Densidade energetica da dieta de trabalhadores de São Paulo e fatores sociodemograficos associados*

Data
2013-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Objective: This paper aims at analyzing the energy density (ED) of the diet of workers from the city of São Paulo, Southeastern Brazil, and the way this is associated with socio-demographic characteristics, as well as evaluating the relationship between ED and nutrient intake. Methods: A cross-sectional study evaluated the diet of 852 workers using the 24-hour dietary recall; one recall was applied to all individuals and a second one was applied to a sub-sample in order to adjust intrapersonal variability. The ED of the diet was calculated using three methods: inclusion of all solid foods and beverages, excluding water (ED 1); inclusion of all solid foods and beverages containing at least 5 kcal/100g (ED 2); and inclusion of all solid foods, excluding all beverages (ED 3). Linear regression was used to analyze the relationship between ED and socio-demographic variables and the relationship between ED and nutrients was evaluated using Pearson coefficient correlation. Results: Considering the workers' diet, the ED values observed were 1.18 kcal/g, 1.22 kcal/g and 1.73 kcal/g for the ED 1, ED 2, ED 3 methods, respectively. In the multiple regression models, only the age variable was maintained in the final model and showed an inverse association with all ED methods. ED 3 showed an increase in energy density for non-white individuals. Of all studied nutrients, protein was the only one that was not significantly correlated with ED 3 (p = 0.899). Conclusion: The young adults studied had a higher energy-density diet, representing a priority group for nutrition interventions. Regardless of the calculation method used, there is a correlation between ED and nutrients.
Objetivo: Analisar a densidade energética (DE) da dieta de trabalhadores da cidade de São Paulo e sua associação com características sociodemográficas, bem como avaliar a relação entre DE e ingestão de nutrientes. Métodos: Estudo transversal que avaliou a dieta de 852 trabalhadores, por meio de recordatório de 24 horas, sendo um recordatório aplicado a todos os indivíduos e um segundo para subamostra, a fim de corrigir a variabilidade intrapessoal. A DE da dieta foi calculada por três métodos: inclusão de todos os alimentos sólidos e das bebidas, excluindo apenas água (DE 1); inclusão de todos os alimentos sólidos e bebidas calóricas que contêm, no mínimo, 5 kcal/100g (DE 2); inclusão de todos os alimentos sólidos e exclusão de todas as bebidas (DE 3). Para analisar a relação entre a DE e as variáveis sociodemográficas utilizou-se regressão linear, e a relação entre DE e nutrientes foi avaliada por meio do coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: Para a dieta dos trabalhadores, os valores de DE observados foram 1,18 kcal/g, 1,22 kcal/g e 1,73 kcal/g, considerando-se os métodos DE 1, DE 2 e DE 3, respectivamente. Nos modelos múltiplos de regressão, apenas a variável idade apresentou associação negativa com todos os métodos de DE. Para a DE 3, houve incremento da DE para indivíduos não brancos. Dentre os nutrientes estudados, o único que não apresentou correlação significativa foi a proteína, para DE 3 (p = 0,899). Conclusão: Os adultos jovens tinham uma alimentação com maior DE, sendo um grupo prioriatário para intervenções nutricionais. Além disso, independente do método de cálculo, há correlação entre a DE e os nutrientes da dieta.
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Revista Brasileira de Epidemiologia. Associação Brasileira de Saúde Coletiva, v. 16, n. 2, p. 257-265, 2013.
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