PPG - Medicina (Urologia)

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    Varicocele na adolescência: avaliação dos efeitos a longo prazo em pacientes tratados e não tratados
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-28) Groner, Matheus Ferreira [UNIFESP]; Fraietta, Renato [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1545035937368744; http://lattes.cnpq.br/0705270190511824
    Objetivo: A varicocele tem início na adolescência e seus efeitos deletérios podem diminuir o potencial fértil progressivamente, sendo bem documentado que seu tratamento pode melhorar esse potencial a curto prazo, porém, ainda são escassas as evidências de melhora a longo prazo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial fértil, a longo prazo, de pacientes com diagnóstico de varicocele tratados e não tratados durante a adolescência. Método: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, sendo elaborado um desenho longitudinal de coorte retrospectivo em que os pacientes foram convocados e avaliados no Setor Integrado de Reprodução Humana da UNIFESP, durante a adolescência, então diagnosticados com varicocele grau II ou III. Neste momento inicial esses pacientes foram observados (Grupo não operado) ou operados pela técnica de Marmar (Grupo operado) se apresentassem indicação clínica. Durante o desenvolvimento do projeto, foram reavaliados clinicamente e através de análise seminal e de avaliação funcional dos espermatozoides através de análise de Integridade do DNA espermático, atividade mitocondrial e integridade do acrossoma, para determinar o atual potencial fértil. Resultados: Foram avaliados 33 pacientes, sendo 14 do grupo não operado e 19 do grupo operado. Foram excluídos 4 pacientes do grupo operado devido à recidiva. O intervalo entre as avaliações foi em média de 10 anos. Quanto à análise seminal, no grupo não operado, houve uma diminuição significativa da motilidade progressiva (p = 0,009). No grupo operado houve aumento significativo da concentração espermática (p = 0,003), do número total de espermatozoides móveis (TSM) (p = 0,003) e do número total de espermatozoides móveis morfologicamente normais (TSMMN) (p = 0,004). Na avaliação funcional dos espermatozoides, não houve diferença estatisticamente significativa. Conclusões: O tratamento da varicocele na adolescência pode impactar positivamente no potencial fértil, sendo observada uma melhora significativa e progressiva dos parâmetros seminais no grupo operado, mantida após 10 anos de tratamento. Há indícios de uma piora na motilidade progressiva em adolescentes não operados, potencialmente sem relevância clínica.
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    Avaliação da perfusão renal intracorpórea com solução salina hipertônica em humanos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-27) Barbosa, Mauro Miguel de Lima Sousa [UNIFESP]; Aguiar, Wilson Ferreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1555985311877836; http://lattes.cnpq.br/5333793583227673
    Objetivos: Uma diminuição do tamanho das incisões cirúrgicas é uma condição almejada em todo procedimento minimamente invasivo. Este estudo tem como objetivo avaliar o impacto da técnica de perfusão renal intracorpórea com solução salina hipertônica de cloreto de sódio a 5% no tamanho da incisão transversal suprapúbica utilizada para remoção do espécime cirúrgico em nefrectomias radicais laparoscópicas. Material e método: Um ensaio clínico randomizado foi realizado. Os critérios de inclusão foram diagnóstico de neoplasia renal maligna e indicação de nefrectomia radical laparoscópica. Os pacientes foram randomizados em dois grupos, nefrectomia radical laparoscópica com perfusão renal intracorpórea com solução salina hipertônica de cloreto de sódio a 5% e nefrectomia radical laparoscópica clássica. O desfecho primário foi o tamanho da incisão cirúrgica suprapúbica utilizada para remoção do espécime cirúrgico aferido no pós- operatório imediato. Variáveis demográficas, intraoperatórias e pós-operatórias foram comparadas entre os grupos. A significância estatística foi fixada em p<0,05. Resultados: No geral, 39 pacientes foram randomizados, dos quais 19 (48,7%) submetidos a nefrectomia radical laparoscópica com perfusão renal intracorpórea com solução salina hipertônica de cloreto de sódio a 5% e 20 (51,3%) a nefrectomia radical laparoscópica clássica. O Grupo Perfusão apresentou um decréscimo médio das incisões cirúrgicas de 38,5% (5,1±0,5 cm vs. 8.3±1,2 cm, p<0,001). Não houve diferença significativa em relação ao tempo de internação (2,6±1,0 dias vs. 2,8±1,2 dias, p=0,623), consumo de equivalentes de morfina (70[45–95] mg vs. 105[70 – 125] mg, p=0,162) e taxa geral de eventos adversos (p=0,547), contudo o tempo cirúrgico foi significativamente maior no Grupo Perfusão (177,8±41.9 min vs. 154,5±27.0 min, p=0.045). Conclusão: A técnica de perfusão renal intracorpórea laparoscópica com solução salina hipertônica de cloreto de sódio a 5% reduz o tamanho da incisão cirúrgica auxiliar em nefrectomias radicais laparoscópicas.
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    Comparação entre a ureterostomia cutânea e o conduto ileal em pacientes com carcinoma urotelial de bexiga submetidos à cistectomia radical
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-20) Costa Júnior, Renato Meirelles Mariano da [UNIFESP]; Sadi, Marcus Vinícius [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8242790252305434; http://lattes.cnpq.br/1418076821566072
    Objetivo: Comparar os resultados entre duas técnicas de derivação urinária (DU), a ureterostomia cutânea (UC) e o conduto ileal (CI), em pacientes submetidos à cistectomia radical (CR). Métodos: Foi realizado um estudo longitudinal, em pacientes portadores de neoplasia urotelial de bexiga submetidos à CR com derivação urinária por UC ou CI, no período de janeiro de 2013 e junho de 2020, em dois hospitais de ensino. Parte dos dados foi coletada de forma retrospectiva e a outra parcela acompanhada prospectivamente. Foram comparados às características clínicas, os resultados intra e pós-operatórios, as taxas de complicações nos primeiros três meses e a mortalidade com 90 e 365 dias. A escolha da DU foi a critério do cirurgião, e as complicações foram graduadas de acordo com a classificação de Clavien-Dindo. Resultados: Foram analisadas 127 CR; o CI foi a DU realizada em 70 pacientes (55%) e a UC em 57 (45%), em todos os casos com estoma único. No grupo com UC os pacientes eram mais idosos (p<0.01), apresentavam condições pré-operatórias mais desfavoráveis de acordo com American Society of Anesthesiology (ASA) (p=0.008) e estadiamento clínico da neoplasia mais avançado (p=0.051). Apesar da maior gravidade dos pacientes no grupo da UC, não observamos diferenças em relação às complicações pós-operatórias que exigiram algum grau de reintervenção (Clavien 3) (p=0.12), assim como nas taxas de mortalidade com 90 e 365 dias de pós-operatório (p=0.28 e p=0.62, respectivamente). Identificamos vantagens a favor da UC, como: menor tempo cirúrgico (p<0.01), menor tempo para aceitação da dieta (p<0.01), menor tempo de internação (p<0.01) e maior número de dias fora do hospital no primeiro trimestre (p=0.04). Conclusões: A UC com estoma único é uma DU simples, que possibilita a pacientes idosos, com comorbidades importantes e/ou neoplasias em estadio avançado, serem submetidos à CR, com taxas de complicações e mortalidade semelhantes àquelas obtidas nos pacientes mais jovens, com quadro clínico e oncológico mais favoráveis, submetidos ao CI.
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    Estudo prospectivo para avaliação da função erétil em pacientes renais crônicos pré e pós-transplante renal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-28) Vasco, Matheus Brandão [UNIFESP]; Aguiar, Wilson Ferreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1555985311877836; http://lattes.cnpq.br/6514900585629293
    INTRODUÇÃO: A disfunção erétil é uma disfunção sexual que apresenta alta prevalência mundial. Entre os fatores de risco para a disfunção erétil está a doença renal crônica (DRC). Estima-se que entre 47-82% dos pacientes em diálise apresentam disfunção erétil. Embora, acredita-se que o transplante renal possa reestabelecer a função sexual desses pacientes, a disfunção erétil permanece prevalente no transplantado renal, acometendo até 55% deles. Assim, a literatura é conflitante em relação ao real benefício do transplante renal e a melhora da disfunção erétil. OBJETIVO: Primário: avaliar se o transplante renal melhora a função erétil de pacientes renais crônicos. MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo, descritivo-analítico e longitudinal. Para tanto, foram selecionados aleatoriamente, entre junho de 2019 e julho de 2022, pacientes do sexo masculino, com idade entre 18-60 anos, previamente estabelecidos para a realização do transplante renal vivo. Foram coletados dados demográficos e comorbidades, exames laboratoriais, análise do estado androgênico, aplicação do questionário Índice Internacional de Função Erétil (IIEF) para avaliar a função erétil e a realização da ultrassonografia Doppler do pênis com indução farmacológica pré-transplante e 12 meses pós-transplante. RESULTADOS: Foram elegíveis 37 pacientes pré-transplante e 30 realizaram a avaliação pré e pós-transplante. O escore do domínio da ereção do IIEF, o resultado da ultrassonografia Doppler do pênis com indução farmacológica e a análise combinada entre o resultado da ultrassonografia Doppler do pênis com indução farmacológica e do escore do domínio da ereção do IIEF pré e pós-transplante não apresentaram diferença significativa (p-valor = 0,101; p-valor = 0,604 e p-valor = 0,374, respectivamente). Na análise pareada das questões do IIEF pré e pós-transplante, identificamos melhora do desejo sexual, maior capacidade de penetrar a parceira, maior capacidade de manter a ereção após ter penetrado a parceira e maior número de relações sexuais no pós-transplante (p = 0,025; p = 0,04; p = 0,041 e p= 0,036). CONCLUSÃO: O transplante renal não melhora a função erétil global do paciente com DRC. Contudo, foi observado que há melhora do desejo sexual, maior capacidade de penetrar a parceira, maior capacidade de manter a ereção após ter penetrado a parceira e maior número de relações sexuais no pós-transplante.
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    Técnica de Lich-Gregoir modificada sem cateter duplo J e com retirada precoce da sonda vesical para transplantes renais
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-12) Astolfi, Rafael Haddad[UNIFESP]; Aguiar, Wilson Ferreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1555985311877836; http://lattes.cnpq.br/7395335976039902
    Objetivo: Analisar a eficácia e a segurança de uma técnica de ureteroneocistostomia extravesical a Lich-Gregoir modificada, quando comparada à técnica tradicional. Métodos: Este estudo de coorte retrospectivo comparou os resultados pós-operatórios de 100 pacientes consecutivos submetidos a uma técnica de Lich-Gregoir modificada, operados entre Outubro de 2018 a Novembro de 2019, com os de uma coorte histórica de 165 pacientes consecutivos transplantados utilizando a técnica tradicional de Lich-Gregoir, que haviam sido operados entre Janeiro de 2017 e Setembro de 2018. Todos os transplantes foram realizados pelo mesmo cirurgião. O seguimento foi de 6 meses. Resultados: As características demográficas eram comparáveis entre os grupos, embora os pacientes do grupo da técnica de Lich-Gregoir modificada fossem ligeiramente mais jovens (37,6±13,8 vs. 42,0±14,0 anos, p=0,012). Os pacientes do grupo da técnica modificada foram submetidos com sucesso à remoção precoce da sonda vesical de demora (2,2±0,9 vs. 4,8±4,8 dias, p<0,001), sem que tenha havido diferenças na incidência de complicações cirúrgicas, incluindo fístulas urinárias (1 vs. 3%, p=0,284). Ademais, os pacientes do grupo da técnica modificada também apresentaram um menor tempo de internação hospitalar (6,5±5,0 vs. 7,1±6,2 dias, p=0,023). Conclusões: Esta técnica de Lich-Gregoir modificada permite a remoção segura e precoce da sonda vesical de demora em pacientes transplantados renais e está associada a uma redução no tempo de internação hospitalar.