Análise de custos no período pós-transplante hepático
Data
2021
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: Liver transplantation is a highly complex surgical procedure and indicated for patients with terminal liver disease, it consists in the extraction of the liver from a deceased or living donor in order to replace the inefficient liver of another person. It is a highly complex and costly procedure, performed in few hospitals in Brazil, with high demand from patients awaiting organ donation and at the same time with a scarce donor system. Objective: To analyze hospital costs in the post-liver transplant period. Methods: This was a retrospective cohort study with a quantitative approach, partial economic evaluation that used the methodology of micro-costing and macro-costing for evaluation of costs, carried out at the Transplant Hospital of the State of São Paulo, which had 153 beds and performed liver transplants. , data collected through multiprofessional records in the medical records of liver transplant patients from January to December of the year 2018 were analyzed, identified the relationships of the variables age, sex, Model of End-Stage Liver Disease, graft ischemia time, infection, death and costs. Results: The mean age of the patients was 57.7 years SD 10.7, the average Model of End-Stage Liver Disease score was 18.7 points and the sample consisted of 65% men. Most patients were transplanted for hepatitis C (37.5%). Of the 40 patients, 26 (65.0%) were discharged after the transplant and had no infection during hospitalization, 3 (7.5%) were discharged after an episode of infection, 3 (7.5%) died after an episode infection, 8 (20.0%) died without hospital infection. Patients who acquired infection had a higher Model of End-Stage Liver Disease score compared to patients who did not acquire infection. The addition of one hour of cold graft ischemia showed an average increase of 2.6 times in the chance of infection per hour, adjusted for age and Model of End-Stage Liver Disease. The patient who acquired infection and was discharged on average 52 days in hospital, the one who had infection and died 38.3 days, the patient who was discharged and had no infection stayed 25.8 days and the one who died and had no infection was in average 5 days hospitalized. Costs: the patient who was discharged without a post-transplant infection cost an average of R $ 58.2 thousand, those who died without infection cost R $ 17.9 thousand, while those who had an infection in the post-transplant period and were discharged they cost an average of 121.8 thousand reais, and if they had an infection and died in the hospital, they cost 148.4 thousand reais. Conclusion: The increase in hospital costs in the post-liver transplantation period is related to the presence of infection, time of elevated cold ischemia of the graft and risk of death from infection. The costs of hospitalizations in the Intensive Care Unit and infirmary were the most representative in the post-transplant period. The difference in the evaluation of the micro-cost and macro-cost analysis was minimally significant.
Introdução: O transplante hepático é um procedimento cirúrgico de alta complexidade e indicado para paciente com doença hepática terminal, consiste na extração do fígado de um doador falecido ou vivo com a finalidade de substituir o fígado ineficiente de outra pessoa. Trata-se de um procedimento de alta complexidade e alto custo, realizado em poucos hospitais no Brasil, com alta demanda de pacientes aguardando a doação de órgão e ao mesmo tempo com um sistema escasso de doadores. Objetivo: Analisar os custos hospitalares no período pós-transplante hepático. Métodos: Tratou-se de um estudo de coorte retrospectiva com abordagem quantitativa, avaliação econômica parcial que utilizou a metodologia de microcusteio e macrocusteio para avaliação de custos, realizado no Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, que possuía 153 leitos e realizava transplantes hepáticos, foram analisados dados coletados por meio de registros multiprofissional nos prontuários dos pacientes transplantados hepáticos no período de janeiro a dezembro do ano de 2018, identificou as relações das variáveis idade, sexo, Model of End-Stage Liver Disease, tempo de isquemia do enxerto, infecção, óbito e custos. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 57,7 anos dp 10,7, escore médio Model of End-Stage Liver Disease foi de 18,7 pontos e a amostra era composta 65% por homens. Os pacientes foram transplantados majoritariamente por hepatite C (37,5%). Dos 40 pacientes, 26 (65,0%) receberam alta depois do transplante e não tiveram infecção durante a internação, 3 (7,5%) receberam alta após um episódio de infecção, 3 (7,5%) faleceram após um episódio de infecção, 8 (20,0%) faleceram sem apresentar infecção hospitalar. Os pacientes que adquiriram infecção tiveram pontuação de Model of End-Stage Liver Disease mais elevada comparando com pacientes que não adquiriram infecção. O acréscimo de uma hora de isquemia fria do enxerto apresentou um aumento médio de 2,6 vezes na chance de infecção por hora, ajustado por idade e Model of End-Stage Liver Disease. O paciente que adquiriu infecção e teve alta ficou em média 52 dias internado, o que teve infecção e foi a óbito 38.3 dias, o paciente que recebeu alta e não teve infecção ficou 25.8 dias e o que foi a óbito e não teve infecção ficou em média 5 dias internado. Custos: o paciente que teve alta hospitalar sem infecção pós-transplante custou em média 58,2 mil reais, os que foram a óbito sem infecção custaram 17,9 mil reais, já os que apresentam alguma infecção no período pós-transplante e tiveram alta custaram em média 121,8 mil reais, e se tiveram infecção e foram a óbito no hospital custaram 148,4 mil reais. Conclusão: O aumento de custo hospitalares no período pós–transplante hepático está relacionado a presença de infecção, tempo de isquemia fria do enxerto elevado e risco de óbito com infecção. Os custos com internações em Unidade Terapia Intensiva e enfermaria foram os mais representativos no período pós-transplante. A diferença de avaliação da análise de microcusteio e macrocusteiro foi minimamente significativa.
Introdução: O transplante hepático é um procedimento cirúrgico de alta complexidade e indicado para paciente com doença hepática terminal, consiste na extração do fígado de um doador falecido ou vivo com a finalidade de substituir o fígado ineficiente de outra pessoa. Trata-se de um procedimento de alta complexidade e alto custo, realizado em poucos hospitais no Brasil, com alta demanda de pacientes aguardando a doação de órgão e ao mesmo tempo com um sistema escasso de doadores. Objetivo: Analisar os custos hospitalares no período pós-transplante hepático. Métodos: Tratou-se de um estudo de coorte retrospectiva com abordagem quantitativa, avaliação econômica parcial que utilizou a metodologia de microcusteio e macrocusteio para avaliação de custos, realizado no Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, que possuía 153 leitos e realizava transplantes hepáticos, foram analisados dados coletados por meio de registros multiprofissional nos prontuários dos pacientes transplantados hepáticos no período de janeiro a dezembro do ano de 2018, identificou as relações das variáveis idade, sexo, Model of End-Stage Liver Disease, tempo de isquemia do enxerto, infecção, óbito e custos. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 57,7 anos dp 10,7, escore médio Model of End-Stage Liver Disease foi de 18,7 pontos e a amostra era composta 65% por homens. Os pacientes foram transplantados majoritariamente por hepatite C (37,5%). Dos 40 pacientes, 26 (65,0%) receberam alta depois do transplante e não tiveram infecção durante a internação, 3 (7,5%) receberam alta após um episódio de infecção, 3 (7,5%) faleceram após um episódio de infecção, 8 (20,0%) faleceram sem apresentar infecção hospitalar. Os pacientes que adquiriram infecção tiveram pontuação de Model of End-Stage Liver Disease mais elevada comparando com pacientes que não adquiriram infecção. O acréscimo de uma hora de isquemia fria do enxerto apresentou um aumento médio de 2,6 vezes na chance de infecção por hora, ajustado por idade e Model of End-Stage Liver Disease. O paciente que adquiriu infecção e teve alta ficou em média 52 dias internado, o que teve infecção e foi a óbito 38.3 dias, o paciente que recebeu alta e não teve infecção ficou 25.8 dias e o que foi a óbito e não teve infecção ficou em média 5 dias internado. Custos: o paciente que teve alta hospitalar sem infecção pós-transplante custou em média 58,2 mil reais, os que foram a óbito sem infecção custaram 17,9 mil reais, já os que apresentam alguma infecção no período pós-transplante e tiveram alta custaram em média 121,8 mil reais, e se tiveram infecção e foram a óbito no hospital custaram 148,4 mil reais. Conclusão: O aumento de custo hospitalares no período pós–transplante hepático está relacionado a presença de infecção, tempo de isquemia fria do enxerto elevado e risco de óbito com infecção. Os custos com internações em Unidade Terapia Intensiva e enfermaria foram os mais representativos no período pós-transplante. A diferença de avaliação da análise de microcusteio e macrocusteiro foi minimamente significativa.