História Indígena nas Propostas Curriculares Oficiais (2008-2016)
Data
2020-02-10
Autores
Costa, Fernanda Pereira Da [UNIFESP]
Orientadores
Almeida Neto, Antonio Simplicio De [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
This research aims to analyze official curricular proposals of History teaching, from different Brazilian states, in its different formats and developments, preferably after the institution of Law 11.645/2008. More precisely, we intend to investigate how the history and culture of indigenous peoples have been approached in these documents. We will first make an inventory of official curricular proposals and the different narratives that these materials convey about the Amerindian peoples. After that, we will confront these representations with those presented in the academic production on indigenous history and teaching history, especially of the last three decades. The field of Education, particularly the studies on curriculum theory and critical interculturality, will provide the theoretical support of this research. By thinking about the relationship between the knowledge produced in the academy, which has strong influences of the social and indigenous movements, and the curricula we hope to demonstrate how the first affects the latter. Therefore, we expect to understand how, after the promulgation of Law 11.645/08, the didactic proposals elaborated by the states collaborate to train students to recognize the indigenous populations as historical subjects that should be viewed under the prism of equality in difference, in order to ensure an education that creates new paradigms of intercultural relationships.
O objetivo desta pesquisa é analisar propostas curriculares oficiais de ensino de História, em seus distintos formatos e desdobramentos, de diferentes estados brasileiros, preferencialmente após a instituição da Lei 11.645/2008, para investigar como as temáticas relacionadas à história e à cultura dos povos indígenas vêm sendo tratadas nestes documentos. Com essa análise, faremos um inventário das propostas curriculares oficiais vigentes no país, bem como das narrativas que esses materiais veiculam sobre os povos ameríndios, assim, buscaremos confrontar essas representações com a produção acadêmica, especialmente das últimas três décadas, no campo da História, com a história indígena e ensino de história e, também, no campo da Educação, com os estudos sobre teoria do currículo e interculturalidade crítica. Pretendemos pensar as relações entre esses conhecimentos produzidos na academia, com fortes influências dos movimentos sociais e indígenas e os currículos, com o propósito de entender se eles afetam ou não as abordagens destes. No contexto pós-promulgação da Lei 11.645/08, que define a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena, a pesquisa tenciona, afinal, avaliar em que medida as propostas didáticas elaboradas pelos estados colaboram para formar estudantes que reconheçam as populações indígenas como sujeitos históricos que devem ser vistos sob o prisma da igualdade na diferença, a fim de garantirmos uma educação que crie novos paradigmas de relações interculturais.
O objetivo desta pesquisa é analisar propostas curriculares oficiais de ensino de História, em seus distintos formatos e desdobramentos, de diferentes estados brasileiros, preferencialmente após a instituição da Lei 11.645/2008, para investigar como as temáticas relacionadas à história e à cultura dos povos indígenas vêm sendo tratadas nestes documentos. Com essa análise, faremos um inventário das propostas curriculares oficiais vigentes no país, bem como das narrativas que esses materiais veiculam sobre os povos ameríndios, assim, buscaremos confrontar essas representações com a produção acadêmica, especialmente das últimas três décadas, no campo da História, com a história indígena e ensino de história e, também, no campo da Educação, com os estudos sobre teoria do currículo e interculturalidade crítica. Pretendemos pensar as relações entre esses conhecimentos produzidos na academia, com fortes influências dos movimentos sociais e indígenas e os currículos, com o propósito de entender se eles afetam ou não as abordagens destes. No contexto pós-promulgação da Lei 11.645/08, que define a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena, a pesquisa tenciona, afinal, avaliar em que medida as propostas didáticas elaboradas pelos estados colaboram para formar estudantes que reconheçam as populações indígenas como sujeitos históricos que devem ser vistos sob o prisma da igualdade na diferença, a fim de garantirmos uma educação que crie novos paradigmas de relações interculturais.