Estudo comparativo entre pacientes fissurados portadores de insuficiência velofaríngea tratados com fonoterapia e faringoplastia

Data
2011-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
BACKGROUND: Inadequacy of speech and voice due to velopharyngeal insufficiency is a major stigma for cleft patients. Therefore, the study of this clinical condition is essential to improve the development and social relations of children with this ailment. This study aimed to assess alterations in the speech, velopharyngeal sphincter, and larynx of patients with cleft palate and cleft lip and palate who underwent to lip closure, palatoplasty, and speech therapy and developed transitory velopharyngeal insufficiency. Furthermore, these patients were compared with cleft palate and cleft lip and palate patients who developed persistent velopharyngeal insufficiency treated with lip closure, palatoplasty, speech therapy, pharyngoplasty, and complementary speech therapy. METHODS: From June 1997 to May 2002, 132 cleft palate and cleft lip and palate patients aged between 4 years 11 months and 19 years 3 months with transitory velopharyngeal insufficiency and persistent velopharyngeal insufficiency were assessed. After applying inclusion and exclusion criteria, 44 patients, 18 females and 26 males, were divided into 2 groups: group I, 20 patients who underwent lip closure, palatoplasty and speech therapy; and group II, 24 patients who underwent lip closure, palatoplasty, speech therapy, pharyngoplasty, and complementary speech therapy. Speech therapy consisted of articulatory therapy of oral airflow, myofunctional therapy, rapid phonemic acquisition technique, and voice therapy. Surgical treatment consisted of producing a flap from the pharynx posterior wall of the upper pedicle. RESULTS: Alterations in speech, the velopharyngeal sphincter, and the larynx were more frequent in group I than in group II. CONCLUSIONS: Cleft patients with persistent velopharyngeal insufficiency should be treated with pharyngoplasty and complementary speech therapy in order to correct alterations in speech, the velopharyngeal sphincter, and the larynx.
INTRODUÇÃO: A inadequação da fala e da voz decorrente da insuficiência velofaríngea é o principal estigma do paciente fissurado; assim, o estudo dessa condição clínica é fundamental, proporcionando melhor desenvolvimento das crianças e de suas relações sociais. O objetivo do presente estudo é avaliar alterações fonoaudiológicas, do esfíncter velofaríngeo, da laringe de pacientes fissurados palatais e labiopalatais tratados com queiloplastia, palatoplastia e fonoterapia, que desenvolveram insuficiência velofaríngea transitória, e fissurados palatais e labiopalatais, que desenvolveram insuficiência velofaríngea persistente tratados com queiloplastia, palatoplastia, fonoterapia, faringoplastia e fonoterapia complementar. MÉTODO: No período de junho de 1997 a maio de 2002, foram avaliados 132 fissurados palatais e labiopalatais que desenvolveram insuficiência velofaríngea transitória e insuficiência velofaríngea persistente, com idade entre 4 anos e 11 meses e 19 anos e 3 meses. Observando-se os critérios de inclusão e exclusão, 44 pacientes, sendo 18 do gênero feminino e 26 do gênero masculino, foram divididos em 2 grupos: grupo I, 20 pacientes submetidos a queiloplastia, palatoplastia e fonoterapia; e grupo II, 24 pacientes submetidos a queiloplastia, palatoplastia, fonoterapia, faringoplastia e fonoterapia complementar. O tratamento fonoaudiológico consistiu de terapia articulatória de fluxo aéreo bucal, terapia miofuncional, técnica de aquisição fonêmica rápida e terapia de voz. O tratamento cirúrgico consistiu de confecção de retalho da parede posterior da faringe, de pedículo superior. RESULTADOS: As alterações fonoaudiológicas, do esfíncter velofaríngeo e da laringe foram mais frequentes nos pacientes do grupo I, quando comparados aos do grupo II. CONCLUSÕES: Pacientes fissurados que evoluíram para insuficiência velofaríngea persistente devem ser tratados com faringoplastia e fonoterapia complementar para correção das alterações fonoaudiológicas, do esfíncter velofaríngeo e da laringe.
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Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, v. 26, n. 4, p. 631-638, 2011.
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