Comparação da ingestão proteica, massa e força muscular em idosos ativos e sedentários

Abstract

A população mundial ao longo de décadas vem passando por uma transformação no que diz respeito à longevidade e expectativa de vida, sendo impulsionados principalmente pelo declínio nas taxas de fecundidade e natalidade, avanços, com desenvolvimento e fabricação de vacinas e medicamentos, bem como os recentes incentivos à prevenção de doenças na população. Objetivo: Analisar a relação entre ingestão proteica com massa muscular e força em idosos praticantes de exercício físico. Métodos: foram avaliados 66 indivíduos com idade maior ou igual a 60 anos, de ambos os gêneros praticantes de atividade física (caminhada) ou musculação e sedentários. As variáveis analisadas foram, massa muscular, massa gorda, teste de força de preensão manual, exame de bioimpedância, ingestão proteica. As análises estatísticas foram feitas com o programa estatístico R versão 3.3.2 (R Core team,2016). Resultados: Não houve diferença significativa em relação ao gênero, idade e estatura na comparação dos três grupos. O grupo da Musculação e caminhada apresentaram diminuição do peso significativo em relação ao grupo sedentário. Em relação ao estado nutricional segundo IMC, o grupo da musculação teve diminuição significativa do IMC em relação ao grupo caminhada e sedentário, caminhada foi menor que o sedentário de forma significativa. A maior força de preensão manual ocorreu no grupo da musculação, e a menor no grupo sedentário. O grupo da musculação teve um aumento da força de preensão manual em relação a caminhada, e caminhada teve uma semelhança em relação ao sedentário. Em relação a massa muscular (kg) o grupo da musculação apresentou maior quantidade de massa muscular, e menor massa muscular no grupo sedentário. O grupo da musculação teve um aumento significativo de ganho de massa muscular em relação a caminhada e sedentário. Em relação ao percentual de gordura, a maior porcentagem de gordura ocorreu no grupo sedentário e menor percentual de gordura ocorreu no grupo da musculação. Todos os grupos tinham uma ingestão média de proteína de 1,0kg/dia. Conclusão: Não há associação entre maior ingestão proteica com a massa muscular e força no grupo da caminhada. Houve uma diferença significativa entre a ingestão de proteína, massa muscular e força no grupo da musculação.

The world population over decades has been undergoing a transformation with regard to longevity and life expectancy, being driven mainly by the decline in fertility and birth rates, advances, with the development and manufacture of vaccines and medicines, as well as recent incentives for disease prevention in the population. Objective: To analyze the relationship between protein intake with muscle mass and strength in elderly practitioners of physical exercise. Method: 66 individuals aged 60 years or older were evaluated, of both genders who practiced physical activity (walking) or weight training and were sedentary. The variables analyzed were muscle mass, fat mass, handgrip strength test, bioimpedance test, protein intake. Statistical analyzes were performed using the R statistical program version 3.3.2 (R Core team, 2016). Result. There was no significant difference regarding gender, age and height when comparing the three groups. The weight training and walking group showed a significant weight decrease compared to the sedentary group. Regarding the nutritional status according to BMI, the weight training group had a significant decrease in BMI compared to the walking and sedentary group, walking was significantly lower than the sedentary group. The highest handgrip strength occurred in the weight training group, and the lowest in the sedentary group. The weight group had a significant increase in handgrip strength compared to walking, and walking had a significant similarity to the sedentary group. In relation to muscle mass (kg) the weight training group had a greater amount of muscle mass, and less muscle mass in the sedentary group. The weight training group had a significant increase in muscle mass gain compared to walking and sedentary. Regarding the percentage of fat, the highest percentage of fat occurred in the sedentary group and the lowest percentage of fat occurred in the body Building group. The highest percentage of fat occurred in the sedentary group. All groups had an average protein intake of 1.0kg/day. Conclusion: There is no association between higher protein intake and muscle mass and strength in the walking group. There was a significant difference between protein intake, muscle mass and strength in the weight group.