Estado e Sociedade no pensamento conservador brasileiro: Alberto Torres e Oliveira Vianna

Abstract

In this study, from the categories of “lines of thought” formulated by Gildo Brandão in his Linhagens do Pensamento Político Brasileiro (2007), we propose to examine how two authors, Alberto de Seixas Martins Torres and Francisco José de Oliveira Vianna, seen as emblematic of the “line conservative”, faced questions like: what are the ills of Brazilian society? What tools and solutions proposed to overcome these evils? More specifically, what role the state in this process, and what the state structure more suited to Brazil? In summary, our proposed research, mapping some of the characteristics of conservative thought expressed in the works of Brazilian to Torres and Vianna, it boils down to check: If you can set up an “identity of thought” between Alberto Torres and Oliveira Vianna, the from the "diagnoses" and proposed “prophylaxis” that both authors make Brazil - promoting approaches and distancing needed - which allows us to consider them part of the same lineage of Brazilian political thought, in this case, conservative which, following the arguments of Carvalho (1993) and Brandão (2007), largely dating from the Viscount of Uruguay ?

No presente trabalho, a partir das categorias de “linhagens de pensamento” formuladas por Gildo Brandão em sua obra Linhagens do Pensamento Político Brasileiro (2007), nos propomos a examinar de que maneira dois autores, Alberto de Seixas Martins Torres e Francisco José de Oliveira Vianna, considerados emblemáticos da chamada “linhagem conservadora”, enfrentaram questões como: quais os males da sociedade brasileira? Quais os instrumentos e soluções propostos para a superação desses males? Mais especificamente, qual o papel do Estado nesse processo, e qual a estrutura de Estado mais adequada ao Brasil? Em síntese, nossa proposta de investigação, mapeando algumas das características do pensamento conservador brasileiro expressas nas obras de Torres e Vianna, resume-se a verificar: Se é possível configurar uma “identidade de pensamento” entre Alberto Torres e Oliveira Vianna, a partir dos “diagnósticos” e propostas de “profilaxia” que ambos os autores fazem do Brasil – promovendo as aproximações e os distanciamentos necessários –, a qual nos permita considerá-los parte de uma mesma linhagem do pensamento político brasileiro, no caso, a conservadora, que, seguindo os argumentos de Carvalho (1993) e Brandão (2007), remontaria em boa parte ao Visconde de Uruguai?