a suscetibilidade à PPT é marcada pela heterogeneidade genética e, quando à essa herança é somada a tirotoxicose e outros fatores precipitantes como o elevado consumo de carboidratos, os pacientes geneticamente susceptíveis apresentariam a crise de paralisia.
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Citação
ROLIM, Ana Luiza Rabelo. Correlacao entre a variante genetica relacionada a sensibilidade insulinica ala1369ser (sur1) e a suscetibilidade aâ paralisia periodica tirotoxica (ppt). 2014. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.