Fonoaudiologia

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    Potencialidades da biodança e de sua aplicação pela Fonoaudiologia na Atenção Primária à Saúde: um ensaio científico
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-17) Costa, Acácia Regina da; Fedosse, Elenir; http://lattes.cnpq.br/7207062592880064; http://lattes.cnpq.br/5703876530487872
    Este ensaio assenta-se no paradigma da Promoção da Saúde e nas Políticas de Atenção Básica e Práticas Integrativas e Complementares; aborda a biodança, uma atividade de significação não verbal e, portanto, uma possibilidade de cuidado fonoaudiológico em serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) e, assim, pretende demonstrar maior aproximação da área ao conjunto das práticas integrativas e complementares. Visa refletir sobre a aplicação de vivências da biodança pela Fonoaudiologia considerando as evidências de sua repercussão na expressividade corporal e nas condições de vida/saúde de seus praticantes e, mais, visa discutir as possibilidades dessa prática na expressividade verbal. Tal reflexão foi gerada, em grande medida, a partir das vivências de biodança proporcionadas por meio de um projeto de extensão desenvolvido pela Fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo, em um Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares, vinculado à APS, do município de São Paulo, voltado a promover qualidade de vida de pessoas idosas. A biodança propõe vivências de experimentação de vários ritmos de dança (folclórico, popular, clássico, moderno, contemporâneo) e de várias nacionalidades, de modo que os participantes são encorajados a demonstrarem suas criações em grupo e individualmente, explorando as partes do corpo e os planos do espaço/ambiente (alto, médio e baixo), socializando e ajudando uns aos outros. Dessa forma, são trabalhados os eixos temáticos da biodança: relacionamento interpessoal, liberdade, criatividade, diversidade e sexualidade. A biodança tem demonstrado, no campo da saúde, um papel positivo na saúde de seus praticantes. Acredita-se que a Fonoaudiologia possa contribuir com a ampliação desta prática na APS, sobretudo, pelo fato de a Fonoaudiologia ser uma área que se dedica a promover a expressividade de cada pessoa e o exercício dialógico e criativo nos processos interacionais.
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    Habilidade de nomeação no envelhecimento saudável: influência da idade e escolaridade na nomeação de figuras de diferentes categorias semânticas em jovens, adultos e idosos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-17) Silva, Damiana Sthefani da [UNIFESP]; Siqueira, Marcela Lima Silagi de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4075733951952655; http://lattes.cnpq.br/4990091919254198
    Introdução: A nomeação constitui uma das habilidades mais importantes no processamento da linguagem e exige acesso e recuperação de informações fonológicas e semânticas, organizadas em diferentes sistemas de memória. Objetivo: Diante da escassez de testes no Brasil que avaliam a nomeação considerando-se as diferentes categorias semânticas e o impacto do envelhecimento e da escolaridade, este estudo tem como objetivo verificar o desempenho de jovens, adultos e idosos cognitivamente saudáveis na tarefa de nomeação de figuras de diferentes categorias semânticas da Bateria Semântica de Cambridge, analisando-se os efeitos da idade, da escolaridade e das diferentes categorias semânticas nessa tarefa, além da influência das funções cognitivas. Métodos: Foram avaliados 69 sujeitos distribuídos em seis grupos considerando-se a idade (jovens: 20 a 39 anos; adultos: 40 a 59 anos e idosos: 60 ou mais anos) e escolaridade (baixa escolaridade: de 0 a 4 anos de ensino formal) e alta escolaridade (9 ou mais anos de ensino formal). O instrumento utilizado foi o subteste de nomeação de categorias da Bateria Semântica de Cambridge, composto por 64 palavras, divididas em oito campos semânticos: animais domésticos, animais selvagens, aves, frutas, veículos, utensílios domésticos grandes, utensílios domésticos pequenos e ferramentas. O desempenho foi avaliado de forma quantitativa e qualitativa, por meio do número de acertos em cada categoria e pontuação total, e quanto aos tipos de erros, sendo: parafasia fonêmica, parafasia formal, parafasia verbal, parafasia semântica, paráfrase, anomia e erro visual. Resultados: Em relação ao efeito da idade, os jovens apresentaram melhor desempenho que os adultos na nomeação de aves e melhor desempenho que os adultos e idosos na categoria frutas. Não houve diferenças no tempo de execução da tarefa entre os grupos Quanto ao efeito da escolaridade, os sujeitos com alta escolaridade apresentaram melhor desempenho que os sujeitos de baixa escolaridade em todas as categorias semânticas e na pontuação total, além de executarem a tarefa em menor tempo, demonstrando menor latência para o acesso lexical. Quanto à análise qualitativa, os tipos de erros mais frequentes foram a parafasia semântica, a anomia e erro visual, havendo influência da escolaridade. Considerando a influência das diferentes habilidades cognitivas na nomeação, houve correlação positiva entre a pontuação de todas as habilidades (atenção, memória, linguagem, habilidades visuoespaciais) e a pontuação na tarefa de nomeação. Conclusão: A idade afeta parcialmente a habilidade de nomeação, havendo diferença de desempenho em categorias menos frequentes, com melhor desempenho dos jovens. A escolaridade afeta a nomeação em todas as categorias semânticas, com melhor desempenho dos sujeitos mais escolarizados. A nomeação é influenciada pelas funções cognitivas de atenção, memória, linguagem e habilidades visuoespaciais.
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    Desempenho de indivíduos com afasia progressiva primária na prova de nomeação oral
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-17) Lima, Paloma [UNIFESP]; Siqueira, Marcela Lima Silagi de [UNIFESP]; Ortiz, Karin Zazo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1699635017822724; http://lattes.cnpq.br/4075733951952655
    Introdução: As dificuldades de nomeação estão presentes em todas as variantes da APP, porém poucos estudos realizam análises qualitativas entre os grupos. Objetivo: Analisar e comparar o desempenho de pacientes com APP na prova de nomeação oral da Bateria Montreal-Toulouse de Avaliação da Linguagem (MTL-Brasil) (Parente et al., 2016). Métodos: Estudo observacional, quali-quantitativo, retrospectivo, realizado no Departamento de Fonoaudiologia da UNIFESP. Os dados foram coletados a partir do banco de dados do ambulatório. A amostra foi composta por pacientes com APP e sujeitos saudáveis para grupo-controle (GC). Os sujeitos com APP foram subdivididos nas variantes semântica (APP-S), logopênica (APP-L) e não-fluente agramática (APP-NF/G) de acordo com os critérios de Gorno-Tempini e colaboradores (2011), após avaliação abrangente da linguagem. Para avaliação da nomeação, foi utilizado o subteste de nomeação da Bateria MTL-Brasil. O desempenho foi analisado de forma quantitativa (número total de acertos) e qualitativa (análise do tipo de erro). Resultados: A análise foi realizada com os subgrupos APP-L e APP-S devido ao baixo número amostral do grupo APP-NF/G. A amostra foi composta por 87 indivíduos divididos em três grupos pareados quanto à idade e escolaridade: APP-L (N=19), APP-S (N=14) e GC (N=54). Quanto à análise quantitativa, o grupo APP-S apresentou maior número de erros que o grupo APP-L, e ambos apresentaram pior desempenho que o GC. Quanto à análise qualitativa intra-grupo, o tipo de erro mais frequente na APP-L foi anomia e parafasia semântica e o tipo de erro mais frequente na APP-S foi a anomia, parafasia semântica e paráfrase. O grupo APP-S apresentou maior ocorrência de anomia e parafasias semântica em comparação aos outros grupos e o grupo APP-L apresentou maior ocorrência em comparação ao grupo controle. Em relação a parafasia fonêmica, o grupo APP-L apresentou maior ocorrência em comparação ao grupo controle e não foi observado diferença entre APP-S e controle ou APP-L e APP-S. Em relação a paráfrase, o grupo APP-S apresentou maior ocorrência em comparação aos demais grupos, que não apresentou diferença estatisticamente significante entre si. Conclusão: Indivíduos com APP apresentaram desempenho inferior que o GC na prova de nomeação oral da Bateria MTL-Brasil. Na APP-L os erros estão mais relacionados à falhas no acesso lexical e na APP-S os erros estão mais relacionados à perda gradual do conhecimento semântico. Portanto, a anomia é uma característica central das variantes logopênica e semântica da APP, mas por diferentes razões subjacentes e decorrentes de alterações em diferentes regiões corticais.
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    Estudo da memória semântica em jovens, adultos e idosos saudáveis: influência da idade e escolaridade na compreensão oral de palavras
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-16) Gomes, Giovanna Bonfante [UNIFESP]; Siqueira, Marcela Lima Silagi de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4075733951952655; http://lattes.cnpq.br/2331138391726986
    Objetivo: Verificar o desempenho de jovens, adultos e idosos cognitivamente saudáveis na tarefa de compreensão oral de palavras de diferentes categorias semânticas da Bateria Semântica de Cambridge, analisando-se os efeitos da idade, da escolaridade e das diferentes categorias semânticas nessa tarefa, além da influência das diferentes funções cognitivas nesta tarefa. Métodos: Estudo observacional de corte transversal. A amostra foi composta por 69 indivíduos sem alteração cognitiva, de ambos os sexos. Os sujeitos foram divididos em seis grupos considerando-se a idade (jovens: 20 a 39 anos; adultos: 40 a 59 anos e idosos: 60 anos ou mais) e escolaridade (baixa escolaridade: de 0 a 8 anos de ensino formal; e alta escolaridade: 9 ou mais anos de ensino formal). O instrumento utilizado foi o subteste de compreensão de categorias da Bateria Semântica de Cambridge (ADLAM et al., 2010), composto por 64 palavras, divididas em oito campos semânticos (animais domésticos, animais selvagens, aves, frutas, veículos, utensílios domésticos pequenos, utensílios domésticos grandes, ferramentas). Ao ouvir o nome da palavra, o sujeito foi instruído a apontar para a figura correspondente, em um conjunto de oito figuras. O desempenho foi avaliado quanto ao número de acertos em cada categoria, pontuação total e tempo de execução do teste. O desempenho dos grupos foi comparado por meio do teste ANOVA, com post-hoc t de student, considerando-se nível de diferença estatística de 5%. Resultados: Em relação ao efeito da idade, os jovens apresentaram melhor desempenho que os adultos e os idosos nas categorias frutas, utensílios domésticos pequenos e no total do teste. No tempo de execução do teste, todos os grupos se diferenciaram, sendo que conforme o aumento da idade, maior o tempo de latência para a resposta. Quanto à influência da escolaridade, os sujeitos com alta escolaridade apresentaram maior pontuação em todas as categorias semânticas, além de apresentarem menor tempo de latência para as respostas que os sujeitos de baixa escolaridade. Conclusão: A idade e a escolaridade afetam a compreensão de palavras, sendo que sujeitos mais jovens e mais escolarizados apresentam melhor desempenho nesta habilidade. A compreensão é influenciada por todas as habilidades cognitivas.
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    Disforia e voz em pessoas transgênero: uma revisão integrativa da literatura
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11) Araujo, Bru Alana Pereira de [UNIFESP]; Azevedo, Renata Rangel [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1668260273015995; https://lattes.cnpq.br/1435591539559194
    Introdução: a voz, como um componente intrínseco da identidade pessoal social, desempenha um papel crucial na expressão do gênero e na forma como uma pessoa é percebida e interage com a sociedade. A disforia vocal é caracterizada por sentimentos de desconexão entre a voz percebida e a voz desejada, contribuindo significativamente para a angústia vivenciada por pessoas transgênero. A atuação frente à disforia vocal pode ser uma prerrogativa de fonoaudiólogas e fonoaudiólogos desde que seja respeitada a integralidade e a particularidade da experiência de variação de gênero da pessoa transgênero. Objetivos: compreender a extensão do conhecimento existente sobre a disforia vocal em pessoas transgênero, consolidando informações de estudos anteriores para oferecer uma visão abrangente sobre a questão e as respostas que fonoaudiólogos e fonoaudiólogas têm encontrado para a disforia vocal. Método: revisão integrativa da literatura a partir de descritores em saúde em bases de dados de artigos acadêmicos, com critérios de inclusão e exclusão de artigos na discussão dos resultados. Resultados: todos os 26 artigos foram lidos na íntegra e sistematizados através de uma tabela com dados sobre a publicação, o tipo de estudo e os principais resultados obtidos. Pode-se observar uma preocupação crescente com o fenômeno da disforia vocal, ainda que seus contornos e origens não sejam totalmente delimitados. Também parece consensual os benefícios da terapia fonoaudiológica de afirmação de gênero por meio da voz na qualidade de vida de pessoas trans. Conclusão: Esta pesquisa aponta para o papel crucial que os profissionais de saúde em geral, e fonoaudiólogas e fonoaudiólogos em particular, têm no processo de alcançarmos um mundo mais inclusivo, onde todas as pessoas sejam respeitadas e valorizadas em sua diferença.