Eficácia, tolerabilidade e segurança do uso do sirolimo após o transplante renal

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Data
2010-11-24
Autores
Oliveira, Nagilla Ione de [UNIFESP]
Orientadores
Pestana, Jose Osmar Medina [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Objectives: To evaluate the efficacy, safety and tolerability of the administration of sirolimus (SRL) and prednisone in combination with cyclosporine (CSA) or tacrolimus (TAC) after kidney transplantation. Methods: Retrospective study of 332 kidney transplants performed between 1999 and 2006. Primary efficacy endpoint included treatment failure, defined as the cumulative incidence of biopsy-proven acute rejection, graft loss, death or SRL discontinuation. Results: Living donors were the primary source of the 332 kidneys grafts (92%); the recipients were 37 years old, males (65%), whites (46%) and the prevalence of diabetes was 6%. The patients received SRL combined with CSA (70.8%) or TAC (29.2%). The treatment failure was 22.2% and 47.8% after the first and fifth year of transplantation without difference between the groups. At five years, patient, graft, death-censored graft and free from biopsy-proven acute rejection survival rates were 92.8%, 86.1%, 92.7% and 82.2%. SRL discontinuations (27.1%) were because of adverse effects (22.9%) and inefficacy (3.3%). Dyslipidemia (6%), graft dysfunction (5.2%), proteinuria (4.5%), infection complications (1.5%), delayed wound healing (1.2%) and anaemia (0.9%) were the main reasons for SRL discontinuation. Conclusion: The efficacy of immunosuppressive regimens utilizing SRL combined with calcineurin inhibitors has been established and was comparable to results from the literature. Despite the safety and tolerability were adequate, the major cause for discontinuation of SRL was the occurrence of adverse reactions. At five years of kidney transplantation, 52.2% of patients remained on SRL therapy without previous biopsy-proven acute rejection, graft loss or death.
Objetivo: Avaliar a eficácia, tolerabilidade e segurança do uso de SRL e prednisona em associação a ciclosporina (CSA) ou tacrolimo (TAC) após o transplante renal. Métodos: Estudo retrospectivo de 332 receptores de transplantes renais realizados entre 1999 e 2006. O desfecho primário foi a falha de tratamento, definida como a incidência cumulativa de rejeição aguda confirmada por biópsia (RACB), perda do enxerto, óbito ou descontinuação do SRL. Resultados: Dos 332 transplantes, 92% foram com doador vivo. A idade média dos receptores foi de 37 anos, sendo 65% homens, 46% brancos e 6% diabéticos. SRL foi associado a CSA ou TAC em 70,8% e 29,2% dos pacientes. A incidência de falha de tratamento foi de 22,2% e 47,8% no final do primeiro e quinto ano de transplante, sem diferença entre os grupos. Ao final do quinto ano, as sobrevidas do paciente, do enxerto, do enxerto com óbito censorado e livre de RACB foram de 92,8%, 86,1%, 92,7% e 82,2%, respectivamente. O tratamento com SRL foi interrompido em 27,1% dos pacientes, 22,9% devido a reações adversas e 3,3% devido à ineficácia. Os principais motivos de suspensão do SRL foram dislipidemia (6,0%), disfunção do enxerto (5,2%), proteinúria (4,5%), infecções (1,5%), dificuldade de cicatrização (1,2%) e anemia (0,9%). Conclusões: A eficácia dos regimes imunossupressores utilizando SRL combinado a inibidores de calcineurina ficou estabelecida e foi comparável aos resultados presentes na literatura. Apesar da segurança e a tolerabilidade terem sido adequadas, a maior causa para interrupção do uso de SRL foi a ocorrência de reações adversas. Após cinco anos de transplante renal, 52,2% dos pacientes continuavam recebendo SRL sem ter apresentado RACB, perda do enxerto ou óbito.
Descrição
Citação
OLIVEIRA, Nagilla Ione de. Eficácia, tolerabilidade e segurança do uso do sirolimo após o transplante renal. 2010. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2010.