PPG - Interdisciplinar em Ciências da Saúde

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    Qualidade da presença na escuta para o bem-estar: narrativas de nascimento e morte infantil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-22) Moreno, Diego Ulacco [UNIFESP]; Federici, Conrado Augusto Gandara [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3681092599687250; https://lattes.cnpq.br/2785501636455823; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A presente dissertação de mestrado dedica-se ao papel da qualidade da presença na escuta para o bem-estar em narrativas de nascimento e morte infantil. Este estudo empregou um processo cartográfico de pesquisa que se baseia em narrativas livres produzidas em encontros individuais com oito participantes que vivenciaram esses eventos sob diferentes perspectivas. As análises e reflexões resultantes conduziram a uma compreensão mais abrangente de saúde, que não apenas contempla o bem-estar individual subjetivo, mas também incorpora o conceito de bem-viver coletivo. Esse enfoque busca compreender não apenas a dimensão pessoal, mas também a coletiva, da experiência humana, e teve como consequência a reflexão acerca da escuta sem julgamentos prévios e o respeito a subjetividade do indivíduo para a prática clínica e os cuidados de saúde em contextos sensíveis como os de nascimento e morte infantil.
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    Impacto de polimorfismos em genes envolvidos na toxicidade do mercúrio e selênio, em comunidades amazônicas expostas aos elementos via dieta
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-21) Maraslis, Flora Troina [UNIFESP]; Barcelos, Gustavo Rafael Mazzaron [UNIFESP]; Barbosa Júnior, Fernando; http://lattes.cnpq.br/5072630975779407; http://lattes.cnpq.br/3494181017350657; http://lattes.cnpq.br/2680147665149201; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Tanto no ambiente quanto nos organismos vivos, existe uma complexa relação entre as formas elementar, orgânica e inorgânica do mercúrio. O metilmercúrio (forma orgânica - MeHg) é a forma com maior potencial de bioacumulação e o consumo de peixe é a principal fonte de exposição ao ser humano. Uma vez ingerido, a maior parte é absorvida e distribuída para todo o organismo, sendo o sistema nervoso central o principal órgão afetado. Comunidades em que os habitantes consomem pescados frequentemente, como os ribeirinhos da Amazônia brasileira, estão expostos a elevadas concentrações de metilmercúrio (MeHg). O selênio (Se), um elemento traço essencial ao organismo, é conhecido por contrapor os efeitos tóxicos do Hg, em parte, por meio das selenoproteínas que têm a selenocisteína incorporada na sequência de aminoácidos da proteína. O MeHg pode interagir e prejudicar o funcionamento de diversas moléculas devido à grande afinidade por grupos tiol (-SH) e selenol (-SeH) de proteínas e moléculas de baixo peso molecular. Os efeitos da exposição ao Hg não são homogêneos, sugerindo que características dos indivíduos podem alterar o padrão de resposta individual ao metal. Com isso, este estudo avaliou a influência de polimorfismos genéticos de GLRX rs2007 (C→G), GLRX2 rs912071 (C→T), TXNRD1 rs11111979 (C→G), TXNRD2 rs5748469 (C→A), MT1A rs11640851 (C→A), MT1M rs2270837 (A→G), MT2A rs10636 (G→C), SLC6A15 rs11116642 (C→T), SLC6A19 rs9418 (C→T), rs7732589 (G→A), SLC11A1 rs17235409 (G→A) e SLC11A2 rs149411 (A→ G), rs11169654 (C→T) sobre a concentração de Hg (Hg-s) e Se (Se-s) sanguíneo e plasmático (Hg-p e Se-p), espécies químicas de mercúrio no cabelo (Hg total, Hg orgânico e Hg inorgânico) e biomarcadores de estresse oxidativo de residentes ribeirinhos da região do rio Tapajós da Amazônia Brasileira. Residentes nessa região, que assinaram o TCLE, participaram de um grande estudo interdisciplinar, dos quais 365 participantes foram incluídos no presente estudo transversal. Foram utilizadas informações obtidas através de questionários sociodemográfico e de hábitos alimentares, além de medidas antropométricas. Amostras de sangue e cabelo foram utilizadas para dosagem de mercúrio. Amostras de sangue também foram utilizadas para avaliação dos biomarcadores de estresse oxidativo e submetidas à extração de DNA para avaliação dos polimorfismos propostos por PCR em tempo real. Os dados obtidos foram avaliados estatisticamente, por regressões lineares múltiplas considerando todos os indivíduos e nas estratificações por sexo, consumo de bebida alcoólica e fumo. Diversas associações foram observadas entre os polimorfismos estudados e as concentrações de Hg e Se nas diferentes matrizes biológicas e espécies químicas, e biomarcadores de estresse oxidativo. As análises com menores valores de p (com significância mantida após cálculo considerando múltiplas análises) foram observadas na estratificação por fumo. Indivíduos tabagistas que carregam o homozigoto CC para TXNRD1 apresentaram menores concentrações de Se-s do que aqueles com genótipo homozigoto GG (p<0,00010). Já, dentre os não tabagistas, participantes que têm o genótipo homozigoto CC para TXNRD2 têm menores concentrações de Hg-p (p=0,00035). Não tabagistas que carregam o genótipo homozigoto CC para GLRX2 apresentaram menor atividade de GPX (p=0,00014). Este estudo adiciona evidencia à literatura da modulação de Hg, Se e de biomarcadores de estresse oxidativo por polimorfismos genéticos.
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    Organização do trabalho em centros especializados de atenção à pessoa com Transtorno do Espectro Autista no contexto pandêmico da Covid-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-06) Pereira, Delvania de Figueredo [UNIFESP]; Rossit, Rosana Aparecida Salvador [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3333865775403342; http://lattes.cnpq.br/4263775010556803; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O direito à saúde, consagrado na Constituição Federal de 1988 como um dos pilares dos direitos sociais, enfrenta o desafio de ser efetivamente assegurado de maneira equânime, guiado pelos princípios de integralidade, interdisciplinaridade e intersetorialidade. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração do desenvolvimento caracterizada pela dificuldade na comunicação social e pela presença de comportamentos restritos e repetitivos que podem se manifestar de diferentes formas e intensidades. Esses déficits podem causar prejuízos nas áreas familiar, social, educacional, pessoal, bem como em atividades da vida diária e profissional. Com incidências crescentes ao longo dos anos, tem se constituído em importante tema para investigações. A responsabilidade pelo bem-estar dessa população não pode se limitar a ações baseadas no diagnóstico, devendo avançar para a intervenção, utilizando estratégias eficazes para promover a integralidade no cuidado e que valorize a autonomia individual. Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivo compreender a organização do trabalho nos centros de atenção à pessoa com TEA no contexto da pandemia da COVID-19. Trata-se de pesquisa de campo, exploratória-descritiva com abordagem quali-quantitativa. Participaram da pesquisa 53 profissionais de diferentes categorias, atuantes na região metropolitana da Baixada Santista/SP e com experiência no atendimento à pessoa com TEA em centros especializados. A coleta de dados envolveu a aplicação da Escala de Clima na Equipe (Silva, 2014) em sua versão adaptada e validada para o contexto brasileiro. A escala é composta por quatro dimensões: participação na equipe; apoio a novas ideias; definição de objetivos da equipe; e, orientação nas tarefas. Diante do contexto pandêmico da COVID-19, a coleta de dados foi realizada de forma online, com a escala preparada em formulário eletrônico e hospedada em plataforma virtual. As rodas de conversa (RC) foram realizadas por videochamada, a partir de um roteiro semiestruturado para aprofundamento dos dados obtidos com a aplicação da Escala de Clima na Equipe. A análise dos dados originados da Escala foi realizada por meio de estatísticas descritivas, e para os resultados das RC utilizou-se a análise de conteúdo, na modalidade temática. Os resultados mostram características da dinâmica da organização do trabalho nos centros especializados de atendimento a TEA no contexto pandêmico e o grau de integração dos profissionais na equipe, os quais revelaram necessidade de maior preparação dos profissionais para a atuação junto às pessoas com TEA e seus familiares. A educação permanente foi destacada como estratégia necessária para qualificar a prática profissional na atuação com as pessoas com TEA. O estudo contribuiu para a compreensão da organização do trabalho nos centros especializados de atendimento ao TEA durante a pandemia, indicando a importância da colaboração entre profissionais de diferentes categorias e a necessidade de formação permanente para promover a integralidade no cuidado e a autonomia das pessoas com TEA.
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    Saúde e funcionalidade no puerpério: aspectos biopsicossociais do cuidado materno-infantil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-19) Pereira, Thalita Rodrigues Christovam [UNIFESP]; Aveiro, Mariana Chaves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8912160623559438; http://lattes.cnpq.br/0503303959598843; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A presente Tese de Doutorado é composta por dois estudos complementares relacionados a temática de saúde materno-infantil e com grande relevância no contexto atual, tanto do ponto de vista acadêmico quanto social. O Estudo I, intitulado “Exercícios no tratamento da diástase dos músculos retos abdominais no puerpério: uma revisão sistemática”, é uma revisão sistemática e teve como objetivo sintetizar a evidência sobre os protocolos de exercícios terapêuticos no tratamento de diástase dos músculos retos abdominais (DMRA) em puérperas após o parto vaginal. Foi realizada uma busca eletrônica nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Embase, Web of Science, Scopus, LILACS e CINAHL considerando publicações até agosto de 2023 nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram incluídos 14 estudos que usaram exercícios para tratamento da DMRA e a avaliação por meio da escala PEDRO indicou que os estudos qualidade metodológica razoável à excelente. Os exercícios investigados pelos autores variaram em relação ao tempo de início do tratamento após o parto, duração do tratamento e frequência. Os principais tipos de exercício abordados foram relacionados a exercícios abdominais tradicionais, exercícios focados no músculo transverso do abdome ou nos músculos retos abdominais, exercícios para estabilização central, exercícios isométricos-isotônicos, exercícios suspensos e exercícios de ioga. A grande heterogeneidade dos protocolos de intervenção e dos métodos de avaliação da DMRA dificultou a comparação entre os estudos e prejudicou a síntese de evidências. Embora os exercícios terapêuticos abdominais pareçam contribuir para a redução da DMRA, os parâmetros em relação ao tipo de exercício, frequência, duração, intensidade e momento ideal de início do tratamento ainda não estão bem estabelecidos na literatura. Logo, os protocolos de exercícios necessitam de padronização e maior investigação científica. Já o Estudo II é um estudo descritivo de corte transversal intitulado “Funcionalidade e estratégias de cuidados pessoais de mulheres no puerpério em tempos de pandemia por COVID-19: um estudo observacional transversal” e teve como objetivo compreender a funcionalidade e as estratégias de cuidados pessoais, bem como rede de apoio, queixas de desconfortos e disfunções de puérperas, bem como o acesso ao cuidado em saúde prestado por fisioterapeutas ao longo do ciclo gravídico puerperal durante a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional decorrente da pandemia de COVID-19. Este estudo foi realizado em ambiente virtual e as participantes foram divididas em Grupo A (mulheres com bebês menores de seis meses) e Grupo B (mulheres com bebês com idade igual ou superior a seis meses). Foram investigados hábitos e cuidados em saúde; dados obstétricos e parto; contexto pandêmico; aspectos do trabalho; relações pessoais; rede de apoio, queixas de desconfortos e a funcionalidade foi avaliada utilizando a versão brasileira do questionário World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0). No geral, pelo menos metade das puérperas apresentou limitação moderada na maioria dos domínios do WHODAS 2.0. Puérperas com bebês menores de seis meses apresentaram maior dificuldade para Mobilidade e Autocuidado em comparação às puérperas com bebês mais velhos. Além disso, mais da metade das participantes de ambos os grupos obtiveram limitação grave para Atividades domésticas. Marido e/ou companheiro(a) foi a principal fonte de rede apoio para as puérperas de ambos os grupos. O apoio no puerpério ofertado por pais/sogros, amigos e/ou vizinhos, alguém contratado, profissionais de saúde e grupos de apoio à maternidade foi mais frequente para puérperas com bebês menores. Já para a ajuda com o bebê apenas os grupos de apoio à maternidade estiveram mais presentes para puérperas com bebês menores. Por fim, queixas de desconfortos ou disfunções ao longo do ciclo gravídico puerperal tenderam a permanecer elevadas em relação ao relatado antes da gestação. No entanto, o acesso ao tratamento especializado com fisioterapeutas foi baixo no período, o que indica que este tipo de assistência ainda não é amplamente difundido, limitando o cuidado integral à saúde.
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    Razão ômega-6/ ômega-3 da dieta segundo condições sociodemográficas, de saúde e consumo de ultraprocessados
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-06) Ghedini, Natália Simonian Rodrigues Valente [UNIFESP]; Domene, Semíramis Martins Álvares [UNIFESP]; Assumpção, Daniela de; http://lattes.cnpq.br/5958583084882302; http://lattes.cnpq.br/7373562130327980; http://lattes.cnpq.br/8759701105501489; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Introdução: A literatura traz evidências de que diversas doenças são desencadeadas por processos inflamatórios; em nível celular, esses estados inflamatórios podem estar relacionados ao desequilíbrio de ácidos graxos (AG) das famílias ômega-6 (n6) e ômega-3 (n3); desta forma a razão n6/n3 da dieta já foi associada ao adoecimento. Condições sociodemográficas e de saúde, como a renda, o sexo, a idade e também o grau de escolaridade são determinantes para as escolhas alimentares. O consumo de produtos ultraprocessados (UP) vem aumentando ao longo dos anos e tomando proporções crescentes em diversas partes do mundo, especialmente nos países de menor renda. Além disso, já se observou que há associação entre o consumo de produtos UP e desfechos de saúde, como a obesidade, a síndrome metabólica, e também com o aumento do risco de câncer de mama. Métodos: Foram empregados neste estudo dados secundários extraídos de um estudo transversal de base populacional realizado no município de Campinas em duas edições, 2008-2009 e 2014-2015; foram analisados os dados de 3384 indivíduos e 2583, respectivamente. A amostra foi composta por voluntários com 10 anos de idade ou mais, não institucionalizados, residentes da área urbana. Foram realizadas entrevistas domiciliares, com uso de um questionário organizado em blocos temáticos. O consumo alimentar foi avaliado por um Recordatório 24h, e os dados foram digitados no software NDS-R. A mediana da razão n6/n3 da dieta e sua associação com as variáveis preditoras foi medida por regressão quantílica. Resultados: A razão n6/n3 aumentou no período em estudo e foi associada ao sexo e ao grau de escolaridade, exceto entre indivíduos que não concluíram o ensino primário; foram observadas ainda associações com a renda, o número de moradores e de equipamentos domésticos. Dentre as variáveis de saúde, a razão n6/n3 foi associada às condições de saúde, como queixas e número de doenças referidas, ao IMC e ao tabagismo, mas destaca-se o aumento observado somente entre indivíduos sedentários. Com relação ao consumo alimentar, a razão n6/n3 foi associada ao grau de processamento dos alimentos, e aumenta conforme aumenta o quintil de consumo de UP e é inversamente associada ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. Conclusão: a razão n6/n3 da dieta foi associada às condições sociodemográficas, às de saúde e à qualidade da alimentação, sendo diretamente associada ao sedentarismo e ao consumo de alimentos UP.