Influência da melatonina na frequência de crises e tempo de sobrevida de ratos submetidos ao modelo experimental de epilepsia induzido por pilocarpina
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Data
2011-03-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Approximately 1% of the population has epilepsy, the equivalent of 50 million people. Epilepsy is a chronic disorder caused by a predisposition to generate epileptic seizures and for the neurobiological, cognitive, psychosocial and social consequences of this condition, and should have occurred at least one seizure. The temporal lobe epilepsy (ELT) is the most common kind of epilepsy in adults, accounting for 40% of all cases. Nowadays, neuroprotective substances has been studied with the objective to decrease the effects of epilepsy. In this context the melatonin receive attention due to present antioxidant and anticonvulsant properties. Objective: To verify if melatonin treatment can modify the seizures frequency and survival in adult male Wistar rats submitted to pilocarpine model of epilepsy. Methods: Animals were divided in four groups: Saline, animals that received saline instead pilocarpine (n = 5); Epileptics (n = 5) animals submitted to pilocarpine epilepsy model; EPI+VEH (n = 5) animals submitted to pilocarpine epilepsy model and treated with vehicle solution (ethanol 1%) and Epi+MEL (n = 8) animals submitted to pilocarpine epilepsy model and treated with melatonin (10 mg / Kg). The animals of Epi + VEH and Epi + MEL groups were video-monitored during the 5th and 7th month of life after becoming chronic period and during the treatments in the 9th, 11th and 16th month of life to analyze duration and frequency of seizure . Animals that survived to complete the 20th month of life were killed and the brain was removed for analisys of the B1 and B2 kinin receptors, and citokines IL1£] and TNF ƒÑ (imunohistochemical and PCR). The organs were removed for anatomical-pathological analysis. Results: The animals treated with melatonin not presented significant changes in the duration and frequency of seizures, although we found a large individual variability. The treatment with melatonin promote a survival of 87.5% in the animals compared to the animals that received vehicle 40%. The anatomo-pathological examination showed lung abnormalities in all groups. The immunohistochemistry and PCR not present differences between the groups. Conclusion: Despite the beneficial effects of melatonin, treatment with melatonin was not effective in the control of duration and frequency of seizures, although we found a large individual difference between the animals. However, we believe in the potential of melatonin in prolonging life expectancy, since the animals treated with melatonin showed a survival rate of 87,5% compared to 40% in the vehicle.
Aproximadamente 1% da populacao mundial apresenta epilepsia, o equivalente a 50 milhoes de pessoas. A epilepsia e um disturbio cerebral duradouro, causado pela predisposicao a gerar crises epilepticas e pelas consequencias neurobiologicas, cognitivas, psicossociais e sociais da condicao, devendo ter ocorrido pelo menos uma crise epileptica. A epilepsia do lobo temporal (ELT) e o tipo mais frequente de epilepsia na populacao adulta, representando cerca de 40% de todos os casos. Atualmente muitas substancias neuroprotetoras tem sido estudadas com o objetivo de atenuar os efeitos da ELT e neste contexto o hormonio melatonina merece destaque gracas as suas propriedades antioxidante e anticonvulsivante. Objetivo: Verificar se a melatonina pode influenciar na frequencia de crises epilepticas e tempo de sobrevida de ratos machos adultos Wistar submetidos ao modelo experimental induzido pela pilocarpina. Metodos: animais foram separados nos grupos: Salina (n=5); Epilepticos (n=5) animais submetidos ao modelo da pilocarpina; Epi+VEI (n=5) animais submetidos ao modelo da pilocarpina que foram tratados com solucao veiculo (etanol 1%) e Epi+MEL (n=8) animais submetidos ao modelo da pilocarpina tratados com melatonina (10mg/Kg). Os animais dos grupos Epi+VEI e Epi+MEL foram video-monitorados durante o 5o e 7o mes de vida apos se tornarem cronicos e durante os tratamentos no 9o, 11o e 16¢X mes de vida para analise da frequencia e duracao das crises. Os animais que sobreviveram ate completarem o 20o mes de vida foram eutanasiados para realizacao das tecnicas de imuno-histoquimica e PCR para receptores B1 e B2 de cininas, IL-1£] e TNFƒÑ. Os orgaos foram retirados para analise anatomo-patologica. Resultados: O tratamento com melatonina nao foi efetivo no controle da frequencia e duracao das crises, apesar de termos encontrado uma grande variabilidade individual. Entretanto, a melatonina prolongou o tempo de sobrevida de 87,5% dos animais tratados em contraste aos 40% dos animais que so receberam veiculo e sobreviveram ate o 20o mes de vida. A analise anatomo-patologica mostrou alteracoes pulmonares em todos os grupos. Com relacao aos achados histologicos e PCR, nao observamos diferenca entre os grupos estudados. Conclusao: Apesar dos reconhecidos efeitos beneficos ja citados da melatonina, o seu uso nao foi eficaz no controle da frequencia e duracao das crises, embora tenhamos encontrado uma grande variabilidade individual. De qualquer forma, acreditamos no potencial da melatonina em prolongar a expectativa de vida, pois os animais tratados com melatonina apresentaram uma sobrevida de 87,5% em contraste a 40% do grupo veiculo em um periodo de 20 meses.
Aproximadamente 1% da populacao mundial apresenta epilepsia, o equivalente a 50 milhoes de pessoas. A epilepsia e um disturbio cerebral duradouro, causado pela predisposicao a gerar crises epilepticas e pelas consequencias neurobiologicas, cognitivas, psicossociais e sociais da condicao, devendo ter ocorrido pelo menos uma crise epileptica. A epilepsia do lobo temporal (ELT) e o tipo mais frequente de epilepsia na populacao adulta, representando cerca de 40% de todos os casos. Atualmente muitas substancias neuroprotetoras tem sido estudadas com o objetivo de atenuar os efeitos da ELT e neste contexto o hormonio melatonina merece destaque gracas as suas propriedades antioxidante e anticonvulsivante. Objetivo: Verificar se a melatonina pode influenciar na frequencia de crises epilepticas e tempo de sobrevida de ratos machos adultos Wistar submetidos ao modelo experimental induzido pela pilocarpina. Metodos: animais foram separados nos grupos: Salina (n=5); Epilepticos (n=5) animais submetidos ao modelo da pilocarpina; Epi+VEI (n=5) animais submetidos ao modelo da pilocarpina que foram tratados com solucao veiculo (etanol 1%) e Epi+MEL (n=8) animais submetidos ao modelo da pilocarpina tratados com melatonina (10mg/Kg). Os animais dos grupos Epi+VEI e Epi+MEL foram video-monitorados durante o 5o e 7o mes de vida apos se tornarem cronicos e durante os tratamentos no 9o, 11o e 16¢X mes de vida para analise da frequencia e duracao das crises. Os animais que sobreviveram ate completarem o 20o mes de vida foram eutanasiados para realizacao das tecnicas de imuno-histoquimica e PCR para receptores B1 e B2 de cininas, IL-1£] e TNFƒÑ. Os orgaos foram retirados para analise anatomo-patologica. Resultados: O tratamento com melatonina nao foi efetivo no controle da frequencia e duracao das crises, apesar de termos encontrado uma grande variabilidade individual. Entretanto, a melatonina prolongou o tempo de sobrevida de 87,5% dos animais tratados em contraste aos 40% dos animais que so receberam veiculo e sobreviveram ate o 20o mes de vida. A analise anatomo-patologica mostrou alteracoes pulmonares em todos os grupos. Com relacao aos achados histologicos e PCR, nao observamos diferenca entre os grupos estudados. Conclusao: Apesar dos reconhecidos efeitos beneficos ja citados da melatonina, o seu uso nao foi eficaz no controle da frequencia e duracao das crises, embora tenhamos encontrado uma grande variabilidade individual. De qualquer forma, acreditamos no potencial da melatonina em prolongar a expectativa de vida, pois os animais tratados com melatonina apresentaram uma sobrevida de 87,5% em contraste a 40% do grupo veiculo em um periodo de 20 meses.
Descrição
Citação
BARATELI, Vanessa Mota dos Santos. Influência da melatonina na frequência de crises e tempo de sobrevida de ratos submetidos ao modelo experimental de epilepsia induzido por pilocarpina. 2011. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2011.