Os efeitos da restrição crônica de sono sobre o desempenho de ratos na tarefa de esquiva inibitória

Data
2009-05-27
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
There are numerous studies suggesting that sleep deprivation induce deleterious effects in the rat performance on memory tasks. However, there are but a few studies on the effects of experimental chronic sleep restriction on those tasks. Recently, we observed that rats submitted to a protocol of chronic sleep restriction in which the animals were sleep-deprived for 18h/day and allowed to sleep for 6h in the light phase, during 21 consecutive days, showed no deficits on memory. Here, we investigated the possibility that chronic sleep restriction would impair the performance on the inhibitory avoidance task when rats are allowed to sleep in different circadian phases. Rats were deprived of sleep using the platform method and then trained in a step-through inhibitory avoidance task. One hour after training, the animals were given a retention test. Neither 6h of sleep opportunity (light and dark phase) nor 4h sleep opportunity (light phase) induced impairment on inhibitory avoidance. However, we observed a deficit on performance on inhibitory avoidance task after 4h of sleep opportunity in the dark phase, when there is no coincidence between circadian and homeostatic pressure. Also, 3h of sleep, even in the light phase were not enough to prevent the memory impairment. These results suggest that the memory impairment of sleep deprived rats could be a result of disrupted coincidence between circadian and homeostatic drivers to sleep.
A restrição de sono de maneira crônica é uma condição observada por parte da população em geral e esta condição é regida por mecanismos reguladores fisiológicos do sono. Dados do nosso laboratório revelam que animais submetidos ao protocolo de restrição de sono crônica ao longo de 21 dias, com oportunidade de sono de 6h diárias não apresentaram prejuízo de memória. Entretanto, neste estudo a avaliação do desempenho dos animais na tarefa de esquiva inibitória ocorreu apenas na fase clara. Além disso, recentemente, foi demonstrado, que o desempenho dos animais privados de sono (96h) varia de acordo com a fase circadiana em que ocorreu a oportunidade de sono. O objetivo do presente estudo foi investigar a possibilidade da restrição crônica de sono prejudicar o desempenho de ratos na tarefa de esquiva inibitória quando os animais tivessem oportunidade de dormir em diferentes fases circadianas, ou seja, nas fases, clara e escura. Além disso, foi realizado o registro de sono para análise dos padrões de sono durante a fase clara e na fase escura. A restrição de sono crônica foi realizada pelo método das plataformas múltiplas e os animais foram treinados na tarefa de esquiva inibitória. Uma hora após o treino, os animais foram submetidos ao teste. Demonstramos que seis horas de oportunidade de sono (fase clara e escura) não produziu prejuízo no desempenho da tarefa de memória. Entretanto, nós observamos um déficit no desempenho na tarefa de esquiva inibitória após 4h de oportunidade de sono somente na fase escura, ou seja, quando a oportunidade de dormir ocorreu no período de maior atividade dos animais. As análises do padrão de sono revelam que apesar dos animais terem apresentado rebote de sono nos dois momentos circadiano, observamos maior aumento na porcentagem, no número de episódios e na duração média do sono paradoxal durante a fase escura. Quando reduzimos a oportunidade de sono para 3h o prejuízo no desempenho na tarefa de memória já é observado na fase clara. Estes resultados sugerem que a restrição de sono crônica produz prejuízo de memória dependendo da duração da oportunidade de sono, mudanças na duração e no número de episódios de sono paradoxal e da coincidência entre os fatores homeostático e circadiano.
Descrição
Citação
CARVALHO, Adriana Neves da Silva. Os efeitos da restrição crônica de sono sobre o desempenho de ratos na tarefa de esquiva inibitória. 2009.121 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.
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