Comunicação não verbal por meio de gestos em crianças com TEA: análise em dois momentos

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Data
2021
Autores
Andrade, Helen Barbosa de [Unifesp]
Orientadores
Perissinoto, Jacy [Unifesp]
Tipo
Trabalho de conclusão de curso de graduação
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Resumo
Os objetivos deste trabalho foram caracterizar a presença e uso de gestos comunicativos espontâneos em crianças com TEA com idade entre 18 e 30 meses, em dois momentos e verificar a relação entre o uso de gestos e as variáveis das crianças. Método:Este estudo é parte de uma pesquisa realizada no Departamento de Fonoaudiologia e no Departamento de Psiquiatria, ambos da Universidade Federal de São Paulo (cep:1120/2019). Foram incluídas 6 crianças (5 meninos e 1 menina) com pontuação maior do que 7 no M-Chat (Modified Checklist for Autism in Toddlers), avaliadas em dois momentos com intervalo de 4 meses. Adotou-se a escala ABC (Autism Behavior Checklist) e a entrevista do modelo SCERTS sobre atenção compartilhada e uso de gestos. Frente ao números de sujeitos da amostra, realizou-se análise descritiva com porcentagens medias de presença, tipo e função gestual em dois momentos, bem como as médias quanto às variáveis idade, sexo, pontuação no ABC. Resultado: No conjunto de casos, as crianças mais velhas mostraram ampliação da presença de gestos ainda que limitada, e os casos com pontuação baixa no ABC, ou seja, menor inabilidade adaptativa, mostraram mais funcionalidade gestual. Embora a amostra seja restrita, foi possível concluir que as crianças da amostra aumentaram a produção e funcionalidade dos gestos após os 4 meses, exceto a criança 6 que não ampliou a variabilidade dos gestos, mas sim sua funcionalidade e as crianças 3 e 4 que, ao contrário, aumentaram a variabilidade de gestos nas mesmas funções que já utilizavam. Conclusão: As avaliações subsequentes desses casos permitiram observar que as crianças mais velhas ampliaram a presença de gestos ainda que em quantidade limitada, e aquelas com pontuação baixa no ABC mostraram mais funcionalidade gestual no segundo momento. O uso mais frequente dos gestos comunicativos espontâneos nos dois momentos foi com a função de protesto. Uma amostra maior permitirá análise estatística e melhor verificação das relações entre a presença, tipo e uso de gestos e características da criança em risco para TEA.
The objectives of this study were to characterize the presence and use of spontaneous communicative gestures in children with ASD aged between 18 and 30 months, in two moments, and to verify the relationship between the use of gestures and the children's variables. This study is part of a survey conducted at the Department of Speech Therapy and the Department of Psychiatry, both at the Federal University of São Paulo (zip code: 1120/2019). Six children (5 boys and 1 girl) with scores higher than 7 on the M-Chat (Modified Checklist for Autism in Toddlers) were included, evaluated at two times with an interval of 4 months. The ABC (Autism Behavior Checklist) scale and the SCERTS model interview on shared attention and use of gestures were adopted. Descriptive analysis of the cases was performed regarding the variables age, gender, ABC score, presence and use of gestures. In the set of cases, the older children showed an increase in the presence of gestures, albeit limited, and the cases with a low ABC score, that is, less adaptive inability, showed more gestural functionality. The most frequent use of gestures in all cases and in both moments was with the protest function.
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