Avaliação da maturidade pulmonar fetal em gestações de alto risco

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Data
1998-07-01
Autores
Taborda, Wladimir [UNIFESP]
Almeida, Maria Fernanda Branco de [UNIFESP]
Moron, Antonio Fernandes [UNIFESP]
Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
The objective was to evaluate the accuracy of the foam stability test, lecithin/sphingomyelin (LS) ratio, presence of phosphatidylglycerol (PG) and lung profile (L/S ratio > 1.7 and PG present simultaneously) in 121 consecutive high-risk gestations at the São Paulo Hospital from January 1990 to January 1995. Delivery occurred within 3 days of fetal lung maturation testing. This is a prospective study in which the sensitivity, specificity, positive (PPV) and negative predictive value (NPV) of all the tests were determined. Neonatal respiratory outcome and amniocentesis results were stratified by gestational age for comparison. The distribution of the studied population according to maternal pathology was diabetes mellitus (48), hypertensive disorders (41), Rh isoimmunization (14) and miscellaneous (18). Respiratory distress (RD) was present in 33 infants (27.2%), mainly in the diabetic group. There was no false negative using lung profile (all patients) and foam stability tests among hypertensive pregnancies (specificity 100%), but there were about 20% to 50% false positives in the other tests. Overall, all four tests had a low PPV: 23% for foam test, 51% for L/S ratio, 63% for PG, 61% for lung profile, and high NPV: 92% for foam test, 88% for L/S ratio, 89% for PG and 100% for lung profile. All tests had less accuracy in the diabetic pregnant women. This study shows that the presence of PG and L/S ratio > 1.7 in the amniotic fluid of high-risk pregnancies confirms maturity with a very low risk to develop RD and that the foam stability test was useful as a first-line test to predict the absence of surfactant-deficient respiratory distress syndrome, particularly in hypertensive pregnant women.
Trata-se de um estudo prospectivo para a avaliação da maturidade fetal em 121 gestações de alto risco realizado no Hospital São Paulo - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), entre janeiro de 1990 e janeiro de 1995. Em todos os casos, o parto foi realizado em até 3 dias após a obtenção de líquido amniótico por amniocentese. O objetivo principal foi o de analisar a acurácia do teste de Clements (TC), da relação lecitina/esfingomielina (L/E), da presença de fosfatidilglicerol (PG) e do perfil pulmonar (relação L/E >1,7 e PG presente) para antecipar a ocorrência ou não de sindrome de desconforto respiratório neonatal (SDR). Foram calculados a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) de todos os testes. O grupo de estudo foi composto por 48 gestações complicadas por diabetes mellitus, 41 por síndromes hipertensivas, 14 por isoimunização Rh e 18 por diversas patologias. O perfil pulmonar apresentou sensibilidade de 100% em todos os casos. O teste de Clements também não apresentou resultados falso-positivos em gestantes hipertensas, apurando-se, contudo, de 20% a 50% de falso-negativos em todos os outros testes. Os quatro testes apresentaram baixos VPP (23% no TC, 51% na relação L/E, 63% na presença de PG, 61% no perfil pulmonar) e elevados VPN (92% no TC, 88% na relação L/E, 89% na presença de PG, 100% no perfil pulmonar). Este estudo demonstrou que a presença de PG e relação L/E >1,7 simultâneos no líquido amniótico comprovam a maturidade pulmonar com muito baixo risco de DR ao nascimento. Concluiu-se também que o teste de Clements deve constituir o rastreamento inicial para predizer a ausência de SDR, particularmente em gestações complicadas por síndromes hipertensivas.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 20, n. 6, p. 315-321, 1998.
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