Avaliação da percepção, crença, atitude e conhecimento médico em relação à resistência bacteriana aos antimicrobianos
Data
2006
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivos: Avaliar o conhecimento, crenças, percepções, atitudes e comportamento de médicos, em relação à resistência aos antimicrobianos e identificar as barreiras e sugestões desses médicos que possam contribuir com o desenvolvimento de estratégias que melhorem a adesão às medidas de prevenção e controle da resistência bacteriana. Método: O estudo foi realizado no Hospital São Paulo, hospital universitário ligado à Universidade Federal de São Paulo. A pesquisa incluiu médicos diretamente ligados à prescrição de antimicrobianos, que responderam um questionário elaborado sob a estrutura do modelo comporta mental de crenças em saúde, durante o período de 01 de junho a 30 de setembro de 2005. As medidas de prevenção sugeridas no questionário foram baseadas nas estratégias apresentadas na Campanha para Prevenção da Resistência Antimicrobiana desenvolvida pelo "Centers for Disease Control and Prevention" em 2002. Resultados: Participaram da pesquisa, 310 médicos, 10,6 por cento preceptores e 89,4 por cento médicos residentes. A maioria dos médicos (99,0 por cento) concordou que a resistência aos antimicrobianos constitui-se em um problema e. a maioria, 97,7 por cento concordou que os médicos usam mais antimicrobianos que o necessário. Muitos (44,0 por cento) afirmaram que gostariam de receber mais informações sobre antimicrobianos. e 86,1 por cento apontaram a falta de conhecimento técnico sobre antimicrobianos como uma dificuldade para a adequação do uso de antimicrobianos. Quarenta e cinco por cento afirmou acreditar que a escolha do antimicrobiano baseado em cultura e antibiograma seria uma medida eficaz no controle da resistência bacteriana. Conclusões: A maioria dos participantes percebe a resistência aos antimicrobianos como um problema e essa percepção está diretamente relacionada à experiência do profissional com a prescrição de antimicrobianos. Os médicos sentem falta de esclarecimentos teóricos sobre antimicrobianos e acreditam que isso possa interferir na adesão às recomendações sobre o tema. A maioria dos participantes acha importante uma divulgação mais ampla do perfil de sensibilidade dos microrganismos isolados no Hospital São Paulo. O conhecimento das crenças, percepções e atitudes dos médicos em relação a um determinado problema, facilitaria a elaboração de manuais, que respeitando as características daqueles profissionais, obteriam uma maior aderência às recomendações propostas.
Purpose: To assess physician’s knowledge, beliefs, perceptions, and attitudes about antimicrobial resistance. To know their barriers and suggestions in order to design more effective interventions. Methods: We conducted a cross sectional survey of physicians at University Hospital of UNIFESP-EPM (Hospital São Paulo), during July 1st and September 30th 2005, by a self-administered questionnaire using the Health Belief Model as a framework. The questionnaire was based in the topics of “Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Setting” for Centers for Diseases Control and Prevention, 2002. Results: The survey was completed by 310 house staff physicians, included medicine residents (89,4%) and medicine attending physicians (10,6%). Antibiotic resistance was perceived as a very important problem by 99% of the respondents. Most of physicians (86,7%) agreed antibiotics are overused in general and 97,7% them believed that widespread and inappropriate antibiotic use were important causes of resistance. One hundred forty physicians (45%) indicated “choose antibiotic using cultures” as effective strategy for preventing antimicrobial resistance. Conclusions: The most of respondents are concerned about antimicrobial resistance as a problem and this perception is correlated with physician’s antimicrobial prescribing experience. Physicians stated that they wanted more antimicrobial education. The most of respondents believed that divulgation of identification and susceptibility tests at hospital is useful. Interventions are more likely to be effective if professional’s beliefs, perceptions and attitudes were known.
Purpose: To assess physician’s knowledge, beliefs, perceptions, and attitudes about antimicrobial resistance. To know their barriers and suggestions in order to design more effective interventions. Methods: We conducted a cross sectional survey of physicians at University Hospital of UNIFESP-EPM (Hospital São Paulo), during July 1st and September 30th 2005, by a self-administered questionnaire using the Health Belief Model as a framework. The questionnaire was based in the topics of “Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Setting” for Centers for Diseases Control and Prevention, 2002. Results: The survey was completed by 310 house staff physicians, included medicine residents (89,4%) and medicine attending physicians (10,6%). Antibiotic resistance was perceived as a very important problem by 99% of the respondents. Most of physicians (86,7%) agreed antibiotics are overused in general and 97,7% them believed that widespread and inappropriate antibiotic use were important causes of resistance. One hundred forty physicians (45%) indicated “choose antibiotic using cultures” as effective strategy for preventing antimicrobial resistance. Conclusions: The most of respondents are concerned about antimicrobial resistance as a problem and this perception is correlated with physician’s antimicrobial prescribing experience. Physicians stated that they wanted more antimicrobial education. The most of respondents believed that divulgation of identification and susceptibility tests at hospital is useful. Interventions are more likely to be effective if professional’s beliefs, perceptions and attitudes were known.
Descrição
Citação
GUERRA, Carla Morales. Avaliação da percepção, crença, atitude e conhecimento médico em relação à resistência bacteriana aos antimicrobianos. 2006. 119 f. Dissertação (Mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias) - Escola Paulista de medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.