Prevalência de realização de exame de Papanicolaou em dois inquéritos domiciliários realizados no município de São Paulo em 1987 e 2001/2002

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Data
2010-10-27
Autores
Ozawa, Carolina [UNIFESP]
Orientadores
Prado, Mariangela Cainelli de Oliveira [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The cancer is still a major public health issue in the world. In the developing countries the incidence will be twice as much as in the developed countries (World Health Organization - WHO). In Brazil, INCA (National Cancer Institute) estimates that the most common types of cancer on women are breast cancer and cervical cancer and the mortality rates for Cervical Cancer are not showing any decrease tendencies till these days. The WHO recommends an 80% coverage of the Pap Smear in women between 25 and 59 years of age, what would be adequate to cause an impact in reducing the morbidity and mortality that would be observed 4 years after implementing early detection actions. The proposal of the present study is to estimate changes on the prevalence of the “once in a lifetime” Pap Smear screening in women between 15 and 59 years-old living in the city of São Paulo. The evaluated data were collected by self-referred answers from two home surveys performed in the years of 1987 and 2001-2002. The study verified if the screening was performed according to some personal attributes as age distribution, skin color, marital status, years of education and tendency to die from cervical cancer in the same period. The study included women from 15 to 59 years of age, being 968 on the first inquire and 1125 on the second inquire. The prevalence for the “once in a lifetime” Pap Smear increased in 24% between the two inquiries (from 68.8% in 1987 to 85% in 2001-2002) and the greater majority was submitted to this exam in less than three years from the survey (from 88.3% to 92.7%). The prevalence increased from 1987 to 2001-2002 in all age distributions, except in women with ages between 15-19 years-old. In the skin-color variable, there was a greater increase in the prevalence among black women (from 56.4% to 80.6%). When the conjugal life was considered, it was observed an increase on the declared coverage more significant among the single women (from 36.8% to 61.6%). Considering the years of education, the coverage increased in all intervals considered, with a relatively greater improvement in women with the fewer years of education. To sum up, it was observed a 24% increase in the prevalence of the Pap Smear on the inquires of 2001-2002 when compared to the 1987 ones, with a more significant increase among women between 50 and 59 years of age, on the single ones, on the black ones and also on the ones with the least years of education (up to 4 school years).
O câncer continua sendo um dos grandes problemas de saúde pública no mundo. Em países menos desenvolvidos a incidência será o dobro daquela dos mais desenvolvidos (OMS). No Brasil, segundo estimativas do INCA, os cânceres mais incidentes no sexo feminino são os de mama e do colo uterino.A taxa de mortalidade por CCU não tem mostrado qualquer tendência à redução significativa até hoje. A OMS preconiza uma cobertura de 80% do exame de Papanicolaou entre mulheres de 25 a 59 anos que seria suficiente para causar impacto nos indicadores de morbimortalidade, que podem ser observados após quatro anos de implementação das ações de detecção precoce. O presente estudo teve como objetivo estimar mudanças na prevalência de realização de exame de Papanicolaou “alguma vez na vida” em mulheres de 15 a 59 anos residentes no município de São Paulo. Os dados estudados foram das respostas auto referidas de dois inquéritos domiciliários realizadas em 1987 e 2001/2001.Foi estudado a relação da realização dos exames de Papanicolaou com alguns atributos pessoais como faixa etária, cor da pele, estado conjugal e escolaridade e com a tendência da mortalidade por câncer do colo do útero no mesmo período. Foram incluídas no estudo, mulheres de 15 a 59 anos, sendo 968 no primeiro inquérito e 1125 no segundo inquérito domiciliário. A prevalência para exame de Papanicolaou realizada ”alguma vez na vida” houve um aumento de 24% entre os dois inquéritos (de 68,8% em 1987 para 85% em 2001-02) e a grande maioria fez esse exame há menos de três anos da data da entrevista (88,3% para 92,7%). A prevalência cresceu de 1987 para 2001-2002 em todas as faixas etárias a exceção feita à idade 15-19 anos. Na variável cor da pele houve aumento na prevalência, principalmente entre as mulheres com pele de cor preta ( de 56,4% para 80,6%). Em relação à vida conjugal, houve aumento na prevalência declarada com crescimento mais significativo entre as solteiras (36,8% para 61,6% ). Quanto à escolaridade, a prevalência cresceu em todas as faixas de escolaridade, sendo o aumento relativo mais pronunciado nas de escolaridades mais baixas. Em suma, foi verificado o aumento de 24% na prevalência para realização do exame de Papanicolaou do inquérito de 1987 para o de 2001-2002, com crescimento mais significativo entre as faixas etárias de 50 a 59 anos, nas solteiras, nas mulheres de cor da pele preta e nível de escolaridades mais baixas (até 4 anos de estudo).
Descrição
Citação
OZAWA, Carolina. Prevalência de realização de exame de Papanicolaou em dois inquéritos domiciliários realizados no município de São Paulo em 1987 e 2001/2002. 2010. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2010.