Contracepção de emergência: conhecimento, experiência e opinião de estudantes da área de saúde de quatro Universidades Federais no Brasil

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Data
2009-07-29
Autores
Silva, Flávia Calanca da [UNIFESP]
Orientadores
Fisberg, Mauro [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: to evaluate the awareness/knowledge, attitudes and experience of Brazilian teenage college students with emergency contraception (EC). Methods: A semi-structured questionnaire was completed by all teenage firstyear students from health sciences courses in four federal universities in Brazil (n=611). The questionnaire covered awareness/knowledge, attitudes and experience with EC, and sexual behavior. Fisher’s exact test was used for categorical variables, analysis of variance (ANOVA) for continuous variables, and Information Value (IV) to rank the importance of statistically significant variables (at p<0.05). Results: About 96,0% (n=588) of the students had heard about EC, and 40,7% (n=238) responded it can be used up to 72 hours after unprotected sexual intercourse; socio-economic level was positively associated with these questions. About 19,0% (n=111) knew all the situations in which EC is indicated. About 47,0% (n=187) of the girls had had sexual intercourse, 41,8% (n=76) of which reported having used EC. Friends were the main source of indication for EC. About 35,0% (n=207) of the students considered EC abortive, and about 81,0% (n=473) thought EC poses health risks. The reasons for not using were lack of information about the method and the perception of it being abortive. Conclusions: a high proportion of teenagers is aware of EC, but specific issues remain unknown. Preconceptions, such as it being abortive and posing health risks, may be promoting a negative view on EC. Demystifying the subject may prevent unwanted pregnancies and illegal abortions in Brazil.
Objetivo: avaliar conhecimento, opinião e experiência de adolescentes brasileiros, que frequentam ensino superior, com anticoncepção de emergência (ACE). Métodos: Aplicou-se questionário semi-estruturado a totalidade de adolescentes de primeiro ano de quatro universidades federais brasileiras (n=611). O questionário abordava conhecimento, opinião e experiência com ACE e comportamento sexual. Utilizaram-se teste exato de Fisher para analisar as variáveis categóricas, análise de variância (ANOVA), para variáveis contínuas e Valor da Informação (IV) para identificar a ordem de importância das variáveis estatisticamente significantes. Diferenças foram consideradas significantes quando p< 0,05. Resultados: Aproximadamente 96,0% (n=588) dos estudantes já tinham ouvido falar sobre ACE e 40,7% (n=238) responderam que pode ser usada até 72 horas após intercurso sexual desprotegido, sendo que o nível sócio econômico mostrou associação positiva com estas questões. Aproximadamente 19,0% (n=111) dos estudantes conheciam todas as situações nas quais ACE é indicada. Cerca de 47,0% (n=187) das meninas já tinham tido relação sexual e destas, 41,8% (n=76) referiram ter usado ACE. Amigos foram principal fonte de indicação de ACE. Cerca de 35,0% (n=207) dos estudantes consideravam ACE abortiva e 81,0% (n=473) achavam que a ACE traz riscos a saúde. Os motivos para o não uso foram falta de informação sobre o método e a percepção sobre ser abortivo. Conclusões: Percentual elevado de adolescentes sabe da existência da ACE, mas questões específicas permanecem desconhecidas. Pré-conceitos como, ser abortiva e trazer riscos à saúde são questões que podem estar promovendo visão negativa sobre ACE. Desmistificá-las poderia evitar gestações indesejadas e abortos ilegais no Brasil.
Descrição
Citação
SILVA, Flavia Calanca da. Contracepção de emergência: conhecimento, experiência e opinião de estudantes da área de saúde de quatro Universidades Federais no Brasil. 2009. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.