Avaliação do impacto da privação aguda de sono REM sobre os linfócitos T Invariantes Natural Killer
Data
2020-04-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Although several studies have demonstrated that sleep deprivation influences the activity of innate cells, like macrophages and NK cells, there are no studies about the impact of sleep disturbance on the biological activity of invariant Natural Killer T lymphocytes (iNKT). To this end, C57BL/6 mice were submitted to acute sleep deprivation for 72h (SD), using the multiple modified platform method. Although sleep-deprived mice presented a significant reduction in the number of thymic iNKT lymphocytes, we did not find any further difference in their distribution at peripheral organs, as spleen and liver. Also, sleep deprivation did not affect the response of iNKT lymphocytes to their cognate antigen, α-galactosylceramide (αGC). Upon the stimulation with αGC, there was no difference between the non-sleep-deprived (NSD) and SD mice regarding the amount of IL-4 and IFN-γ produced, iNKT expansion ratio at spleen or liver, nor in the αGC-induced anti-metastatic activity. Furthermore, the resistance of iNKT to sleep deprivation effects makes them an important tool against the suppression associated with sleep disturbances. For example, although peritoneal macrophages from SD mice fail to produce nitric oxide (NO) upon in vitro stimulation with LPS, the in vivo activation of iNKT lymphocytes by αGC prevented SD-induced suppression of NO production, in an IFN-γ-dependent manner. In conclusion, our data suggest that iNKT lymphocytes, unlike other immune cells, are resistant to suppressive effects associated with sleep deprivation.
Diferentes estudos mostraram que a privação de sono REM influencia de forma importante a atividade de células da imunidade inata como os macrófagos e células NK. No entanto, não existem dados sobre o impacto da perturbação do sono REM sobre a atividade biológica dos linfócitos T invariantes Natural Killer (iNKT). Para tanto, camundongos C57BL/6 foram submetidos à privação aguda de sono REM por 72h (PS), utilizando o método de plataforma múltipla modificado. Apesar dos animais do grupo PS apresentarem uma redução importante no número de linfócitos iNKT no timo, esse fenômeno não foi observado em outros órgãos, como no baço e fígado. De maneira semelhante, a resposta dos animais PS frente ao desafio com a αGC,um antígeno cognato dos linfócitos iNKT, não foi impactada de forma importante pela privação de sono REM. A produção de citocinas, como IL-4 e IFN-γ, a expansão dos linfócitos iNKT no baço e fígado bem como a atividade anti-metastática da αGC foi semelhante ao observado do grupo não privado de sono REM (NPS). Essa resistência à influência da PS torna essas células uma ferramenta contra os efeitos supressores associados com os distúrbios de sono REM. Macrófagos peritoneais de animais PS, mesmo quando elicitados com tioglicolato, apresentam uma redução significante na sua capacidade de produzir óxido nítrico (NO) frente ao desafio com LPS. No entanto, a administração de αGC protege essas células do efeito supressor da PS, um fenômeno dependente da produção de IFN-γ pelos linfócitos iNKT. Concluindo, nossos dados indicam que os linfócitos iNKT, diferentemente do que já foi demonstrado para outras células do sistema imune, são resistentes aos efeitos supressores associados com a privação de sono REM.
Diferentes estudos mostraram que a privação de sono REM influencia de forma importante a atividade de células da imunidade inata como os macrófagos e células NK. No entanto, não existem dados sobre o impacto da perturbação do sono REM sobre a atividade biológica dos linfócitos T invariantes Natural Killer (iNKT). Para tanto, camundongos C57BL/6 foram submetidos à privação aguda de sono REM por 72h (PS), utilizando o método de plataforma múltipla modificado. Apesar dos animais do grupo PS apresentarem uma redução importante no número de linfócitos iNKT no timo, esse fenômeno não foi observado em outros órgãos, como no baço e fígado. De maneira semelhante, a resposta dos animais PS frente ao desafio com a αGC,um antígeno cognato dos linfócitos iNKT, não foi impactada de forma importante pela privação de sono REM. A produção de citocinas, como IL-4 e IFN-γ, a expansão dos linfócitos iNKT no baço e fígado bem como a atividade anti-metastática da αGC foi semelhante ao observado do grupo não privado de sono REM (NPS). Essa resistência à influência da PS torna essas células uma ferramenta contra os efeitos supressores associados com os distúrbios de sono REM. Macrófagos peritoneais de animais PS, mesmo quando elicitados com tioglicolato, apresentam uma redução significante na sua capacidade de produzir óxido nítrico (NO) frente ao desafio com LPS. No entanto, a administração de αGC protege essas células do efeito supressor da PS, um fenômeno dependente da produção de IFN-γ pelos linfócitos iNKT. Concluindo, nossos dados indicam que os linfócitos iNKT, diferentemente do que já foi demonstrado para outras células do sistema imune, são resistentes aos efeitos supressores associados com a privação de sono REM.