Estudo bioquímico e molecular em pacientes portadores de mucopolissacaridose tipo I

Data
2006
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: A mucopolissacaridose tipo I (MPS I) é uma doença autossômica recessiva causada pela deficiência da enzima lisossomal a-L-iduronidase (IDUA), responsável pela degradação de glicosaminoglicanos. O acúmulo destes substratos não degradados nos lisossomos leva à disfunção e/ou morte celular, e pode induzir alterações bioquímicas secundárias. As manifestações clínicas são muito variáveis e diversas mutações causadoras de MPS I já foram descritas no gene lDUA. O tratamento pode ser realizado pela terapia de reposição enzimática, utilizando-se uma enzima recombinante. Objetivos: Investigar as mutações no gene lDUA em pacientes com diagnóstico MPS I e avaliar marcadores bioquímicos de estresse oxidativo em diferentes períodos da terapia de reposição enzimática, durante 24 semanas. Resultados: As mutações encontradas com maior freqüência foram a P533R e a W402X, com freqüências alélicas de 30 por cento e 25 por cento respectivamente. Quanto aos marcadores de estresse oxidativo, os pacientes apresentaram níveis de peroxidação lipídica elevados durante todo o período de tratamento avaliado. As concentrações de glutationa total (um antioxidante) estavam dentro dos níveis recomendados e não diferiram durante a terapia de reposição enzimática. Foram observadas alterações nas atividades de duas enzimas antioxidantes, a catalase e a superóxido dismutase. A atividade da catalase aumentou logo após 4 semanas de tratamento e continuou elevada em todo o período avaliado. A superóxido dismutase apresentou uma diminuição de atividade após 12 semanas de terapia, porém essa redução não foi mantida após 24 semanas. Conclusões: As mutações do gene lDUA identificadas na população brasileira estudada foram a P533R e a W402X; em conjunto representaram 55 por cento dos alelos. Os.
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2006. 105 p.