PPG - Psicobiologia

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    Avaliação nutricional dos pacientes com narcolepsia segundo os níveis de hipocretina-1 no líquido cefalorraquiano
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-26) Reis, Maria Júlia Figueiró [UNIFESP]; Coelho, Fernando Morgadinho Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4520146294812879; http://lattes.cnpq.br/0557446136420375
    INTRODUÇÃO: Muito além da sonolência excessiva diurna ligada à narcolepsia, estudos recentes vêm indicando novos alvos para o manejo da qualidade de vida nessa população. Avanços importantes foram feitos em crononutrição, especialmente evidenciando-se uma tendência ao ganho ponderal e provavelmente à rarefação óssea. O objetivo do nosso estudo foi avaliar esse espectro adicional de sintomas, correlacionando-o com o tipo de narcolepsia, com a dosagem de hipocretina-1 no líquido cefalorraquiano (LCR) e com características cronobiológicas. MÉTODOS: Foram selecionados pacientes adultos com narcolepsia do tipo 1 (NT1) e do tipo 2 (NT2), os quais foram submetidos a medições antropométricas padronizadas (índice de massa corporal e relação cintura-quadril, respectivamente IMC e RCQ), análise de impedância bioelétrica (BIA) e avaliação nutricional por meio de um recordatório alimentar de 24 horas (24HR). O percentual de massa mineral óssea (%MMO) foi obtido por meio da divisão da massa mineral óssea pelo peso, ambos medidos via BIA. Indivíduos que consumiram uma quantidade maior de calorias antes das 15:00 foram classificados como matutinos, enquanto os demais foram classificados como vespertinos. As medições antropométricas e o %MMO foram então analisados em função do tipo de narcolepsia, dos níveis de hipocretina-1 e do perfil nutricional de matutinidade-vespertinidade. Valores de p inferiores a 0,05 e um intervalo de confiança de 95% foram adotados como condições de significância estatística. RESULTADOS: Foi avaliado um total de 49 pacientes (31 com NT1 e 18 com NT2). Os pacientes com NT1 demonstraram maior grau de obesidade que aqueles com NT2, além de uma tendência à rarefação óssea (IMC: 32,04±6,95 vs. 25,38±4,26 Kg/m2, p<0,01; RCQ: 0,89±0,09 vs. 0,83±0,09, p=0,02 e %MMO: 4,1±1,02 vs. 4,89±0,59%, p<0,01). Tais achados parecem estar ligados às dosagens de hipocretina-1, já que elas tiveram correlação negativa com o ganho de peso (IMC: r=-0,54, p<0,01 e RCQ: r=-0,37, p=0,01) e correlação positiva com o %MMO (r=+0,48, p<0,01). O perfil de matutinidade-vespertinidade não se associou a uma modificação nas medidas antropométricas ou na massa mineral óssea. Entretanto, de forma interessante, pacientes vespertinos realmente tiveram uma maior ingestão de calorias durante o dia (2700,00±834,23 vs. 2237,82±550,73 kcal, p=0,03), e as análises globais mostraram uma correlação positiva entre a ingesta calórica diária e a RCQ (r=+0,42, p<0,01). Em contraste com estudos prévios, a modafinila não modificou o %MMO (4,51±0,75 vs. 4,16±1,27%, p=0,54). Também não foram observadas diferenças no padrão de uso da medicação entre NT1 e NT2 ou entre matutinos e vespertinos. CONCLUSÕES: O perfil de morbidade inerente à narcolepsia pode incluir fatores que vão além da sonolência excessiva necessária ao seu diagnóstico. Embora os dados sejam incipientes e haja a necessidade de novos estudos para a confirmação, os profissionais de saúde devem prestar especial atenção ao ganho de peso e a uma possível rarefação óssea, com vistas a permitir uma detecção precoce de doença, seguida do correto manejo clínico.
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    Tradução e validação para a língua portuguesa do Brasil do Questionário de Cataplexia de Stanford
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-10-25) Gomes, Ana Carolina Dias [UNIFESP]; Coelho, Fernando Morgadinho Santos [UNIFESP]; https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4246015E5&tokenCaptchar=03AFcWeA6uEjvXy5Gz6W4nZgsFTZRBsd0JTXfiMitngr5l5Bj04731-tAaYo0eKTvAiu2AoSznIja4UrCvkCIthdFecrJrGlo3IWdrx5AQljnKFD8KmcvMngVi6enF6h48RSg7aeDYlnjxLM6pX_wVStLwYFO5BsvujCm_KAmV7nLI-CFl7wBmawTvRE8Zb7xYkwm5FfDWoA3raer0xqXzt9WLu9h16hJoGL5kU_Ih098DJUxt3q7mm_aCtCDfnCSSF-MvfzmYoCvuieluWp5-wPBIDryBLUna2pNtekn7TY-PhAQEwJX8KN_43SLo-4YpZx0tZUjZzDGWcgtvbDdUbQh_NvHTZK1r1drW2zVv20-BwqBIx2HkW436jG-MPAlWYAAJsEnJO_l3xaHfZBBoa8njHUd6Jz_vydzphWZFdXfp4hbYXVdP6FriCr6eqUhNj3SZlJPMmgvnIPRnbAtixdENrxQpDK5vXUxTKFOueezbTAtQpAhXxFJHPmgUVf20EAsemqM19G7V9X7jl701eU7SOL-BmjfRA_B430vmz9TFedd4FwY5tNjziGVvW_Bn7jyGuvd8UV1J373eFt0-LDRQscpaWT8MA0-8Ymh9JY923HeW8axoCzaVKrKY3RF6IXNOqMHE2JaBOzRAJ3ENV5_xKJSZ0HmK0QSRL7yvlWmEQ3Wo1Io43iqFRGpUzoK_6tbTA-clx4QvItl1rvaLQ9TrWdHCrpK18Xsfv0saaLYptQlXNdZlt6o; https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8806198A1&tokenCaptchar=03AFcWeA7kEBTzMXzDEEEtnqKnEFdD1dEdgB2tRFdeGh1WBQxd7qKOn_ZE7QEAol-gP5jFWouTkDKmxs5e2yfF28mwLe_uxH9Cido4cVinkPLrJYIh-sLo_cA3OaV2j9VDu5J4Z9Fk7cmaYeAOVLbefVdPHZ8Lh7x-6D9c7KzlSe_S2zcU0Mm7CXMWDMYvNE0jy4Mb4rDO2PhXn6VzB4XLRZhgTbqQwu8y_sfukrkB7-nGhG03cug3xKCqDpilqT-3i81K2OwPxAf6tyqS_KlB_dMt7TWvqVlzL84J_SjTs5LaOLa83kgbOmZCa2sebeyqjXqpSAd8J9_FN0xB0mVxqAsBO061koj9WQElWAucavmdOPirBoT43xQ17Ewq3szvoipIGg9GItFXGP0_U6QhFMig0y5G234_bmayODg8lyn5iK-NyzqJPuyWS5v_F61E6pprSFm0iT2jWaztqWE_BOU0jyYRbagZIr2QhCV3DjJeg3RhZtsJOO7tfUqwlpb3shVu4NES6N2LUzIRHfbhA1tQ7Y2rFumLpij2vTgX-_r-Zu3gc7M4R8F3_e7JdDxlDKtI6LI_2l1YTnMx4GJoSe-5-v6FnymQ7QPHnhQUlZWiaqkXLZ1FeaxglnZgbQ-yesB2bEjK0dotXS44NbZE_M6o8mJ9N5LvFmbYnr2EEP5ieKZumFXPH9YIR7beyW0EApgDtfVfIOP7KLGSjxBaA1M3WLWWXHGuDM1GWlo8nqTy9PClNMY0PBc
    Introdução: A narcolepsia é uma doença do sono que se caracteriza por sonolência excessiva diurna e manifestações de alterações do sono sendo a cataplexia a mais específica delas. A cataplexia é facilmente reconhecida quando as características clínicas são típicas, no entanto, o fenótipo da cataplexia difere amplamente entre os pacientes. Atualmente, a entrevista clínica não estruturada é o único método diagnóstico. Um instrumento como o Stanford Cataplexy Questionnaire pode ajudar a caracterizar melhor se o evento é cataplético, o que resultaria no diagnóstico e tratamento sintomático mais precoce. Metodologia: Foi realizada a tradução da escala original em inglês para o português brasileiro seguindo as etapas bem estabelecidas na literatura para tradução e validação de questionários. Houve a aplicação da escala em um número reduzido de pacientes para um estudo piloto e novas adaptações foram realizadas. Por fim, foi criada a versão definitiva, também em formato on-line. Os pacientes da população de narcolepsia tipo 1 estavam sendo acompanhados regularmente nos ambulatórios de Sonolência Excessiva Diurna do Departamento de Psicobiologia, além de Neuro-sono, todos da Universidade Federal de São Paulo. Resultados: Os nossos resultados na validação do Stanford Cataplexy Questionnaire demonstraram boas propriedades métricas (área sob a curva), apresentando boa consistência interna (alpha de Cronbrach) na população estudada. Conclusão: Esta versão, elaborada em português falado no Brasil, do Stanford Cataplexy Questionnaire foi validada para identificarção de cataplexia. A versão em português do Stanford Cataplexy Questionnaire será uma ferramenta essencial para auxiliar na identificação de pacientes com narcolepsia em muitas partes do Brasil e também em outros países de língue portuguesa.
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    Perfil neuropsicológico e de cognição social na psicose inicial: estudo exploratório de fatores de gravidade
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-08) Novaes, Rafael Angulo Condoretti Barros [UNIFESP]; Mello, Claudia Berlim de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1758368777559433; http://lattes.cnpq.br/8334615706748615
    Introdução: A esquizofrenia é uma doença mental grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Seus sintomas podem ser divididos em três categorias principais: sintomas cognitivos, sintomas positivos e sintomas negativos. A compreensão abrangente dessas categorias é essencial para um diagnóstico precoce e uma abordagem de tratamento eficaz. Objetivo: Esta dissertação teve como objetivo analisar e comparar os sintomas cognitivos, positivos e negativos em pacientes com esquizofrenia, a fim de explorar as diferenças entre a população americana e brasileira além de compreender fatores preditivos dos sintomas para a gravidade da doença. Participantes: A amostra com dados da avaliação foi composta por 10 participantes (6 homens), com média de idade de 24,2 anos (DP = 5,27), também foram utilizados dados de banco de dados anonimizados de 50 participantes (35 homens) com média de 25,4 anos (DP= 6,70) Análise de dados: Foram utilizados testes T de uma via para verificar diferenças entre as amostras brasileiras e americanas e modelos de regressão linear para verificar preditores de cognição social e não social para sintomas positivos e negativos. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as populações brasileiras e americanas para os domínios de velocidade de processamento, memória operacional, aprendizagem verbal e raciocínio lógico. Dentre os domínios da cognição social, a teoria da mente e a percepção social (intrapessoal) se mostraram preditoras de sintomas positivos.
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    Histórico prévio de sintomas compatíveis com distúrbio comportamental do sono REM em população com Doença de Parkinson
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-08) Viviane Akemi, Kakazu [UNIFESP]; Gabriel Natan, Pires [UNIFESP]; Dalva, Poyares [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4176832922554657; http://lattes.cnpq.br/7799496784629692; http://lattes.cnpq.br/2659306047668703
    Introdução: O Distúrbio Comportamental do Sono REM (DCREM) é uma parassonia marcada pela manutenção do tônus muscular durante o sono REM. As evidências colocaram o DCREM como um dos possíveis estágios prodrômicos da Doença de Parkinson (DP), mas os dados sobre a proporção de pessoas com DP que apresentaram sintomas de DCREM são limitados. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar o histórico de sintomas compatíveis com DCREM em uma população com DP. Métodos: Foram convidados a participar os pacientes com DP em acompanhamento ambulatorial terciário, e seus acompanhantes (grupo controle). Todos responderam sobre sintomas de DCREM atuais e retrospectivos através do RBD Screening Questionnaire (RBDSQ), e tiveram o déficit cognitivo avaliado. Os pacientes com DP tiveram gravidade da doença computada pela escala visual de Hoen & Yahr e dados do prontuário foram coletados. Dados contínuos foram avaliados entre os grupos pelo teste t de Student e dados categóricos, pelo X2. Foi construída uma tabela de contingência entre DCREM e PD com dados de sensibilidade, especificidade, acurácia, valor preditivo positivo e negativo, razão de chances e risco relativo. Resultados: A amostra foi composta por 146 participantes: sendo 73 indivíduos com DP e 73 controles pareados por idade e sexo. A prevalência de sintomas compatíveis com DCREM foi de 65% para DP e 10,09% para controles. A pontuação do RBDSQ foi significativamente maior no grupo DP (6,03±0,35) em comparação ao grupo controle (2,38±0,23). A razão de chances para apresentar sintomas prévios compatíveis com DCREM foi de 12,09 a favor de casos positivos de DP. O diagnóstico de DP possui as seguintes propriedades diagnósticas em relação à apresentação de sintomas de DCREM: sensibilidade de 0,65, especificidade de 0,86, valor preditivo positivo de 0,82 e valor preditivo negativo de 0,71. Conclusão: A proporção de pacientes com DP apresentando sintomas de DCREM é alta, corroborando a neuroprogressão esperada da doença em um desenho caso-controle compreendendo casos de DP ambulatoriais. Os médicos clínicos devem incluir avaliações de sintomas compatíveis com DCREM durante a avaliação da DP e, se positivo, encaminhar para um especialista do sono.
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    O efeito das demandas maternas conjuntamente com o trabalho no padrão de sono de mulheres do estudo epidemiológico do sono de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-20) Romanzini, Lisie Polita [UNIFESP]; Andersen, Monica Levy [UNIFESP]; Pires, Gabriel Natan de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7799496784629692; http://lattes.cnpq.br/4951931552005515; https://lattes.cnpq.br/9265209059525900
    Objetivo: Analisar o efeito da maternidade, conjuntamente com a demanda de trabalho, no padrão de sono de mulheres. Métodos: Os participantes foram 214 mulheres selecionadas de um estudo epidemiológico de sono de grande representatividade da cidade de São Paulo (EPISONO). Durante o período de 2007 foi realizadas polissonografia (PSG) de noite inteira do tipo I, aplicação de questionários referentes ao sono (Índice de Qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI), Escala de Sonolência Epworth (ESS), Índice de Gravidade de Insônia (ISI) e Questionário de Matutinidade e Vespertinidade (MEQ)) e questionários envolvendo questões emocionais (Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e Inventário de Depressão de Beck (BDI)). A análise estatística foi realizada entre os 4 grupos de mulheres (com filhos e trabalham; com filhos e não trabalham; sem filhos e trabalham; sem filhos e não trabalham). O teste utilizado foi Generalized Linear Model (GzLM) e o nível de significância estabelecido foi p<0,05. Resultados: Em nosso estudo não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na interação entre os 4 grupos. Porém encontramos alguns achados referente a variável filhos e trabalho em relação ao sono. As mulheres com filhos dormiam menos (346,45min7,99, comparado as mulheres sem filhos, 348,51min12,98), apresentaram eficiência de sono ruim (82,75%1,50), com um perfil mais matutino (pontuação média de 56,050,87) e sintomas leves de insônia (pontuação média de 9,330,57). Em relação a trabalhar, mulheres que trabalhavam apresentaram menor porcentagem média de sono N3 (22,23%0,64), maior porcentagem média de sono REM (20,19%0,57) e menor eficiência de sono (76,16%3,15). Conclusões: Acredita-se que as mulheres com filhos acabam por ter seu sono prejudicado, em tempo e qualidade, para dar conta das demandas maternas, domésticas e profissionais. Já em relação ao trabalho, encontramos um sono com padrões melhores em mulheres que trabalham, o que parece estar associado a um efeito de sono rebote devido a demandas intensas e longas jornadas de trabalho. Existe pouco material na literatura analisando o padrão de sono e suas dificuldades associado as demandas profissionais.