Trabalho, Cotidiano e Conflito na Fábrica de Ferro de Ipanema (1810-1895)
Data
2021-02-25
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Esta pesquisa pretende fazer um estudo de caso, tomando por objeto as relações de trabalho na Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, considerada a primeira siderúrgica do país, localizada na então Vila de Sorocaba, atual município de Iperó, em São Paulo. A Fábrica foi oficialmente fundada em 1810, mas desde o século XVI já se aventava as possibilidades de extração de ferro do Morro de Araçoiaba, onde foi posteriormente edificada. Em função da instabilidade produtiva e das dificuldades no gerenciamento administrativo, em 1860 ela foi desmontada e seu patrimônio, compreendendo maquinaria e escravos, foi enviado ao Mato Grosso, onde se iniciava a construção de uma nova siderúrgica. Com a eclosão da Guerra do Paraguai, a Fábrica de Ipanema reativou suas atividades em 1865, a fim de fornecer insumos à guerra. Suas atividades foram definitivamente encerradas nos primeiros anos da República, em 1895. Africanos livres e escravizados, alemães, suecos, indígenas, camponeses locais, católicos, protestantes, homens, mulheres, crianças, Colônia, Império, República, Coroa e acionistas particulares: entre expectativas e frustrações, uma pluralidade de sujeitos emaranhados nas teias das complexas relações de trabalho e de vida compartilharam a experiência de trabalho na Fábrica. Trata-se de uma experiência singular na história do Brasil sobre a qual pretendo refletir, na perspectiva da História Social, acerca da convergência de perfis distintos de trabalhadores, o cotidiano, a resistência e as transformações nas conjunturas e na vida desses sujeitos históricos.
Descrição
Citação
SANTOS, Karina Oliveira Morais dos. Trabalho, Cotidiano e Conflito na Fábrica de Ferro de Ipanema (1810-1895). Dissertação de Mestrado em História. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP): Guarulhos, 2021.