O impacto da gravidez e do parto na ocorrência de anemia ferropriva e sobre o estado corporal do ferro, em adolescentes e adultas

Data
2008
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivos: comparar a prevalência de anemia ferropriva e estado corporal de ferro, através de parâmetros hematológicos, em nulíparas adolescentes e adultas, durante a primeira metade da gravidez (9 a 16 semanas), na segunda metade (29 a 36 semanas), no anteparto e pós-parto imediato, durante a internação hospitalar, e, no pós-parto entre o trigésimo e sexagésimo dia puerperal. Avaliar o impacto da via de parto (vaginal e cesariana) sobre a perda hemática nas mesmas grávidas, comparando os parâmetros laboratoriais relativos ao estoque e o estado de ferro corporal. Pacientes e métodos: foram acompanhadas e comparadas 183 mulheres, sendo 61 adolescentes e 122 adultas, durante cinco períodos do ciclo grávido-puerperal, utilizando-se os seguintes exames laboratoriais: hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM), índice de anisocitose (RDW), ferro sérico, transferrina, índice de saturação da transferrina (IST) e ferritina. Resultados: a anemia ferropriva, caracterizada pela hemoglobina inferior a 11g/dl ocorreu nas mulheres adolescentes (32,8%) e adultas (36,9%). Ela foi mais prevalente na segunda metade da gravidez (2ª avaliação) e pós-parto imediato (4ª avaliação), havendo recuperação no puerpério (5ª avaliação). Não houve diferença estatisticamente significativa da anemia nos dois grupos de mulheres. O estado corporal de ferro, analisado pelos valores da ferritina inferiores a 12 g/l ocorreu em 38,3% de todas as mulheres, sendo 54,1% nas adolescentes e 37,7% nas adultas, tendo variação significativa (p<0,04). Quanto à via de parto, a cesariana ofereceu maior perda sangüínea que o parto vaginal, detectada pela dosagem da hemoglobina. Entretanto, não se observou diferenças estatísticas significantes (p>0,05) no mesmo tipo de parto das adolescentes e adultas. Conclusões: A prevalência de anemia ferropriva nas adolescentes e adultas, foi estatisticamente semelhante durante o ciclo grávido-puerperal, contudo, adolescentes tiveram maior depleção dos estoques de ferro, sendo significante do ponto de vista estatístico. Mulheres adolescentes e adultas submetidas a acompanhamento semelhante no ciclo grávido-puerperal, têm a mesma prevalência de anemia ferropriva, mas, as adolescentes sofrem maior redução dos estoques de ferro orgânico..
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2008. 130 p.