Caracterização funcional das variantes p.Q370H e p.R384Q presentes no gene ANGPT1

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2020-11-26
Autores
Leite, Caroliny De Sousa [UNIFESP]
Orientadores
Pesquero, Joao Bosco [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction:Hereditary angioedema (HAE) is characterized by sudden episodes of swelling that cause pain, discomfort and, according to its location, can disfigure the patient. Edema affects mainly the upper and lower extremities (hands and feet), gastrointestinal tract, genitalia and face. If not treated it can lead to death due to laryngeal edema. HAE is an autosomal dominant disorder mainly caused by mutations in C1 esterase inhibitor gene (SERPING1), leading to an overproduction of bradykinin, or as a result of specific mutations in the F12, ANGPT1, PLG, KNG1 or MYOF genes. However, many patients with HAE do not present any mutation in these two genes, being classified as HAE with unknown causes (U-HAE) patients. Aim: This work aimed to clinically investigate and characterize patients diagnosed with HAE-U and analyze the impact of mutations found in the ANGPT1 gene in vitro. Methods: For clinical characterization, the history of the patients was evaluated regarding the location of the edema, crises triggering factors, onset of symptoms and time of delay in diagnosis. The ANGPT1 gene containing the target mutations was cloned and expressed in eukaryotic cells. Proteins containing the mutation were evaluated by functional permeability assays. Results: Two heterozygous missense mutations were found in exon 7 of the angiopoietin 1 gene (p.Q370H and p.R384Q). Most patients had subcutaneous edema affecting the extremities (face, lips, eyelids and genitalia). As for the triggering factors, stress was identified as the main cause. The mean age at onset of symptoms was 16.5 years in patients carrying ANGPT1 mutations and 27.4 years in AEH-U patients. Maximum age at onset of symptoms was 45 years in the ANGPT1-mutations group and 86 years in the HAE-U group. In silico analysis indicate that the variants are found in the fibrinogen domain of ANGPT1, specifically in subdomain B, and do not participate in the interaction site with TiE2 receptor Conclusion: A possible molecular diagnosis for patients belonging to the HAE-U group might be suggested, reinforcing the need to include the ANGPT1 gene as a marker to the molecular diagnosis of HAE. In vitro analysis were not conclusive and further studies are required. studies are required.
Introdução: O angioedema hereditário (AEH) é caracterizado por repentinos episódios de edemas que causam dor, desconforto e, conforme sua localização, a desfiguração do indivíduo. Os edemas acometem principalmente extremidades superiores e inferiores (mãos e pés), trato gastrintestinal, genitálias e face. Se não tratado, pode levar ao óbito devido ao edema de glote. O AEH é um transtorno autossômico dominante resultante predominantemente de mutações no gene do inibidor de C1 esterase, SERPING1 (levando a um aumento na produção de bradicinina), ou resultante de mutações específicas nos genes que codificam F12, ANGPT1, PLG, KNG1 ou MYOF. Entretanto, muitos pacientes permanecem com a causa genética desconhecida, sendo classificados no grupo angioedema de causa desconhecida, ou AEH-U. Objetivos: Este trabalho objetivou investigar e caracterizar clinicamente pacientes diagnosticados com AEH-U e analisar in silico e in vitro o impacto de mutações no gene da ANGPT1. Material e métodos: Para caracterização clínica avaliou-se o histórico dos pacientes quanto a localização do edema, fatores desencadeantes das crises, início dos sintomas e tempo de atraso no diagnóstico. O gene ANGPT1 contendo as mutações alvo foi clonado e expresso em células eucarióticas. As proteínas contendo a mutação foram avaliadas por ensaios funcionais de permeabilidade. Resultados: Duas mutações missense heterozigóticas foram encontradas no éxon 7 do gene da angiopoietina 1 (p.Q370H e p.R384Q). A maior parte dos pacientes apresentou edemas subcutâneos afetando extremidades (face, lábios, pálpebras e genitália). Quanto aos fatores desencadeantes, o estresse foi apontado como o maior causador. A média de idade no início dos sintomas foi de 16,5 anos nos pacientes portadores das mutações no ANGPT1 e 27,4 anos nos pacientes AEH-U. A idade máxima para o início dos sintomas foi de 45 anos em mutações-ANGPT1 e 86 anos em AEH-U. As anáĺises in silico apontam que as variantes se encontram no domínio fibrinogênio da angiopoietina 1, especificamente no subdomínio B e não participam do sítio de interação com o receptor TiE2. Conclusão: Pode ser sugerido um possível diagnóstico molecular para os pacientes pertencentes ao grupo AEH-U reforçando a necessidade da inclusão do gene ANGPT1 como marcador no diagnóstico molecular do AEH. As análises in vitro não foram conclusivas e mais estudos são necessários. conclusivas e mais estudos são necessários.
Descrição
Citação