Influência do território na produção de violência contra as mulheres no munícipio de São Paulo

Abstract

A violência contra mulher é um fenômeno que atinge milhões de mulheres independentemente da idade, raça, orientação sexual, classe social, estado civil, escolaridade e demais fatores pessoais. Este artigo busca aumentar o entendimento da produção de violência de gênero em relação aos territórios do município de São Paulo. Almeja ainda auxiliar na implementação de políticas públicas que atuem para assegurar o direito da mulher à integridade física e psicológica, sobretudo em regiões mais vulneráveis. Para isso, foram realizados levantamento bibliográfico, pesquisa documental e a interpretação dos dados disponibilizados pelo Mapa da Desigualdade. É possível observar que em sua maioria os bairros apresentados como mais violentos não são os mais vulneráveis, além disso não existe uma correlação entre os bairros considerados mais violentos com os bairros com mais feminicídios. Posto isto, é importante ressaltar que os bairros aqui apresentados como mais violentos não necessariamente sejam os mais violentos e sim regiões com maior índice de denúncias. Assim, como nem toda violência é denunciada, reforça-se a urgência pela implementação e divulgação de programas que auxiliem no combate à violência.

Violence against women is a phenomenon that affects millions of women regardless of age, race, sexual orientation, social class, marital status, education and other personal factors. This article seeks to increase the understanding of the production of gender violence in relation to the territories of the municipality of São Paulo. It also aims to assist in the implementation of public policies that act to ensure women's right to physical and psychological integrity, especially in more vulnerable regions. For this, a bibliographical survey, documentary research and the interpretation of the data provided by the Map of Inequality were carried out. It is possible to observe that most of the neighborhoods presented as the most violent are not the most vulnerable, in addition there is no correlation between the neighborhoods considered the most violent with the neighborhoods with the most feminicides. Having said that, it is important to emphasize that the neighborhoods presented here as the most violent are not necessarily the most violent, but regions with the highest rate of complaints. Thus, as not all violence is denounced, the urgency for the implementation and dissemination of programs that help combat violence is reinforced.