PPG - Medicina (Radiologia Clínica)

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    Relação entre as medidas radiográficas e da ressonância magnética na avaliação do bunionette
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-27) Garcia, Guilherme Thomé [UNIFESP]; Yamada, André Fukunishi [UNIFESP]; Mansur, Nacime Salomão Barbachan [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5286610387997973; http://lattes.cnpq.br/0690763303891559; http://lattes.cnpq.br/4752744210951243
    Introdução: O bunionette é uma deformidade caracterizada pela proeminência óssea na face lateral do antepé, na altura da cabeça do quinto metatarso, que pode ou não ser sintomática. A avaliação por imagem consiste na realização de radiografia com carga do pé (RC), e diversos ângulos foram descritos para caracterização das deformidades. No entanto, não existem relatos sobre a aplicabilidade dessas medidas nos exames de ressonância magnética do antepé (RM). As hipóteses são que as medidas obtidas por RC e RM se relacionam e são reprodutíveis. Objetivos: Avaliar a reprodutibilidade interobservador das medidas dos ângulos metatarsofalângico do 5° dedo (AMF), intermetatársico do 4° e 5° dedos (AIM) e ângulo de desvio lateral (ADL), obtidas em RC e RM; determinar a acurácia das medidas obtidas através da RM na caracterização de exames normais e alterados, usando a RC como método de referência (padrão-ouro). Métodos: Foram selecionados retrospectivamente 50 conjuntos de exames (RC e sua respectiva RM) de 33 pacientes. Os exames foram realizadas conforme a rotina e protocolo institucionais. Dois avaliadores com 2 anos de experiência em radiologia musculoesquelética obtiveram as medidas dos ângulos AMF, AIM e ADL nas RC e RM. As leituras foram realizadas nas incidências dorsoplantar das RC e sequências axiais T1 puro das RMs. Os exames foram divididos em dois grupos (normais e alterados/bunionette) conforme a RC (padrão-ouro). O coeficiente de correlação e concordância de Lin foi usado para avaliação da reprodutibilidade interobservador e para análise da correlação entre os métodos de imagem. Modelos de regressão linear foram usados para estimar a diferença média das medidas obtidas entre os métodos. Curvas da característica operacional do receptor foram geradas para definição dos melhores pontos de corte na diferenciação entre os grupos pela RM e cálculo da acurácia das medidas obtidas na RM. Resultados: A concordância interobservador para o ângulo AMF foi substancial nas RCs e na RMs (CCC = 0,98 e 0,99, respectivamente), moderada nas RCs e RMs para o ângulo AIM (CCC = 0,96 e 0,90, respectivamente) e pobre para ADL (CCC = 0,83 e 0,69, respectivamente). Não se observou forte correlação entre as medidas obtidas nas RMs com as RCs nos três ângulos avaliados. Na regressão linear observou-se diferença média entre as RCs e RMs de 4,3° para o ângulo AMF (IC 95% 2,10 - 6,60; p<0,001), 0,6° para AIM (IC 95% 0,04 - 1,10; p<0,036) e -1,53° para ADL (IC 95% -2,7; -0,38; p<0,010). As curvas ROC produziram valores de corte de 15,4° para o ângulo MFA (AUC = 94,9%; IC 95% 88,9-100%; p<0,001), 8,9° para IMA (AUC = 86.5%; IC 95% 75,3-97,9%; p<0,001) e 1,25° para ADL (AUC = 43,1%; IC 95% 6,2%-80,0%; p=0,698). Quando comparados com os exames de RC, os pontos de corte definidos nas RMs para AMF e AIM resultaram em valores de acurácia de 89,8% e 80%, respectivamente. Conclusão: As medidas AMF e AIM são aplicáveis nos exames de RM do antepé usando as mesmas técnicas descritas para as RCs do pé. Os dois ângulos mostraram-se reprodutíveis e observou-se acurácia satisfatória dos pontos de corte definidos para diferenciar exames normais e alterados. Tais medidas podem ser consideradas ferramentas adicionais na rotina do radiologista para investigação do bunionette nos exames de RM do antepé.
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    Análise do valor diagnóstico da ressonância magnética multiparamétrica do fígado para a avaliação não-invasiva da hepatite autoimune
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-23) Gomes, Natália Borges Nunes [UNIFESP]; D'Ippolito, Giuseppe [UNIFESP]; Torres, Ulysses dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2980215570487316; http://lattes.cnpq.br/1376794938916690; http://lattes.cnpq.br/1144545783058072
    Objetivo: Avaliar o desempenho diagnóstico da RM multiparamétrica hepática (RMmp) no estadiamento da fibrose e da inflamação hepáticas em pacientes com hepatite autoimune (HAI), utilizando a histopatologia como padrão de referência. Métodos: Ao longo de 3 anos, foram estudados prospectivamente 33 doentes com HAI submetidos a biópsia hepática e a um protocolo de RMmp, incluindo mapa T1 e elastografia por RM (ERM). A fibrose e a inflamação hepáticas foram graduados por histopatologia de acordo com uma pontuação padronizada para fibrose (F0-F4) e atividade inflamatória (APP0-4). A análise estatística incluiu o teste t independente, o teste U de Mann-Whitney e a análise ROC, esta última para determinar o desempenho da RM no estadiamento da fibrose e na classificação da inflamação. Resultados: O mapa T1 sem contraste mostrou valores significativamente mais elevados em pacientes com fibrose avançada (F 0-2 vs. F 3-4; P < 0,015) e fibrose significativa (F0-1 vs. F2-4; P < 0,005) e em doentes com mais atividade inflamatória (APP 0-1 vs. APP 2-4; P = 0,048). O desempenho diagnóstico foi bom para os grupos de fibrose avançada (AUC 0,835) e significativa (AUC 0,857) e para o grupo de atividade inflamatória (AUC 0,763). O mapa T1 pós-contraste foi capaz de identificar fibrose avançada (F3-4) (P < 0,024), mas não fibrose significativa (F2-4) (P > 0,148) ou atividade inflamatória (P > 0,072). Identificámos pontos de corte para o mapa T1 pré e ERM para obter a maior sensibilidade (MxSE) e especificidade (MxSp) de acordo com o objetivo clínico desejado: Fibrose avançada 618,00 ms e 2,9 kPa (MxSE) e 806,00 ms e 7,0 kPa (MxSp); Fibrose significativa: 592,00 ms e 2,1 kPa (MxSE) e 689,00 ms e 4,6 kPa (MxSp) e Atividade inflamatória 578,00 ms e 2,2kPa (MxSE) e 654,00 ms e 3,0 kPa (MxSp). A AUC do mapa T1 após 20 minutos para fibrose avançada foi 0,822. Semelhante ao mapa T1, a ERM apresentou valores significativamente maiores em pacientes com fibrose avançada (F0-2 vs. F3-4; P < 0,001) e fibrose significativa (F0-1 vs. F2-4; ERM P < 0,004), bem como em pacientes com atividade inflamatória (AAP 0-1 vs. AAP 2-4; P = 0,015). O desempenho diagnóstico da ERM foi melhor para fibrose avançada (F3-4), AUC=0,914, com bons resultados para fibrose significativa (F2-4) (AUC 0,822) e atividade inflamatória (AAP 2-4) (AUC 0,824). Conclusão: O mapa T1 e a ERM demonstraram bom desempenho diagnóstico para detectar inflamação e fibrose em pacientes com HAI.
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    Procedimentos de enxertia óssea da glenoide para o tratamento de instabilidade glenoumeral anterior com defeito ósseo: quando indicar? Revisão sistemática
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-07) Lara, Paulo Henrique Schmidt [UNIFESP]; Ejnisman, Benno [UNIFESP]; Belangero, Paulo Santoro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0399504221133550; http://lattes.cnpq.br/1124807952912223; http://lattes.cnpq.br/3691315968679180
    Objetivo: Determinar as indicações cirúrgicas de enxertia óssea da glenoide para o tratamento da instabilidade anterior do ombro associadas a melhores resultados clínicos e funcionais, melhores taxas de retorno ao esporte e menores taxas de complicações. Métodos: Essa revisão sistemática foi conduzida de acordo com o PRISMA. Foram incluídos estudos prospectivos que foram subdivididos de acordo com os principais critérios utilizados para indicar a cirurgia de enxertia óssea da glenoide. Grupo de indicações somente radiológicas (grupo R), grupo de indicações radiológicas associadas a indicações clínicas (grupo R+C) e grupo de indicações artroscópicas (grupo A). Resultados: Na busca eletrônica conduzida em Outubro de 2022, 1567 artigos foram selecionados. Após aplicação dos critérios de inclusão, 24 artigos foram selecionados para a revisão sistemática. Em relação aos escores funcionais, o Grupo R foi o que apresentou a maior quantidade de resultados estatisticamente melhores (ROWE, WOSI, SSV e Walch-Duplay). Em relação aos arcos de movimento, o Grupo R teve resultados estatisticamente melhores para rotação lateral e o Grupo A para elevação e abdução. Em relação às complicações, o Grupo R apresentou a menor taxa destas, com significância estatística (2.51%; p<0.001). Não foi possível realizar comparações em relação à taxa de retorno ao esporte pois esse parâmetro não foi avaliado em todos os grupos. Conclusões: O grupo de estudo de indicações radiológicas apresentou melhores resultados nos escores funcionais, melhores resultados em relação a rotação lateral e menor taxa de complicações.
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    Impacto da ecoendoscopia diagnóstica e intervencionista em crianças e adolescentes
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-04) Garcia, Larissa Latrilha [UNIFESP]; Ardengh, José Celso; http://lattes.cnpq.br/7156173153438406; http://lattes.cnpq.br/1535920046801387
    Introdução: A ecoendoscopia faz parte da prática clínica diária para o diagnóstico e tratamento de doenças digestivas em adultos. No entanto, seu uso em crianças é limitado, com indicações precisas. O medo é maior em relação ao uso da ecoendoscopia associada a punção com agulha fina em crianças. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto da ecoendoscopia-diagnóstica (EE-D) e da ecoendoscopia-intervencionista (EE-I) em crianças. Métodos: Revisamos os prontuários de crianças com idade menor ou igual a 18 anos submetidas à ecoendoscopia alta (102) e baixa (5), por um período de 10 anos. Analisamos retrospectivamente as indicações, resultados, segurança e o impacto da ecoendoscopia-diagnóstica (EE-D) e ecoendoscopia-intervencionista (EE-I). O impacto foi classificado como forte, fraco e ausente. Resultados: 107 crianças foram submetidas à ecoendoscopia, 77 meninas (72%), com média etária de 11,7 + 4 anos (5-18). 64 (58%) foram submetidas à EE-D e 43 (42%) a EE-I. Dessas, 33 (77%) foram submetidas à ecoendoscopia associada a punção com agulha fina (EE-PAF) e 10 (33%) à terapêutica associada a ecoendoscopia [pseudocistos pancreáticos (5), necrose encistada pancreática (2), abscesso perirretal (1) e neurólise do plexo celíaco (2)] A taxa de sucesso técnico, clínico e de eventos adversos para a EE-I foi de 100%, 90% e 0%, respectivamente. O sistema biliopancreático foi estudado em 81 (76%), estômago 14 (13%), reto 5 (4,6%), esôfago 3 (2,8%), duodeno 2 (1,8%) e mediastino 2 (1,8%) casos. O impacto foi significativo em 81% dos casos. O impacto foi forte e fraco para os casos biliopancreáticos, gastrointestinais e mediastinais em 62% e 16%, 54% e 37% e 100% e 0%, respectivamente. Os resultados obtidos pela ecoendoscopia associada a punção com agulha fina (EE-PAF) mostraram sensibilidade, especificidade e acurácia de 76,2%, 100% e 84,8%, respectivamente. Conclusão: A EE-D e a EE-I são eficazes e seguras quando indicadas corretamente para doenças digestivas em crianças. A ecoendoscopia associada a punção com agulha fina (EE-PAF) é um procedimento altamente preciso e esclarece casos duvidosos, determinando o diagnóstico correto das doenças digestivas. O impacto foi significativo, pois altera o diagnóstico e o manejo subsequente na maioria das crianças com distúrbios gastrointestinais.
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    Análise comparativa de laudos de ressonância magnética em texto versus audiovisual em afecções musculoesqueléticas
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-14) Muniz Neto, Francisco Júlio [UNIFESP]; Szarf, Gilberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0626389320270563; http://lattes.cnpq.br/4379902572195120
    Os estudos de radiologia são inerentemente visuais e os relatórios destes estudos geralmente são construídos como documentos no formato de texto. Os relatórios audiovisuais ainda não foram extensivamente investigados, assim como sua comparação com o relatório em texto. Neste estudo transversal, comparamos qualitativa e quantitativamente relatórios audiovisuais versus relatórios em texto em afecções musculoesqueléticas. Para isso, 40 ortopedistas receberam relatórios sobre 10 casos diferentes de pacientes com patologias musculoesqueléticas, que foram estudados por ressonância magnética. Vinte ortopedistas receberam primeiro os relatórios audiovisuais e tiveram total acesso às imagens, em seguida responderam um questionário. Em seguida receberam o relatório no formato de texto, preenchendo um segundo questionário. Os outros vinte ortopedistas receberam primeiro o relatório em formato de texto e tiveram acesso total às imagens, preenchendo em seguida o primeiro questionário. Depois receberam os relatórios audiovisuais e responderam o segundo questionário. Das respostas obtidas dos 40 ortopedistas, 92% preferiram receber os relatórios audiovisuais em relação ao relatório em texto. Não houve mudança na confiança dos ortopedistas em relação aos achados descritos no grupo que recebeu, inicialmente, os relatórios audiovisuais. Por outro lado, houve um aumento da confiança em alguns dos casos em que foi apresentado inicialmente o relatório de texto e depois os relatórios audiovisuais. O formato de relatório audiovisual oferece a oportunidade para o radiologista descrever e apontar achados de imagem relevantes e foi o método preferido pelos médicos solicitantes.