PPG - Saúde Baseada em Evidências

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    Desenvolvimento de aplicativo para mensuração da atividade de desgaste dentário e monitoramento de bruxismo do sono
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-21) Tersi, Patricia Danuze Patricio [UNIFESP]; Nakano, Luis Carlos Uta [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7498955151131694; http://lattes.cnpq.br/3834942804427747
    Objetivo: Apresentar o desenvolvimento baseado em evidências dos resultados preliminares de um aplicativo para smartphone (e-Brux) que possibilita a abordagem multifatorial do bruxismo do sono e a mensuração (em pixels) da atividade de desgaste dentário. Métodos: A primeira fase do projeto consistiu no desenvolvimento do aplicativo e dos algoritmos. Para a validação interna foram analisadas 2.070 mensurações do aplicativo e-Brux. As análises de acurácia, compararam-nas quanto ao método de mensuração (n=45 e-Brux e n=45 ImageJ) e quanto ao método de aquisição das imagens (n=90 método manual e n=90 hands-free). As análises reprodutibilidade analisaram-nas em dois níveis fatoriais de estudo: momento de aquisição das imagens (n=900 T 1 e n=900 T2) e resolução da câmera (n=600 para câmera de 13 MP, n=600 para 24 MP, n=600 para 48 MP). As amostras foram analisadas por meio dos testes ANOVA, Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e Bland-Altman (IC95%, p>0,05). Resultados: o tempo de processamento da mensuração das áreas de atividade de desgaste registrado sobre as placas foi 375 vezes mais rápido que o método convencional. As análises de Bland-Altman revelaram concordância entre os métodos de mensuração (e-Brux e ImageJ) e entre os métodos de aquisição de imagem (manual e hands free) bem como a estabilidade das medidas entre os dois momentos de coleta. Os CCIs indicaram excelentes níveis de concordância entre os momentos de coleta T1 e T2 (CCI=0,8559) e entre os modos de aquisição manual e hands-free (CCI >0,99, IC = 95%). As ANOVAs sugeriram a ausência de diferenças estatisticamente significantes entre os momentos de coleta, as resoluções dos smartphones, entre as aferições feitas pelo e-Brux e pelo padrão de referência ImageJ e entre os modos de aquisição hands free e manual. Conclusão: O aplicativo foi concebido com sucesso. Consideradas as limitações técnicas, as aferições do aplicativo e-Brux demonstraram adequadas responsividade, reprodutibilidade, estabilidade e acurácia segundo os dados preliminares. O inovador aplicativo realizou as mensurações em um tempo notavelmente menor, podendo ser uma promissora ferramenta diagnóstica com aplicabilidade clínica e acadêmica para monitoramento do bruxismo do sono e mensuração de padrões de desgaste dentário.
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    Acesso femoral versus acesso distal retrógrado nas angioplastias abaixo do joelho: uma revisão sistemática Cochrane
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-21) Barros, Marcos Gomes Toledo [UNIFESP]; Vasconcelos, Vladimir [UNIFESP]; Amorim, Jorge Eduardo de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4643413023371496 ; http://lattes.cnpq.br/7031191726790609; http://lattes.cnpq.br/0384124886922207
    Introdução: A prevalência de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) na população geral é de cerca de 12% a 14% e aumenta em pessoas idosas. A DAOP aumentou de 164 milhões de pessoas em 2000 para 202 milhões de pessoas em 2010. Mais de dois terços das pessoas com DAOP vivem em países de baixa ou média renda. A isquemia crítica dos membros (ICM) ocorre em 1% a 2% das pessoas com claudicação intermitente ao longo de cinco anos. Um terço das pessoas com ICM têm lesões isoladas das artérias abaixo do joelho (AAJ). ICM e lesões isoladas nas AAJ estão associadas a uma maior incidência de perda de membros quando comparadas com pessoas com doença arterial multinível. Procedimentos endovasculares como angioplastias (com ou sem stent) são amplamente utilizados para tratar lesões isoladas de AAJ, com o objetivo de melhorar o fluxo sanguíneo e salvar o membro. O sucesso técnico de qualquer procedimento de angioplastia depende da capacidade de atravessar a lesão alvo. As tentativas malsucedidas são subestimadas na literatura e as falhas no mundo real parecem ser maiores do que as relatadas. Pessoas com lesões isoladas de AAJ submetidas à angioplastia por via femoral convencional apresentam alto índice de insucesso no cruzamento dessas lesões. O acesso distal retrógrado pode oferecer algumas vantagens que podem levar ao cruzamento bem- sucedido da lesão-alvo. Objetivos: Comparar a eficácia e a segurança do acesso distal retrógrado versus o acesso femoral convencional para pessoas submetidas à angioplastias abaixo do joelho. Métodos de pesquisa: O Cochrane Vascular Information Specialist pesquisou o Cochrane Vascular Specialized Register, os bancos de dados CENTRAL, MEDLINE, Embase e CINAHL e a Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da Organização Mundial da Saúde e registros de ensaios clínicos ClinicalTrials.gov até 26 de setembro de 2022. Critério de seleção: Planejamos incluir ensaios clínicos controlados randomizados ou quase randomizados comparando pessoas submetidas a acesso distal retrógrado versus pessoas submetidas a acesso femoral convencional (anterógrado ipsilateral ou retrógrado contralateral) para angioplastia de AAJ. Coleta e análise de dados: Dois revisores avaliaram independentemente os estudos identificados para possível inclusão na revisão. Usamos procedimentos metodológicos padrão de acordo com o Manual Cochrane para Revisão Sistemática de Intervenções. Resultados: Não identificamos ensaios clínicos randomizados ou quasi-randomizados que atendessem aos critérios de inclusão. Conclusões dos autores: Não identificamos nenhum ensaio clínico randomizado ou quase randomizado que comparasse acesso distal retrógrado versus acesso femoral para angioplastia abaixo do joelho. São necessários estudos de alta qualidade que comparem o acesso distal retrógrado versus o acesso femoral convencional para angioplastia abaixo do joelho.
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    Biomarcadores da tempestade de citocinas como sinalizadores de casos graves e fatais da COVID-19: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-08) Melo, Ana Karla Guedes de; Trevisani, Virgínia Fernandes Moça [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/2186187159686774
    Contexto: Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou uma pandemia devido à doença causada pelo novo coronavírus, a COVID-19. Um subgrupo de pacientes com COVID-19 pode ter uma síndrome inflamatória sistêmica, denominada síndrome da tempestade de citocinas, com amplificação da resposta imune e desregulação dos mecanismos supressores da cascata inflamatória. Objetivos: Identificar biomarcadores da síndrome da tempestade de citocinas associados a casos graves e fatais da COVID-19. Métodos: Uma busca com descritores e sinônimos padronizados foi realizada em 28 de novembro de 2020 no MEDLINE, EMBASE, Biblioteca Cochrane Central, Clinical-Trials.gov, LILACS e The World Health Organization International Clinical Trials Registry Platform, para identificar estudos de interesse. Pesquisas na literatura cinzenta e técnicas de snowballing também foram utilizadas para localizar trabalhos ainda não publicados e citações relacionadas. Dois revisores examinaram independentemente os títulos e resumos recuperados, selecionaram estudos elegíveis para inclusão, extraíram dados dos estudos incluídos e avaliaram o risco de viés usando a Escala de Newcastle-Ottawa modificada. Os estudos elegíveis foram aqueles que incluíram níveis séricos de interleucina-6 e outros parâmetros laboratoriais de pacientes admitidos para internação hospitalar por COVID-19. Os valores de interleucina-6, ferritina, hemoglobina, leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas, proteína C reativa, procalcitonina, desidrogenase láctica, aspartato aminotransferase, creatinina e dímero-D foram extraídos dos estudos. Avaliou-se a certeza da evidência utilizando a abordagem GRADE para alguns desfechos priorizados. Metanálises de efeito randômico foram realizadas usando os dados laboratoriais, para estimar as diferenças de médias com intervalo de confiança de 95%. O software R foi utilizado para os cálculos. Resultados: A busca nas bases de dados resultou em 9.620 registros; 40 estudos (contendo um total de 9.542 pacientes) foram incluídos na análise final. Vinte e um estudos (n = 4.313 pacientes) avaliaram dados laboratoriais associados à gravidade da COVID-19; dezoito estudos (n = 4.681 pacientes) avaliaram dados laboratoriais associados ao desfecho de mortalidade, e um estudo (n = 548 pacientes) avaliou biomarcadores associados a casos graves e fatais da COVID-19. Níveis elevados de interleucina-6, ferritina, dímero-D, aspartato aminotransferase, proteína C reativa, desidrogenase láctica, procalcitonina e creatinina, além de linfopenia, trombocitopenia, leucocitose e neutrofilia foram associados a casos graves e fatais da COVID-19. Conclusões: Esta revisão aponta que os níveis séricos de interleucina-6, ferritina, leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas, proteína C reativa, procalcitonina, desidrogenase láctica, aspartato aminotransferase, creatinina e dímero-D são importantes biomarcadores da síndrome da tempestade de citocinas na COVID-19. A determinação precoce de níveis elevados de interleucina-6 e ferritina séricas em pacientes internados por COVID-19 deve ser considerada como sinal de alerta de hiperinflamação sistêmica e mau prognóstico.
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    Efetividade do método RPG - Reeducação Postural Global - e dos alongamentos segmentares no tratamento das dores crônicas da coluna vertebral: ensaio clínico controlado e randomizado
    (Universidade Federal de São Paulo, 2011) Santos, Marilene Mendes dos [UNIFESP]; Trevisani, Virgínia Fernandes Moça [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/4704184775759947
    Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade do método RPG e dos alongamentos segmentares no tratamento das dores crônicas da coluna vertebral. Métodos: Um ensaio clínico controlado com avaliador cego foi conduzido. Foram selecionados 150 pacientes, de ambos os gêneros, com média de idade 40,15±11,55 anos, que tivessem dor inespecífica em algum segmento da coluna por pelo menos três meses. Estes foram randomizados em três grupos (n= 50 em cada): Grupo RPG: submetidos ao método de Reeducação Postural Global (RPG); Grupo AS: que receberam os alongamentos segmentares e Grupo C: o controle. Os pacientes dos grupos RPG e AS receberam 16 sessões individuais de tratamento, duas vezes por semana, por oito semanas. Os desfechos mensurados foram dor (escala analógica visual), função (questionário de incapacidade de Roland Morris), qualidade de vida (Questionário SF­36) e ingestão de medicação para dor (todos os pacientes foram instruídos a anotar em uma planilha todas as vezes em que usassem algum medicamento para dor na coluna). Além da avaliação antes e após o término da intervenção, foi realizado um seguimento de dois meses. Foi realizada a comparação intra e intergrupos e os valores de p menores que 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: Os resultados demonstraram redução significante dos níveis de dor nos três grupos, porém na comparação intergrupos, os grupos tratados foram melhores que o controle, sendo que o Grupo RPG foi ainda melhor que Grupo AS, apresentando a maior redução da intensidade da dor. No questionário Roland Morris, houve melhoras significativas em todos os grupos, mas na comparação entre eles, os grupos RPG e AS foram significantemente melhores. Na qualidade de vida, nos grupos RPG e AS, houve melhora significante em todos os domínios do SF­36 (capacidade funcional, aspectos físicos, sociais e emocionais, dor, estado geral de saúde, vitalidade e saúde mental). No grupo C, esta melhora ocorreu na dor, aspectos sociais e emocionais e capacidade funcional. Na comparação intergrupos, os grupos RPG e AS foram significativamente superiores ao controle nos componentes dor e vitalidade. O grupo RPG ainda foi melhor que o grupo C em relação aos aspectos físicos, sociais e saúde mental. Quanto ao uso de medicação para dor, foi observado que nos grupos tratados, RPG e AS, o consumo foi menor que no grupo controle, com diferença estatisticamente significativa. Conclusão: Conclui­se que os dois métodos foram efetivos e superiores ao controle na redução da dor, na melhora da função e da qualidade de vida e na diminuição da ingestão de medicação para dor, porém, o método RPG se mostrou discretamente superior aos alongamentos segmentares na redução das dores crônicas da coluna vertebral.
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    Tipo de anestesia para o tratamento endovascular do acidente vascular cerebral isquêmico agudo: uma revisão sistemática e metanálise Cochrane
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-14) Tosello, Renato Tavares [UNIFESP]; Flumignan, Ronald Luiz Gomes [UNIFESP]; Riera, Rachel [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0591884301805680; http://lattes.cnpq.br/6751410694690699; http://lattes.cnpq.br/2087294861162486
    Introdução: O uso da trombectomia mecânica para restaurar o fluxo sanguíneo intracraniano após a oclusão proximal de artéria grande por um trombo aumentou ao longo do tempo e obteve melhores desfechos do que a trombólise intravenosa sozinha. Atualmente, o tipo de técnica anestésica durante a trombectomia mecânica está em debate como tendo um impacto relevante nos desfechos neurológicos. Objetivo: Avaliar os efeitos de diferentes tipos de anestesia para intervenções endovasculares em pessoas com AVC isquêmico agudo. Métodos de pesquisa: Pesquisamos os registros de ensaios clínico do Cochrane Stroke Group em 5 de julho de 2022, nos bancos de dados CENTRAL, MEDLINE e em sete outros bancos de dados em 21 de março de 2022. Realizamos pesquisas das listas de referência de estudos incluídos, fontes de literatura cinzenta e outras revisões sistemáticas. Critério de seleção: Incluímos todos os ensaios clínicos randomizados com um desenho paralelo que comparou anestesia geral versus anestesia local, anestesia com sedação consciente ou cuidado anestésico monitorado para trombectomia mecânica em AVC isquêmico agudo. Também incluímos estudos relatados como texto completo, aqueles publicados apenas como resumo e dados não publicados. Excluímos estudos quasi-randomizados, estudos sem um grupo de comparação e estudos com desenho retrospectivo. Coleta e análise de dados: Dois revisores aplicaram independentemente os critérios de inclusão, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés e a certeza de evidência usando o programa GRADE. Resultados principais: Incluímos sete estudos com 982 participantes, que investigaram o tipo de anestesia para tratamento endovascular em oclusão de grandes vasos na circulação intracraniana. Anestesia geral versus não anestesia geral (precoce): a anestesia geral em comparação com a não anestesia geral provavelmente ajuda a obter uma revascularização da artéria-alvo bem-sucedida (mTICI 2b-3) (RR 1,10, IC 95% 1,02 a 1,18; P = 0,02; I2 = 29%; 7 estudos, 982 participantes; moderada certeza de evidência) e pode melhorar o evento adverso instabilidade hemodinâmica (RR 0,21, IC 95% 0,05 a 0,79; P = 0,02; I2 = 71%; 2 estudos, 229 participantes; baixa certeza de evidência). Para os demais desfechos avaliados não houve diferença entre os grupos de anestesia avaliados. Anestesia geral versus não anestesia geral (longo prazo): Não há diferença da anestesia geral em comparação com a não anestesia geral para ambos os desfechos funcionais (dicotômico - RR 1.21; IC 95% 0.93 a 1.58; P = 0.16; 625 participantes; 4 estudos; I2 = 29%; baixa certeza de evidência) e (contínuo - DM -0.14; CI 95% -0.34 a 0.06; P = 0.17; 978 participantes; 7 estudos; I2 = 0%; baixa certeza de evidência), bem como para a mortalidade relacionada ao AVCI (RR 0.88; CI 95% 0.64 a 1.22; P = 0.44; 843 participantes; 6 estudos; I2 = 12%; baixa certeza de evidência) em comparação com a não anestesia geral. Para os demais desfechos não haviam dados disponívies. Conclusões dos autores: Nos desfechos precoces, a anestesia geral em comparação com a não anestesia geral provavelmente ajuda a obter uma revascularização da artéria-alvo bem-sucedida, com moderada certeza de evidência, e pode melhorar o evento adverso instabilidade hemodinâmica com baixa certeza da evidência. No entanto, em relação aos defechos de longo prazo, a anestesia geral em comparação com a não anestesia geral não melhora o defecho funcional e a mortalidade relacionada ao AVCI com baixa certeza de evidência.