Literatura, humanização e saúde no ambiente corporativo: a experiência do laboratório de leitura como instrumento de responsabilidade humanística na agenda ESG

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Data
2022-10-21
Autores
Seraphim, Alexandre Augusto Maia [UNIFESP]
Orientadores
Gallian, Dante Marcello Claramonte [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Este trabalho propõe a investigação do potencial da metodologia do Laboratório de Leitura como promotora de humanização e saúde no ambiente corporativo e a discussão destas práticas como parte da estratégia das organizações. Métodos: Esta abordagem estende o campo de estudos da humanização, da área da saúde coletiva, onde o Laboratório de Leitura é aplicado desde 2003, para o âmbito da administração de empresas. Amplia o arcabouço de metodologias e práticas de gestão humana e social nas organizações. Levanta a questão da desumanização no contexto da modernidade, seus efeitos e sua abrangência sobre as organizações como parte da sociedade. Resultados: A primeira parte do trabalho está centrada na experiência realizada na Natura, nos anos de 2012 e 2013, e é apresentada na forma de um artigo científico, submetido a uma revista indexada, no momento, em processo de revisão. Essa experiência foi pioneira na aplicação do Laboratório de Leitura como metodologia de intervenção no ambiente corporativo, implementado em três ciclos, com a participação voluntária de 38 colaboradores, em 17 encontros ao longo de três semestres. A coleta e a análise de dados seguiram protocolos da pesquisa qualitativa. A partir dos registros dos encontros e entrevistas com dez participantes do Laboratório de Leitura, adotou-se a abordagem fenomenológico-hermenêutica para interpretação das narrativas e avaliação dos resultados. O estudo conclui que o Laboratório de Leitura promove a humanização no ambiente corporativo, através do efeito estético-reflexivo provocado pela literatura, e preconiza o desenvolvimento de práticas de gestão baseadas nas Humanidades, como estratégia efetiva de humanização. O estudo indica um caminho de engajamento das empresas nesta agenda pela via da vantagem competitiva, e propõe sua discussão como uma dimensão das responsabilidades corporativas. A segunda parte do trabalho amplia e atualiza a discussão iniciada com o estudo da Natura, pela incorporação do conhecimento acumulado ao longo dos últimos dez anos dessa pesquisa, com base na experiência de aplicação do Laboratório de Leitura em outras empresas e na evolução do conceito de responsabilidade corporativa. Conclusões: Apresentamos esse conteúdo, reproduzindo integralmente o texto do livro que publicamos em setembro desse ano, no qual aprofundamos o referencial teórico da pesquisa e propomos a responsabilidade humanística como elemento integrante da agenda ESG (Environment, Social, Governance) das empresas.
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