Ser-estar no sertão: capítulos da vida como filosofia visceral

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Data
2014-09-01
Autores
Taddei, Renzo Romano [UNIFESP]
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Tipo
Artigo
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Resumo
An ethnographic study conducted in the wilderness of Ceará, Brasil, the concept of bodily mimesis in theater production and a documentary film on bandit hunters in the caatinga were the starting points in this text, for a discussion about the nature of the process of “reading signs” in the world. The reflections suggest that such processes should be understood less as interpretation or decoding and more as knowledge on how to move, in which existential coexistence, and particularly ingestion of substances, is a fundamental element. The materials analyzed point to the fact that the directionality implicated in such knowledge is recurrently understood as a visceral dimension. The viscera thus become a privileged locus of experience and action in the world, such that they are a contact surface and equipment for transformation at the same time. This perspective brings new and enticing opportunities for social theory.
Una investigación etnográfica en el semiarido del Ceará, Brasil, el concepto de mimesis corpórea en producción teatral y un documental sobre rastreadores de cangaceiro en la caatinga, son puntos de partida para una discusión sobre la naturaleza del proceso de “lectura de señales” en el mundo. Las reflexiones sugieren que tales procesos se entiendan menos como interpretación o decodificación y más como un saber moverse, en el cual la compartición existencial – en especial, la ingestión de sustancias – es un elemento fundamental. Los materiales analizados apuntan también el hecho de que la direccionalidad implicada en el referido saber moverse se entiende recurrentemente como dimensión visceral. Las vísceras se transforman en locus privilegiado de la experiencia y acción en el mundo, siendo superficie de contacto y equipo transformador al mismo tiempo. Tal perspectiva brinda nuevas e instigadoras oportunidades a la teoría social.
Uma pesquisa etnográfica no sertão cearense, o conceito de mimese corpórea em produção teatral e um filme documentário sobre rastejadores de cangaceiros na caatinga do Ceará, Brasil, são pontos de partida, neste texto, para uma discussão sobre a natureza do processo de “leitura de sinais” no mundo. As reflexões apresentadas sugerem que tais processos sejam entendidos menos como interpretação ou decodificação, e mais como um saber mover-se, no qual o compartilhamento existencial – em especial, a ingestão de substâncias – é elemento fundamental. Os materiais analisados apontam, ainda, para o fato de que a direcionalidade implicada em tal saber mover-se é recorrentemente entendida como dimensão visceral. As vísceras, desse modo, transformam-se em locus privilegiado da experiência e ação no mundo, sendo superfície de contato e equipamento transformador ao mesmo tempo. Tal perspectiva traz novas e instigantes oportunidades à teoria social.
Descrição
Citação
Interface - Comunicação, Saúde, Educação. UNESP, v. 18, n. 50, p. 597-607, 2014.
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