Resposta divergente da testosterona e do cortisol séricos em atletas masculinos após uma corrida de maratona
Data
2006-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Physical exercise alters homeostasis, as it requires prompt mobilization of metabolic sources. In this study, we measured serum testosterone (T) and cortisol (C) levels and the muscle-wastage enzymes CK, CKMB and LDH in 20 healthy male athletes (ages 25 to 40 years) in response to a marathon race (42.2 km). Venous blood samples were drawn in 3 different periods: (i) in the morning, 48 h before the competition (control), (ii) at the end of the race (end), and (iii) in the next morning, 20 h after the race (recovery). At the end, T was significantly lower (from 673 to 303 ng/dl) and C higher (from 20.3 to 42.5 µg/dl) as compared to the control period. At recovery, both were virtually identical to control levels. CK, CKMB and LDH were significantly higher at the end of the competition and even higher in the recovering period (except for CKMB), characterizing muscle wastage. CK and LDH disclosed a significant negative correlation with T (-0.412 and -0.546, respectively), whereas CKMB correlated positively with C (0.4521). We conclude that the inverse correlation observed between T and C levels, and the pattern of CK, CKMB and LDH increase, allow us to confirm that a marathon race may cause a marked physical stress, resulting in a distinct hormonal imbalance and severe cellular damage.
O exercício físico altera a homeostase, pois requer rápida mobilização de fontes metabólicas. Neste estudo, analisamos a resposta dos níveis séricos de testosterona (T) e cortisol (C) e das enzimas de desgaste muscular CK, CKMB e LDH, em 20 atletas masculinos sadios (25 a 40 anos), participantes de uma maratona (42,2 km). Coletas de sangue venoso foram feitas em 3 períodos: (i) pela manhã, 48 h antes da maratona (controle), (ii) logo após o término da corrida (final) e (iii) na manhã seguinte, 20 h após a realização da prova (recuperação). Ao final, T estava significantemente mais baixa (de 673 para 303 ng/dl) e C mais elevado (de 20,3 para 42,5 µg/dl) que no período controle. Na recuperação, ambos praticamente retornaram aos níveis basais. CK, CKMB e LDH estavam significantemente mais elevadas ao final da corrida e mais ainda na recuperação (exceto a CKMB), caracterizando o desgaste muscular. Enquanto CK e LDH apresentaram significante correlação negativa com a T (-0,412 e -0,546, respectivamente), CKMB correlacionou-se positivamente com o C (0,4521). Concluímos que a correlação inversa entre T e C, e o comportamento das enzimas CK, CKMB e LDH, permite comprovar que uma corrida de maratona causa intenso stress físico, provocando desequilíbrio hormonal e lesão celular severa.
O exercício físico altera a homeostase, pois requer rápida mobilização de fontes metabólicas. Neste estudo, analisamos a resposta dos níveis séricos de testosterona (T) e cortisol (C) e das enzimas de desgaste muscular CK, CKMB e LDH, em 20 atletas masculinos sadios (25 a 40 anos), participantes de uma maratona (42,2 km). Coletas de sangue venoso foram feitas em 3 períodos: (i) pela manhã, 48 h antes da maratona (controle), (ii) logo após o término da corrida (final) e (iii) na manhã seguinte, 20 h após a realização da prova (recuperação). Ao final, T estava significantemente mais baixa (de 673 para 303 ng/dl) e C mais elevado (de 20,3 para 42,5 µg/dl) que no período controle. Na recuperação, ambos praticamente retornaram aos níveis basais. CK, CKMB e LDH estavam significantemente mais elevadas ao final da corrida e mais ainda na recuperação (exceto a CKMB), caracterizando o desgaste muscular. Enquanto CK e LDH apresentaram significante correlação negativa com a T (-0,412 e -0,546, respectivamente), CKMB correlacionou-se positivamente com o C (0,4521). Concluímos que a correlação inversa entre T e C, e o comportamento das enzimas CK, CKMB e LDH, permite comprovar que uma corrida de maratona causa intenso stress físico, provocando desequilíbrio hormonal e lesão celular severa.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 50, n. 6, p. 1082-1087, 2006.