Redução compensatória da atividade física espontânea e expressão hipotalâmica de orexina em camundongos: efeitos do exercício físico e idade

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Data
2022-12-01
Autores
Quintanilha, Ana Carolina Silvares [UNIFESP]
Orientadores
Oliveira, Camila Aparecida Machado de [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
A perturbação da homeostase energética por meio do exercício físico (EF) pode desencadear um mecanismo de compensação que diminui a atividade física espontânea (AFE), reduzindo assim a efetividade de estratégias que se utilizam do EF para aumento do gasto energético diário ou para reduzir os danos oriundos do comportamento sedentário. O mecanismo pelo qual o sistema nervoso central (SNC) monitora o exercício e o gasto energético associado a ele não é plenamente conhecido. A orexina é um neuropeptídeo diretamente envolvido com a homeostase energética, atuando em diversos núcleos encefálicos no controle da alimentação e do gasto energético, estando também intimamente ligada à AFE. A fim de verificar os efeitos da manipulação de intensidade, volume e treinamento sobre a compensação da AFE em resposta ao exercício físico, camundongos C57bl/6 realizaram exercício agudo em esteira nas intensidades de 25, 50 e 75% da capacidade máxima individualizada, a volumes de 20, 30 e 40 minutos. Parte desses animais também realizou treinamento contínuo de 8 semanas. Os camundongos tiveram sua AFE monitorada antes e depois das sessões agudas. Além disso, analisamos a expressão de orexina no hipotálamo lateral desses animais para verificar seu possível envolvimento na redução compensatória da AFE pós-exercício. Nossos resultados indicam que a compensação não segue um padrão dose-resposta face à manipulação de parâmetros do exercício físico em intensidade ou volume. O treinamento também não foi capaz de reduzir a compensação na AFE pós-exercício tanto em animais jovens, quanto de meia-idade. Embora diretamente ligada aos processos de AFE, não foi possível associar a expressão hipotalâmica lateral de orexina com os níveis de compensação devido a uma grande variação intra e intergrupo, indicando que serão necessários mais estudos sobre orexina na área do exercício físico. Por fim, nossos resultados sugerem que um exercício de maior duração e intensidade moderada seja mais eficaz para obtenção de um balanço energético negativo, uma vez que a compensação da AFE foi semelhante a que ocorreu após um exercício de curta duração.
Disruption of energy homeostasis through physical exercise can trigger a compensation mechanism that decreases spontaneous physical activity (SPA), thus reducing the effectiveness of strategies that use physical exercise to increase daily energy expenditure or to reduce detrimental effects arising from sedentary behavior. The mechanism by which the central nervous system (CNS) monitors exercise and the energy expenditure associated with it is not fully understood. Orexin is a neuropeptide directly involved with energy homeostasis, acting in several brain nuclei in the control of food and energy expenditure, and is also closely linked to SPA. In order to verify the effects of manipulation of intensity, volume and training on the compensatory reduction of SPA in response to physical exercise, we exposed mice to acute treadmill exercise at intensities of 25, 50 and 75% of individualized maximum capacity, at volumes of 20, 30 and 40 minutes, and also to a continuous training of 8 weeks. The animals had their SPA monitored before and after the acute exercise sessions. Furthermore, we analyzed the lateral hypothalamus of these animals to verify the possible involvement of orexin in the reduction of post­exercise SPA. Our results indicate that the compensation does not follow a dose­response pattern to the manipulation of physical exercise parameters in intensity or volume. Training was also unable to reduce post­exercise SPA compensation in both young and middle­aged animals. Although directly linked to SPA processes, it was not possible to associate the lateral hypothalamic expression of orexin to the compensation levels due to a large intra and intergroup variation, indicating that further studies on orexin in the field of physical exercise are needed. Finally, we indicate longer duration and moderate intensity exercises to obtain a negative energy balance, taking into account that SPA compensation was similar in long and short duration exercise session.
Descrição
Citação
QUINTANILHA, Ana Carolina Silvares. Redução compensatória da atividade física espontânea e expressão hipotalâmica de orexina em camundongos: efeitos do exercício físico e idade 2022. 78 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.