Variação do estoque de carbono nos mangues da Baixada Santista e as implicações econômicas

Imagem de Miniatura
Data
2020-05-21
Autores
Paião, Bruno Passarelo Braz [UNIFESP]
Orientadores
Christofoletti, Ronaldo Adriano [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
As florestas de mangue são reconhecidas como um importante sumidouro de CO2 atmosférico que atenua as causas das mudanças climáticas, uma vez que armazenam o dobro de carbono comparado as florestas tropicais. Porém, estas florestas têm sido suprimidas por ações antrópicas como a urbanização costeira ao redor do mundo. Neste estudo foi avaliada a variação da área de cobertura de mangue nos 9 municípios da Baixada Santista, no Brasil, no período entre 1991 e 2018, além da avaliação do estoque de carbono e valoração deste serviço ecossistêmico. As florestas de mangue perderam cerca de 1,57% de área na Baixada Santista entre 1991 a 2018, tendo a sua maioria situada em municípios com maior urbanização e crescimento econômico. Ao longo dos 28 anos não houve ganho de área de mangue, evidenciando que a recuperação natural destas florestas pode estar comprometida e limitada por espaço disponível. Em 2018, a Baixada Santista totalizou uma área de 11.182,81 hectares de floresta de mangue, responsável por armazenar cerca de 1.300.340,45 Mg de carbono sobre e sob o solo. O estoque de carbono é um dos serviços ecossistêmicos provido por estas florestas de mangue que foram valorados em um montante de USD $114.429.959,86 para a Baixada Santista que implicam positivamente no Produto Interno Bruto da região, além de subsidiar planos efetivos de gestão costeira e preservação destas florestas.
Mangrove forests are recognized as an important sink for atmospheric CO2 that mitigates the causes of climate change, since they store twice as much carbon compared to tropical forests. However, these forests have been suppressed by human actions such as coastal urbanization around the world. In this study, the variation of the mangrove coverage area in the 9 municipalities of Baixada Santista, in Brazil, between 1991 and 2018, in addition was measured the carbon stock and the valuation of this ecosystem service. Mangrove forests lost about 1.57% of the area in Baixada Santista between 1991 and 2018, with the majority located in municipalities with greater urbanization and economic growth. Over the 28 years there has been no gain in mangrove area, showing that the natural recovery of these forests may be compromised and limited by available space. In 2018, Baixada Santista resulted an area of 11,182.81 hectares of mangrove forest, responsible for storing about 1,300,340.45 Mg of carbon on and under the ground. The carbon stock is one of the ecosystem services provided by these mangrove forests that were valued at USD $ 114,429,959.86 for the Baixada Santista, which imply positively in the region's Gross Domestic Product, in addition to subsidizing effective coastal management plans and preservation of these forests.
Descrição
Citação
PAIÃO, Bruno Passarelo Braz. Variação do estoque de carbono nos mangues da Baixada Santista e as implicações econômicas. 2020. 58 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira) - Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2020.