Morbidade respiratória nos pacientes com e sem síndrome pulmonar obstrutiva submetidos a cirurgia abdominal alta

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2000-03-01
Autores
Pereira, E.d.b. [UNIFESP]
Farensin, S.m. [UNIFESP]
Fernandes, Ana Luisa Godoy [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
BACKGROUND: We wanted to determine the postoperative pulmonary complicatiosn after upper abdominal surgery in patients with pulmonary obstrutive syndrome. METHODS: We have studied 196 patients prospectively analyzed in preoperative period with spirometry and followed for observation of PPC. The patients were divided in four groups: COPD - those with chronic bronchitis or emphysema and VEF1/CVF< 70% (27 patients). ASMA - patients with obstruction of the airway in response to provoking stimuli (44 patients). CHRONIC BRONCHITIS-EMPHYSEMA - those with the clinical diagnoses of the respective diseases but VEF1/CVF > 70% (23 patients). NORMAL - patients without pulmonary disease and normal spirometry (102 patients). RESULTS: Postoperative pulmonary complication was recognized when the patient presented atelectasis with clinical or gasometric alterations; bronchospasm that needed bronchodilator therapy; respiratory failure; mechanical ventilation or orotracheal entubation more than 48 hours in postosurgery period; tracheobronchitis characterized by the presence of purulent sputum with normal x-ray; pneumonia. Patients with pulmonary obstruction had experienced higher rates of pulmonar complications (32% vs 6%,p<0,05). The presence of obstuctive lung disease was associated with an increased number of ventilator days, but was not associeted with longer intensive care unit or hospital stay. CONCLUSIONS: The incidence of postoperative pulmonary complications was strongly associated with the presence of pulmonary obstrutive syndrome.
OBJETIVO: Estudar a morbidade respiratória nos pacientes com síndrome pulmonar obstrutiva submetidos a cirurgia abdominal alta. CASUÍSTICA E MÉTODO: Durante o pré-operatório, 196 pacientes candidatos à cirurgia abdominal alta eletiva responderam a um questionário padronizado e logo em seguida realizaram espirometria. Houve acompanhamento no pós-operatório até a alta hospitalar ou óbito. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: 27 pacientes com DPOC (diagnóstico de bronquite crônica ou enfisema e VEF1/CVF< 70%), 44 pacientes com diagnóstico de asma (obstrução das vias aéreas desencadeada por estímulos provocatívos) com ou sem alteração da espirometria. Outros 23 pacientes apresentavam o complexo bronquite crônica-enfisema, (quadro clínico sugestivo de bronquite ou enfisema porém com VEF1/CVF maior que 70%). O grupo de 102 pacientes apresentou normalidade do ponto de vista clínico e espirométrico. Considerou-se como CPP: atelectasia com repercussão clínica e ou gasométrica, broncoespasmo que necessitou de tratamento, insuficiência respiratória aguda, ventilação mecânica e/ou entubação orotraqueal prolongada, infecção traqueobronquica e pneumonia. RESULTADOS: A incidência de complicações foi maior no grupo de pacientes com limitação do fluxo aéreo (32%) em relação aos normais(6%). Ao estudarmos os quatro grupos separadamente, foi observado que os pacientes com DPOC, apesar de apresentaram maior morbidade no pós-operatório, não diferiram dos demais pneumopatas. Complicaram, respectivamente, (DPOC 37%, BE 34%, asma 29%,normal 6%). Os obstrutivos triplicaram seu tempo de permanência no ventilador (média 3,1 e 1,1; respectivamente, com p<0,05). No entanto, não houve diferença em relação ao tempo de permanência na UTI e no tempo total de dias no pós-operatório. CONCLUSÃO: Os pacientes com limitação do fluxo aéreo apresentaram maior morbidade no pós-operatório de cirurgia abdominal alta. A magnitude deste fator de risco se reflete num risco relativo quase que cinco vezes maior em relação aos pneumopatas com os pacientes normais.
Descrição
Citação
Revista da Associação Médica Brasileira. Associação Médica Brasileira, v. 46, n. 1, p. 15-22, 2000.
Coleções