Saúde mental e conectividade social na adolescência em tempos de quarentena

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Date
2023-06-27Author
Araújo, Eduardo Silva [UNIFESP]
Advisor
Cardoso, Thiago da Silva Gusmão [UNIFESP]Type
Dissertação de mestradoMetadata
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Mental health and social connectivity in adolescence in times of quarantineAbstract
A conectividade social enquanto medida do quanto as pessoas se sentem integradas e/ou compartilham recursos pessoais está associada a saúde mental e prevenção de comportamentos de risco na adolescência. A necessidade de distanciamento/isolamento social decorrente da pandemia impôs um redimensionamento muito intenso das expressões da conectividade social, em meio a um ambiente de estresse. Um impacto maior a partir de experiências desafiadoras pode ocorrer na adolescência, fase da vida em que as mudanças sociais e neurobiológicas da cognição social são naturalmente intensas. Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar as associações entre indicadores de conectividade social, resiliência e a percepção autorreferida de estresse relacionada à experiência traumática da pandemia e ao isolamento social em adolescentes, bem como avaliar a presença de problemas de comportamento heterorreferidos por seus pais. Para tanto, foram convidados a responder um formulário on-line adolescentes entre 12 e 19 anos de idade, de uma escola privada através de e-mails institucionais. Os dados da conectividade social e saúde mental dos adolescentes foram tratados através de análise descritiva e correlacional de dados, a fim de encontrar as possíveis relações entre as variáveis pesquisadas. Houve uma correlação positiva entre os escores de conectividade e de resiliência. Encontrou-se ainda uma correlação de menor intensidade e inversamente proporcional entre os escores de TEPT e conectividade. Os dados encontrados reforçam a importância da conectividade como um fator protetivo no âmbito da saúde mental atuando em aspectos cruciais como a resiliência, favorecendo o enfrentamento de experiências adversas e potencialmente traumáticas. Este estudo contribui para uma melhor compreensão das repercussões psicossociais da pandemia e do isolamento social sobre o desenvolvimento socioafetivo de adolescentes e fornece bases para intervenções que promovam o bem-estar e resiliência após a vivência de situações ameaçadoras.