Macellum em léptis magna (14a.c. – 211 d. c.): observações a partir da paisagem, arquitetura e epigrafia

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Data
2021-05-24
Autores
Marchiori, Luiz Alberto das Neves [UNIFESP]
Orientadores
Silva, Glaydson José da [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Roma exerceu e ainda exerce influência no imaginário de muitas sociedades. Sua cultura, seu modo de vida, suas leis e visão de mundo ainda são parte constituinte da organização da memória de muitas nações importantes. O processo de expansão empreendido pelos romanos desde pelo menos o século III a.C operou transformações significativas tanto na cultura romana quanto nas culturas com as quais os romanos tiveram contato; esse processo foi percebido, por um longo período, como um processo de sobreposição da cultura romana sobre a cultura dos povos indígenas (o que se denominou posteriormente de romanização), que passivamente tinham incorporado os valores romanos. Novas abordagens historiográficas, nas últimas décadas, têm defendido que as diferentes formas de interação romana com os povos conquistados devem aduzir a um entendimento mais problematizado dos contatos culturais. Esses contatos têm sido percebidos, comumente, por meio de intercâmbios culturais, muitos deles percebidos através das evidências da cultura material. É, portanto, nesse ponto onde a cidade de Léptis se encaixa. Analiso como esta cidade se modificou com a recente conquista do território pós-guerra púnica e como tanto a elite quanto o universo material observados a partir da arquitetura e das inscrições conviveram neste momento de concessão e negociação entre essas duas culturas vigentes.
Rome exercised and still influences the imagination of many societies. Its culture, way of life, laws and worldview are still a constituent part of the memory organization of many important nations. The expansion process undertaken by the Romans since at least the 3rd century BC brought significant transformations both in Roman culture and in cultures with which the Romans had contact; this process was perceived, for a long period, as a process of overlapping Roman culture over the culture of indigenous peoples (what was called romanization), which had passively incorporated Roman values. New historiographical approaches, in the last decades, have defended that the different forms of Roman interaction with the conquered peoples must lead to a more problematized understanding of cultural contacts. These contacts have been perceived, commonly, through cultural exchanges, many of them perceived through the evidences of the material culture. It is, therefore, at that point where the city of Leptis fits. I analyze how this city has changed with the recent conquest of the post-Punic war territory and how both the elite and the material universe observed from the architecture and inscriptions lived together in this moment of concession and negotiation between these two existing cultures
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