Melancolia e Heterossexualidade em Judith Butler
Data
2020-11-13
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
In Judith Butler, one of the key points of the gender issue and the way in which the feeling of melancholy participates in the process that engenders it is the issue of the subject's production and permanence from and within power relations. In contact with Foucault's theory of the subject, Butler investigates how certain types of discourse produce the subject and for what purposes. It also investigates the character of production and permanence, as well as the possibilities of resistance and action of this subject in the midst of the discursive plot that manufactures him. Such an analysis leads Judith Butler to the exploration of the psychic form that power acquires when its norms become the apparent internal truth of a subject that rather serve the political ends of naturalizing aspects which, in a more accurate analysis, prove to be fabricated. The problem of the internalization of norms will thus lead to Freudian psychoanalysis and, in this, to the issue of the inauguration of the subject whose starting point lies in the prohibition of incest which, in turn, should directly affect the production of the heterosexual binary gender. Our interest will be to investigate the way in which Freudian psychoanalysis discourse produces gendered subjects recognized by the hegemonic intelligibility matrix and how this discourse, in Butler's view, will give meaning to the phenomenon that she will call melancholic heterosexuality.
Em Judith Butler, um dos postos-chave da questão do gênero e do modo como o sentimento de melancolia participa do processo que o engendra é a questão da produção e da permanência do sujeito, a partir e no interior das relações de poder. Em contato com a teoria do sujeito de Foucault Butler investiga como certos tipos de discurso produzem o sujeito e com quais finalidades. Investiga também o caráter de produção e de permanência, bem como as possibilidades de resistência e de ação desse sujeito em meio à trama discursiva que o fabrica. Tal análise leva Judith Butler à exploração da forma psíquica que o poder adquire quando suas normas se tornam a aparente verdade interna de um sujeito e servem, antes, para fins políticos de naturalização de aspectos, os quais, em uma análise mais acurada, revelam-se fabricados. O problema da internalização das normas levará, assim, à psicanálise freudiana e, nesta, à questão da inauguração do sujeito cujo ponto de partida encontra-se na proibição do incesto que , por sua vez, deverá incidir diretamente na produção do gênero binário heterossexual. Nosso interesse consistirá em investigar o modo como o discurso da psicanálise freudiana produz sujeitos generificados, reconhecidos pela matriz de inteligibilidade hegemônica e como esse discurso, na visão de Butler, dará sentido ao fenômeno que ela irá chamar de heterossexualidade melancólica.
Em Judith Butler, um dos postos-chave da questão do gênero e do modo como o sentimento de melancolia participa do processo que o engendra é a questão da produção e da permanência do sujeito, a partir e no interior das relações de poder. Em contato com a teoria do sujeito de Foucault Butler investiga como certos tipos de discurso produzem o sujeito e com quais finalidades. Investiga também o caráter de produção e de permanência, bem como as possibilidades de resistência e de ação desse sujeito em meio à trama discursiva que o fabrica. Tal análise leva Judith Butler à exploração da forma psíquica que o poder adquire quando suas normas se tornam a aparente verdade interna de um sujeito e servem, antes, para fins políticos de naturalização de aspectos, os quais, em uma análise mais acurada, revelam-se fabricados. O problema da internalização das normas levará, assim, à psicanálise freudiana e, nesta, à questão da inauguração do sujeito cujo ponto de partida encontra-se na proibição do incesto que , por sua vez, deverá incidir diretamente na produção do gênero binário heterossexual. Nosso interesse consistirá em investigar o modo como o discurso da psicanálise freudiana produz sujeitos generificados, reconhecidos pela matriz de inteligibilidade hegemônica e como esse discurso, na visão de Butler, dará sentido ao fenômeno que ela irá chamar de heterossexualidade melancólica.