PPG - Interdisciplinar em Ciências da Saúde

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    Organização do trabalho em centros especializados de atenção à pessoa com Transtorno do Espectro Autista no contexto pandêmico da Covid-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-06) Pereira, Delvania de Figueredo [UNIFESP]; Rossit, Rosana Aparecida Salvador [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3333865775403342; http://lattes.cnpq.br/4263775010556803; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O direito à saúde, consagrado na Constituição Federal de 1988 como um dos pilares dos direitos sociais, enfrenta o desafio de ser efetivamente assegurado de maneira equânime, guiado pelos princípios de integralidade, interdisciplinaridade e intersetorialidade. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração do desenvolvimento caracterizada pela dificuldade na comunicação social e pela presença de comportamentos restritos e repetitivos que podem se manifestar de diferentes formas e intensidades. Esses déficits podem causar prejuízos nas áreas familiar, social, educacional, pessoal, bem como em atividades da vida diária e profissional. Com incidências crescentes ao longo dos anos, tem se constituído em importante tema para investigações. A responsabilidade pelo bem-estar dessa população não pode se limitar a ações baseadas no diagnóstico, devendo avançar para a intervenção, utilizando estratégias eficazes para promover a integralidade no cuidado e que valorize a autonomia individual. Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivo compreender a organização do trabalho nos centros de atenção à pessoa com TEA no contexto da pandemia da COVID-19. Trata-se de pesquisa de campo, exploratória-descritiva com abordagem quali-quantitativa. Participaram da pesquisa 53 profissionais de diferentes categorias, atuantes na região metropolitana da Baixada Santista/SP e com experiência no atendimento à pessoa com TEA em centros especializados. A coleta de dados envolveu a aplicação da Escala de Clima na Equipe (Silva, 2014) em sua versão adaptada e validada para o contexto brasileiro. A escala é composta por quatro dimensões: participação na equipe; apoio a novas ideias; definição de objetivos da equipe; e, orientação nas tarefas. Diante do contexto pandêmico da COVID-19, a coleta de dados foi realizada de forma online, com a escala preparada em formulário eletrônico e hospedada em plataforma virtual. As rodas de conversa (RC) foram realizadas por videochamada, a partir de um roteiro semiestruturado para aprofundamento dos dados obtidos com a aplicação da Escala de Clima na Equipe. A análise dos dados originados da Escala foi realizada por meio de estatísticas descritivas, e para os resultados das RC utilizou-se a análise de conteúdo, na modalidade temática. Os resultados mostram características da dinâmica da organização do trabalho nos centros especializados de atendimento a TEA no contexto pandêmico e o grau de integração dos profissionais na equipe, os quais revelaram necessidade de maior preparação dos profissionais para a atuação junto às pessoas com TEA e seus familiares. A educação permanente foi destacada como estratégia necessária para qualificar a prática profissional na atuação com as pessoas com TEA. O estudo contribuiu para a compreensão da organização do trabalho nos centros especializados de atendimento ao TEA durante a pandemia, indicando a importância da colaboração entre profissionais de diferentes categorias e a necessidade de formação permanente para promover a integralidade no cuidado e a autonomia das pessoas com TEA.
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    Saúde e funcionalidade no puerpério: aspectos biopsicossociais do cuidado materno-infantil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-19) Pereira, Thalita Rodrigues Christovam [UNIFESP]; Aveiro, Mariana Chaves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8912160623559438; http://lattes.cnpq.br/0503303959598843; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A presente Tese de Doutorado é composta por dois estudos complementares relacionados a temática de saúde materno-infantil e com grande relevância no contexto atual, tanto do ponto de vista acadêmico quanto social. O Estudo I, intitulado “Exercícios no tratamento da diástase dos músculos retos abdominais no puerpério: uma revisão sistemática”, é uma revisão sistemática e teve como objetivo sintetizar a evidência sobre os protocolos de exercícios terapêuticos no tratamento de diástase dos músculos retos abdominais (DMRA) em puérperas após o parto vaginal. Foi realizada uma busca eletrônica nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Embase, Web of Science, Scopus, LILACS e CINAHL considerando publicações até agosto de 2023 nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram incluídos 14 estudos que usaram exercícios para tratamento da DMRA e a avaliação por meio da escala PEDRO indicou que os estudos qualidade metodológica razoável à excelente. Os exercícios investigados pelos autores variaram em relação ao tempo de início do tratamento após o parto, duração do tratamento e frequência. Os principais tipos de exercício abordados foram relacionados a exercícios abdominais tradicionais, exercícios focados no músculo transverso do abdome ou nos músculos retos abdominais, exercícios para estabilização central, exercícios isométricos-isotônicos, exercícios suspensos e exercícios de ioga. A grande heterogeneidade dos protocolos de intervenção e dos métodos de avaliação da DMRA dificultou a comparação entre os estudos e prejudicou a síntese de evidências. Embora os exercícios terapêuticos abdominais pareçam contribuir para a redução da DMRA, os parâmetros em relação ao tipo de exercício, frequência, duração, intensidade e momento ideal de início do tratamento ainda não estão bem estabelecidos na literatura. Logo, os protocolos de exercícios necessitam de padronização e maior investigação científica. Já o Estudo II é um estudo descritivo de corte transversal intitulado “Funcionalidade e estratégias de cuidados pessoais de mulheres no puerpério em tempos de pandemia por COVID-19: um estudo observacional transversal” e teve como objetivo compreender a funcionalidade e as estratégias de cuidados pessoais, bem como rede de apoio, queixas de desconfortos e disfunções de puérperas, bem como o acesso ao cuidado em saúde prestado por fisioterapeutas ao longo do ciclo gravídico puerperal durante a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional decorrente da pandemia de COVID-19. Este estudo foi realizado em ambiente virtual e as participantes foram divididas em Grupo A (mulheres com bebês menores de seis meses) e Grupo B (mulheres com bebês com idade igual ou superior a seis meses). Foram investigados hábitos e cuidados em saúde; dados obstétricos e parto; contexto pandêmico; aspectos do trabalho; relações pessoais; rede de apoio, queixas de desconfortos e a funcionalidade foi avaliada utilizando a versão brasileira do questionário World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0). No geral, pelo menos metade das puérperas apresentou limitação moderada na maioria dos domínios do WHODAS 2.0. Puérperas com bebês menores de seis meses apresentaram maior dificuldade para Mobilidade e Autocuidado em comparação às puérperas com bebês mais velhos. Além disso, mais da metade das participantes de ambos os grupos obtiveram limitação grave para Atividades domésticas. Marido e/ou companheiro(a) foi a principal fonte de rede apoio para as puérperas de ambos os grupos. O apoio no puerpério ofertado por pais/sogros, amigos e/ou vizinhos, alguém contratado, profissionais de saúde e grupos de apoio à maternidade foi mais frequente para puérperas com bebês menores. Já para a ajuda com o bebê apenas os grupos de apoio à maternidade estiveram mais presentes para puérperas com bebês menores. Por fim, queixas de desconfortos ou disfunções ao longo do ciclo gravídico puerperal tenderam a permanecer elevadas em relação ao relatado antes da gestação. No entanto, o acesso ao tratamento especializado com fisioterapeutas foi baixo no período, o que indica que este tipo de assistência ainda não é amplamente difundido, limitando o cuidado integral à saúde.
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    Razão ômega-6/ ômega-3 da dieta segundo condições sociodemográficas, de saúde e consumo de ultraprocessados
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-06) Ghedini, Natália Simonian Rodrigues Valente [UNIFESP]; Domene, Semíramis Martins Álvares [UNIFESP]; Assumpção, Daniela de; http://lattes.cnpq.br/5958583084882302; http://lattes.cnpq.br/7373562130327980; http://lattes.cnpq.br/8759701105501489; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Introdução: A literatura traz evidências de que diversas doenças são desencadeadas por processos inflamatórios; em nível celular, esses estados inflamatórios podem estar relacionados ao desequilíbrio de ácidos graxos (AG) das famílias ômega-6 (n6) e ômega-3 (n3); desta forma a razão n6/n3 da dieta já foi associada ao adoecimento. Condições sociodemográficas e de saúde, como a renda, o sexo, a idade e também o grau de escolaridade são determinantes para as escolhas alimentares. O consumo de produtos ultraprocessados (UP) vem aumentando ao longo dos anos e tomando proporções crescentes em diversas partes do mundo, especialmente nos países de menor renda. Além disso, já se observou que há associação entre o consumo de produtos UP e desfechos de saúde, como a obesidade, a síndrome metabólica, e também com o aumento do risco de câncer de mama. Métodos: Foram empregados neste estudo dados secundários extraídos de um estudo transversal de base populacional realizado no município de Campinas em duas edições, 2008-2009 e 2014-2015; foram analisados os dados de 3384 indivíduos e 2583, respectivamente. A amostra foi composta por voluntários com 10 anos de idade ou mais, não institucionalizados, residentes da área urbana. Foram realizadas entrevistas domiciliares, com uso de um questionário organizado em blocos temáticos. O consumo alimentar foi avaliado por um Recordatório 24h, e os dados foram digitados no software NDS-R. A mediana da razão n6/n3 da dieta e sua associação com as variáveis preditoras foi medida por regressão quantílica. Resultados: A razão n6/n3 aumentou no período em estudo e foi associada ao sexo e ao grau de escolaridade, exceto entre indivíduos que não concluíram o ensino primário; foram observadas ainda associações com a renda, o número de moradores e de equipamentos domésticos. Dentre as variáveis de saúde, a razão n6/n3 foi associada às condições de saúde, como queixas e número de doenças referidas, ao IMC e ao tabagismo, mas destaca-se o aumento observado somente entre indivíduos sedentários. Com relação ao consumo alimentar, a razão n6/n3 foi associada ao grau de processamento dos alimentos, e aumenta conforme aumenta o quintil de consumo de UP e é inversamente associada ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. Conclusão: a razão n6/n3 da dieta foi associada às condições sociodemográficas, às de saúde e à qualidade da alimentação, sendo diretamente associada ao sedentarismo e ao consumo de alimentos UP.
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    O trabalho por aplicativo: autonomia ou intensificação da precarização das trabalhadoras domésticas assalariadas?
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-24) Pestana, Barbara Militelo [UNIFESP]; Nogueira, Claudia Mazzei [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8369552901224819; http://lattes.cnpq.br/6550880754497378; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A ofensiva neoliberal que assolou o mundo nos últimos anos, reverberou em mudanças profundas em diversos âmbitos sociais, um deles foi o mundo do trabalho, onde através do constante estado de crise econômica, o capital atinge um de seus maiores picos de exploração da mão de obra da classe trabalhadora por meio de políticas de flexibilização do trabalho. Neste contexto, o trabalho por plataformas digitais surge como uma alternativa viável ao desemprego ou como um complemento de renda para sobrevivência, principalmente para os trabalhadores e trabalhadoras do setor de serviços. Porém, os trabalhos por plataformas digitais estão repletos de dinâmicas de intensificação da precarização e do ritmo de trabalho destas categorias. Neste estudo foi analisado a categoria das trabalhadoras de limpeza que prestam serviços por aplicativos, com objetivo de compreender através das suas vivencias como se dá o trabalho de limpeza através de plataformas digitais. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas para análise dos conteúdos indicados pelas entrevistadas por meio de categorias temáticas. Assim, foi possível identificar que que o trabalho pelas plataformas digitais aumenta a precarização das trabalhadoras de limpeza e ainda utiliza dinâmicas arbitrarias que prejudicam o cotidiano de trabalho destas mulheres. Por fim, entende-se que as tecnologias deveriam contribuir para a emancipação da classe trabalhadora, porém enquanto estiver submetida a lógica do capital será mais um instrumento de controle e exploração dos trabalhadores e trabalhadoras.
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    Estudo do impacto da prática de atividades físicas e esportivas ao ar livre sobre a saúde e bem estar de usuários de programas oferecidos pela Prefeitura Municipal de Santos/SP
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-05-19) Miguel, Andrea Gamito Santos Aguiar [UNIFESP]; Gomes, Ricardo José [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2738281530091229; http://lattes.cnpq.br/5529521651735851; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A prática de atividades físicas (AFs) no tempo de lazer tem sido uma importante ferramenta para melhoria da qualidade de vida. Os benefícios da prática de atividade física (AF) à saúde são bem estabelecidos, bem como a aceitação do estilo de vida fisicamente ativo como fator preventivo de agravos à saúde. As atividades ao ar livre podem levar o indivíduo a um bem-estar que auxilia na redução dos efeitos negativos do estresse, além de reduzir o comportamento sedentário. O objetivo do estudo foi a realização de uma pesquisa exploratória, de característica quantitativa e qualitativa através do acesso ao banco de dados da prefeitura de Santos. Foram elaborados questionários com perguntas abertas e fechadas para usuários matriculados, não matriculados e profissionais dos cenários Parque Roberto Mário Santini e Postos Orla 2, 5 e 7. Foram incluídos no estudo 76 usuários matriculados e 26 usuários espontâneos praticantes regulares de atividades físicas nos locais objeto da pesquisa. Os questionários aplicados buscaram avaliar a percepção de saúde, qualidade de vida e bem estar dos usuários, bem como aspectos relacionados a estrutura dos locais e a percepção sobre a AF do qual os voluntários participaram. O estudo demonstrou em seus resultados que a oferta de espaço públicos adequados para a prática de atividades físicas é um importante recurso de promoção e proteção da saúde, ressaltando também a importância de atividades físicas/esportivas com a supervisão de profissional de educação física. Independentemente da modalidade realizada, houve melhora da percepção de saúde após o início das práticas. Durante a pandemia, houve o fechamento dos locais para práticas de atividades físicas ao ar livre e as percepções quanto as consequências deste fechamento para saúde e qualidade de vida dos usuários também foram abordadas no presente estudo. Os resultados demonstraram que segundo as percepções dos usuários, são necessários mais esforços e investimentos do poder público para que os projetos de promoção e cuidado a saúde sejam ampliados e possam atingir a maior parte da população. Os resultados encontrados, podem também servir de instrumento de auxílio para o direcionamento de políticas públicas e gestão nas áreas de saúde, esportes e meio ambiente, voltadas para promoção de saúde na comunidade através da prática de atividades físicas de lazer ao ar livre.