O uso de palmilhas versus fortalecimento da musculatura intrínseca do pé no tratamento da fasciite plantar: uma revisão sistemática

Imagem de Miniatura
Data
2020-08-04
Autores
Souza, Thiago Melo Malheiros De [UNIFESP]
Orientadores
Inoue, Liu Chiao Yi [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: The foot is composed by active, passive, and neural structures. The medial longitudinal arch (MLA) is held by the interaction of these components and the intirinsic foot muscles (IFM) has an important part on this process. In recent years it is been observed a relation between the weakness of the IFM and plantar fasciitis (PF). PF is defined as an inflammatory process at the fascia. Its symptoms are pain on the plantar fascia, especially on the first steps in the morning and palpation of the calcaneus and plantar fascia. There is a lack of patronization on the literature about how to execute IFM strengthening, nor there is indications of its use for the treatment of PF, isolated or comparing with other gold standard treatments, such as the use of insoles. Objective: To analyze the information regarding the IFM strengthening and its use on the treatment of PF, comparing with foot insoles. Methods: Two Systematic Reviews (SR) were made. The first was to access the adequate training volume to generate changes in the IFM and MLA. The second was to compare the effects of the IFM strengthening training with foot insoles as treatment for PF. Both SR were made following the PRISMA statement, using the PICO strategy. The searching process was carried on the following databases: Cochrane Central, Pubmed, PEDro, LILACS, Scielo, Embase, Cinahl e Science Direct. The inclusion criteria and key words were chosen for with each RS objective. For methodological quality of the selected studies the Cochrane risk of bias table and PEDro scale were applied. Results: Four RCTs were included in the first RS. The IFM strengthening showed increase on the MLA height and medium term, and significant effects on functionality at short term and medium term. For the second RS, three RCTs were included. The resistance training showed more effect for changings in pain and function outcomes. However, there is no sufficient evidence to affirm witch IFM training is the best option. Conclusion: The intrinsic foot muscle strengthening training influences on the medial longitudinal arch height in the medium term and has better dynamic response in the short and medium term. The IMF strengthening can be an alternative to the application of foot insoles on the treatment of PF with satisfactory results for pain.
Introdução: O pé é composto por estruturas ativas, passivas, e componentes neurais. O arco longitudinal medial (ALM) é mantido pela interação dessas estruturas, e um componente importante para isso é a musculatura intrínseca do pé. Nos últimos anos tem se observado uma relação entre a fraqueza desses músculos e a fasciite plantar (FP). A FP é caracterizada por um processo inflamatório na região da fáscia plantar. Seus sintomas são dor região plantar, principalmente nos primeiros passos ao acordar, aumento de atividades como corrida, mudança de calçado, dor à palpação em região de fáscia plantar próximo ao calcâneo. Não há na literatura uma padronização dos exercícios para a MIP, e os guidelines de tratamento da FP não incluem exercícios para esses músculos, nem isolados, nem em comparação com alternativas, como o uso de palmilhas. Objetivo: Verificar o efeito do fortalecimento da MIP na altura do ALM e seu uso no tratamento da fasciite plantar comparativamente ao uso de palmilhas. Métodos: Foram realizadas duas revisões sistemáticas (RS): a primeira foi para verificar, na literatura publicada, os tipos de exercícios e características de treinamento de resistência (series e repetições), aplicados no fortalecimento da musculatura intrínseca. A segunda, para comparar o uso de palmilhas, customizadas ou pré-fabricadas, com o fortalecimento da musculatura intrínseca no pé para o tratamento de fasciíte plantar. Cada RS foi realizada de acordo com o modelo PRISMA, utilizando a estratégia PICO. Para ambas as RS a busca dos artigos foi feita nas seguintes bases de dados: Cochrane Central, Pubmed, PEDro, LILACS, Scielo, Embase, Cinahl e Science Direct. As palavras-chave foram escolhidas de acordo com o objetivo de cada RS. Foram aplicadas a ferramenta de risco de viés Cochrane e a escala PEDro para classificação da qualidade metodológica dos estudos selecionados. Resultados: Para a primeira RS, 4 ensaios clínicos aleatorizados (ECA) foram incluídos. O fortalecimento da MIP não promoveu aumento da altura do ALM em curto prazo, porém foi capaz de promover efeitos a médio prazo. Observou-se uma melhora da funcionalidade em curto e médio prazo na aplicação de exercícios para a MIP. Foram encontrados na segunda RS três ECA. O fortalecimento muscular é mais eficaz para dor e função em pacientes com FP em relação ao uso de palmilhas em médio e longo prazo. Não é possível identificar quais exercícios para MIP. Conclusão: Os exercícios de fortalecimento muscular apresentam influência na mudança de altura do arco longitudinal medial a médio prazo, e melhora dinâmica a curto e médio prazo. O fortalecimento da MIP pode ser uma alternativa a aplicação de palmilhas para o tratamento da FP, com bons resultados para a dor.
Descrição
Citação