Correlação entre ultrassonometria quantitativa de calcâneo e densitometria óssea duo-energética de coluna e fêmur na avaliação óssea

Data
1999-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
The dual-energy X-ray absorptiometry (DEXA) is the most commonly used technique for bone mass density (DMO), although the quantitative calcaneus bone ultrasonometry (USQ) shows good results as a predictor for fracture risk. We compared the results obtained by these two methods in patients referred to the Endocrine Division at the Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) for DEXA evaluation. A total of 189 patients were studied, 165 women / 24 men, with ages from 20 to 84 years (Mi: 51 and 53, respectively for women and men) with distinct diagnosis. All were submitted on the same day to DEXA (Lunar,DPX-L) for lumbar spine (LOMB), neck (COLO) and major throcanter (TROC) and to USQ of calcaneus (Lunar, Aquilles), measuring speed of sound (SOS) and broadband ultrasound attenuation (BUA). A significant positive correlation was found between DEXA values in all sites and USQ. The best correlation was seen in men, between TROC and SOS (r=0.82). When only individuals 50 years or older (n=102) were evaluated, the coefficient of correlation was lower than in the younger than 50, but still significant. In evaluating the utility of USQ as a screening for DEXA measurement, we found that 21.4% of patients with normal values for T score on USQ were osteopenic or osteporotic on TROC. This discrepancy was even more evident on LOMB, where 29.9% of the patients with normal DMO presented T<-1 on USQ, and 35.8% of the patients with normal USQ had T<-1 on DMO of the same region. The coefficient of variation of USQ obtained after 9 measurements in the same person on different days was 0.66% for SOS and 2.75% for BUA. In conclusion, the USQ is only moderately related to DMO and has little utility as a screening for DEXA examination. Its value to determine fracture risk is already established, however prospective studies are necessary to evaluate its usefulness in the diagnosis and follow-up of osteoporosis.
A densitometria óssea com raio X duo-energético (DEXA) é o método atualmente mais utilizado para medição de massa óssea; porém, a ultrassonometria óssea quantitativa (USQ) vem apresentando resultados promissores na predição de fraturas. Visando comparar DEXA e USQ, correlacionamos os resultados obtidos com estes métodos em pacientes rotineiramente encaminhados para realização de DEXA em nosso serviço. Estudamos 165 mulheres e 24 homens com idades entre 20 e 84 anos (Mi: 51 e 53 anos, para mulheres e homens respectivamente) com diagnósticos variados. Todos foram submetidos a medição da densidade mineral óssea (DMO) pela DEXA (Lunar DPX-L) em coluna lombar (LOMB) e em colo (COLO) e trocanter maior (TROC) e USQ em calcâneo (Lunar- Aquilles), onde foram considerados os parâmetros de velocidade do som (SOS) e atenuação do som (BUA). Houve correlação positiva significante entre as medidas de DMO em todos os sítios e SOS e BUA. Quando separamos por sexo, a melhor correlação foi observada nos homens, entre TROC e SOS, com r= 0,82. Quando separamos por idade, a correlação foi menor naqueles com mais de 50 anos, comparados aos com menos de 50 anos. Dentre os 89 pacientes considerados normais pela DEXA em LOMB, 29,8% apresentavam valores abaixo de 1 DP na USQ. Por outro lado, 35,8% dos indivíduos cujos valores de USQ estavam a menos de 1 DP abaixo da média, apresentavam-se com osteopenia ou osteoporose (T<-1) pela DEXA de LOMB. O coeficiente de variação dos valores obtidos de USQ para as 9 medidas realizadas na mesma pessoa foi de 0,66% para SOS e 2,75% para BUA. Concluindo, a USQ correlaciona-se apenas moderadamente com DMO e, portanto, sua utilização como um teste de rastreamento para a realização de DEXA é de pouca utilidade, uma vez que a discordância entre os métodos para um mesmo indivíduo é elevada. O valor da USQ na avaliação do risco de fratura já está estabelecido, porém estudos prospectivos são necessários para que se padronize sua utilidade no diagnóstico e acompanhamento das doenças ósseas.
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Citação
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 43, n. 3, p. 205-209, 1999.
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