Estudo das fraturas de tornozelo por trauma de baixo impacto em adultos acima de 50 anos de idade: análise retrospectiva de dados de internação hospitalar no Brasil de 2004 a 2013

Date
2020-03-17Author
Silva, Alex Rocha Bernardes Da [UNIFESP]
Advisor
Szejnfeld, Vera Lucia [UNIFESP]Type
Dissertação de mestradoMetadata
Show full item recordAbstract
The main complication of osteoporosis is a fragility fracture. The most common sites of low-energy trauma fractures are proximal femur, vertebra, proximal humerus, and distal radius. Ankle fractures are the second most common fracture in the lower limbs, and have significant morbidity, as well as high costs for surgical procedure and subsequent recovery. Obesity, diabetes, and female gender are the risk factors classically associated with ankle fractures. Ankle and forearm fractures are common nonvertebral fractures and their incidence increases with age. Forearm fractures are classified as fragility fractures and predictive for fractures at other sites, although do not allow osteoporosis diagnosis. Remains controversial whether ankle fractures are osteoporosis fractures. Objectives: Analysis of ankle fracture rate in Brazil; assessment of fracture rates by age, gender and geographic region; comparison of ankle fracture rate with forearm fracture rate. Methods: Ecological study, with temporal trend analysis, in patients over 50 years old, admitted at hospitals of Sistema Único de Saúde in Brazil, from 2004 to 2013. We collected data from the Sistema de Informação Hospitalar, selecting International Codes of Diseases for fractures of ankle and forearm, and subsequent screening by low-energy trauma codes. We calculate ankle fracture rate according to gender, age group and Geographic Region, perform linear regression analysis and estimated fracture rates for 2030. We also performed a comparison of ankle and forearm rates, grouped in three years, using block variance analysis, with significance level of 5%. Results: Ankle fracture rate was 21.39 fractures per 100,000 inhabitants, 23.98 in females and 18.49 in males. Fracture rates were higher in the South, Southeast, and Midwest Regions than in the North and Northeast Regions. In absolute numbers, although ankle fracture rate increased with age, there was a significant decrease in the population over 80 years old. Over the years 2004 to 2013, in temporal trends analysis, we observed stability in fracture rates in men and women. In block variance analysis (ANOVA), men had higher ankle fracture rates than forearm. In women, the forearm rates were higher than the ankle. Conclusion: Ankle fracture rates in men increased with age and over evaluated years, and higher than forearm fracture rates. Our data suggest that ankle fractures in men, as well as forearm fractures, could be considered as fragility fractures. A principal complicação da osteoporose é a fratura por fragilidade. Os sítios mais comuns de fraturas por traumas de baixo impacto são: fêmur proximal, vértebra, úmero proximal e rádio distal. Fraturas de tornozelo são a segunda fratura mais comum nos membros inferiores, e apresentam importante morbidade, além de elevados custos para procedimento cirúrgico e posterior recuperação. Obesidade, diabetes e sexo feminino são os fatores de risco classicamente associados às fraturas de tornozelo. Fraturas de tornozelo e antebraço são fraturas não-vertebrais comuns e sua incidência aumenta com a idade. As fraturas de antebraço, embora sejam consideradas fraturas por fragilidade e preditivas de fraturas em outros sítios, isoladamente, não permitem o diagnóstico de osteoporose. Ainda é controverso se as fraturas de tornozelo, da mesma forma que as de antebraço, podem ser nomeadas como fraturas por fragilidade. Objetivos: Cálculo da taxa de fraturas de tornozelo no Brasil de 2004 a 2013 e avaliação das taxas de fraturas por faixa etária, sexo e região geográfica. Comparação das taxas de fraturas de tornozelo com as de antebraço. Métodos: Estudo ecológico, com análise de tendência temporal, em pacientes acima de 50 anos, admitidos nos hospitais do Sistema Único de Saúde no Brasil, de 2004 a 2013. Foram utilizados dados do Sistema de Informação Hospitalar, selecionando os Códigos Internacionais de Doenças para fraturas de tornozelo e antebraço, e posterior seleção pelos códigos de traumas de baixo impacto. Realizado cálculo da taxa de fraturas de tornozelo, segundo sexo, faixa etária e Região Geográfica, além da análise de regressão linear e estimativa das taxas de fraturas para 2030. Realizado ainda comparação das taxas de tornozelo e antebraço, agrupados em triênios, através de análise de variância em blocos, com nível de significância de 5%. Resultados: A taxa média de fratura de tornozelo foi 21.39 fraturas por 100.000 habitantes, sendo 23.98 no sexo feminino e 18.49 no sexo masculino. As taxas de fraturas foram maiores nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do que nas Regiões Norte e Nordeste. Em números absolutos, embora tenha sido observado aumento nas taxas de fratura de tornozelo com a idade, na população acima de 80 anos houve queda significativa. Ao longo dos anos 2004 a 2013, na análise de regressão linear, observou-se tendência a estabilidade na taxa de fraturas ao longo dos anos. Na análise de variância em blocos, xiv os homens apresentaram taxas de fratura de tornozelo maiores do que antebraço. Nas mulheres, as taxas de antebraço foram maiores que as de tornozelo. Conclusões: As taxas de fratura de tornozelo em homens aumentaram ao longo dos anos avaliados, sendo também maiores que as taxas de fratura de antebraço. Nossos dados sugerem que fraturas de tornozelo em homens, da mesma forma que as de antebraço, poderiam ser consideradas como fraturas por fragilidade.
Keywords
Fraturas Do TornozeloFraturas Do Rádio
Traumas De Baixo Impacto
Tendência Temporal
Fraturas Por Osteoporose