PPG - Medicina (Pneumologia)

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    Tradução e adaptação cultural do questionário de satisfação e atendimento pela telemedicina (Telemedicne Satisfaction Questionnaire-TSQ)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023) Leão, Maria Efigênia do Nascimento [UNIFESP]; Jardim, José Roberto de Brito [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4320654878656075; http://lattes.cnpq.br/7442330878680402
    Introdução: A satisfação é um parâmetro aceito para avaliar o desempenho do serviço de saúde, refletindo os valores entre as expectativas e realidades dos pacientes em relação a diversos aspectos dos serviços de saúde. Quando há correspondência entre o cuidado esperado e o recebido, os pacientes ficam satisfeitos. Assim, o nível de satisfação é diretamente influenciado pelas experiências reais dos pacientes. Objetivo: Traduzir, adaptar culturalmente e avaliar a reprodutibilidade do questionário de satisfação e atendimento pela telemedicina (Telemedicine Satisfaction Questionnaire-TSQ). Métodos: Estudo transversal, amostra constituída pelos pacientes que procuraram o Núcleo de Cessação e Prevenção do Tabagismo (PrevFumo) da Unidade de Reabilitação Pulmonar vinculado à Disciplina de Pneumologia da Escola Paulista de Medicina, a partir 2020, 2021 e 2022 que participaram de, pelo menos, 50% das oito sessões programadas de atendimento virtual com a psicóloga do PrevFumo. Os pacientes foram contatados por telefone e solicitados a responder às 14 perguntas do TSQ por três vezes com intervalo de 7 e 10 dias após a entrevista inicial. Resultados: Foram analisados 53 pacientes, a média de idade era de 49,7 ±10,2 anos, a maioria era do sexo feminino (73,3%). Em relação à escolaridade, 30,2% tinham curso médio completo ou superior incompleto. Quanto ao nível socioeconômico, a maior proporção era do nível B2 (32,1%), sendo A o nível mais alto e E o mais baixo. Referente à presença nas reuniões, 92,5% dos pacientes frequentaram as oito reuniões. O escore médio da pontuação total do questionário de qualidade de vida Whoqol-Bref, foi 12,3 ± 2,49, com porcentagem média de 51,89 ± 15, 54, sendo quanto maior a pontuação, melhor a qualidade de vida. A média do teste de Fagerstrom foi 5,81 ± 2,28, tendo 39,6% dependência elevada. A carga tabagística média foi 35,32 ± 24,8 anos/maços. O escore médio de ansiedade na Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão foi 10,8 ± 4,4, tendo 45,3% dos pacientes provável ansiedade e a média de depressão foi de 8,2 ± 3,7% com 49,1% dos pacientes com provável depressão. Conclusão: O TSQ é fácil e rápido de responder e os pacientes demonstram satisfação com o atendimento da telessaúde.
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    Avaliação do shunt intrapulmonar em pacientes com hipertensão pulmonar tromboembólica crônica
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-11) Loureiro, Camila Melo Coelho [UNIFESP]; Ramos, Roberta Pulcheri [UNIFESP]; Arakaki, Jaquelina Sonoe Ota [UNIFESP]; Nery, Luiz Eduardo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4282849546206947; http://lattes.cnpq.br/2605106957934146; http://lattes.cnpq.br/3674430003360595; http://lattes.cnpq.br/1270517481563282
    Introdução: A hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC) é desencadeada principalmente pela obstrução mecânica por trombos associada a remodelamento vascular pulmonar. A circulação colateral brônquica tem sido estudada como mecanismo protetor ou implicada na patogênese da doença microvascular, além de contribuir para alterações nas trocas gasosas em repouso e durante o exercício. Objetivos: Avaliar a relação entre o shunt intrapulmonar e correlatos com dados clínicos, hemodinâmicos, laboratoriais, ecocardiográficos, tomográficos e de exercício em pacientes com HPTEC. Métodos: Estudo prospectivo, transversal com intervenção diagnóstica em pacientes do ambulatório de Circulação Pulmonar da UNIFESP. Inicialmente, foram realizados ecocardiograma transtorácico, teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e teste de exercício cardiorrespiratório (TECR) incremental. Após o cateterismo cardíaco direito, os pacientes realizaram TECR de carga constante (50% da carga máxima do teste incremental) em ar ambiente e novamente com oxigênio a 100% via máscara facial acoplada ao saco de Douglas. Amostras de sangue arterial e venoso misto foram obtidas para análise dos gases e cálculo do shunt intrapulmonar pela seguinte equação: QS/QT = [(PAO2 - PaO2) x 0,0031] / {CavO2 + [(PAO2 - PaO2) x 0,0031]}. Resultados: Dados de quatorze pacientes (7 mulheres, 49 ± 15 anos) com HPTEC foram analisados. A pressão média da artéria pulmonar foi de 54 ± 17 mmHg, a pressão de oclusão da artéria pulmonar foi de 11 ± 3 mmHg e a resistência vascular pulmonar foi de 789 ± 372 dina.s.cm5. A distância média no TC6M foi de 458 ± 78 m, o V̇O2 no pico foi de 15 ± 2 mL/kg/min e a SpO2 no nadir foi 90 ± 4% no TECR. Todos os participantes apresentaram um aumento do volume/fração de shunt detectado pela respiração de oxigênio a 100% em repouso, o qual diminuiu durante o exercício (17,0 ± 3,6% versus 9,8 ± 3,0%; p <0,001). Houve diminuição da PvO2 (p <0,001) e aumento do espaço morto (p <0,05) no exercício em ar ambiente. A fração de shunt correlacionou-se negativamente com a gravidade hemodinâmica e os valores de troponina. Houve correlação positiva com a PvO2, a PaCO2 e a fração do venous admixture ao esforço. Conclusão: O shunt intrapulmonar parece ser um mecanismo adaptativo na HPTEC em repouso e durante o exercício, possivelmente associado à diminuição dos efeitos deletérios da alta pressão de perfusão pulmonar e ao incremento do débito cardíaco ao esforço.
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    Intolerância ao exercício em pacientes pós-hospitalização por Covid-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-29) Lima, Mariana Lafetá [UNIFESP]; Campos, Eloara Vieira Machado Ferreira Alvares da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6639042770205771; http://lattes.cnpq.br/6671130475455556
    Sobreviventes após hospitalização por lesão pulmonar por Covid-19 podem persistir com dispneia e intolerância ao exercício com menor qualidade de vida. Apesar de recentes avanços, os possíveis preditores de intolerância ao exercício nos pacientes pós-Covid-19 permanecem complexos e não totalmente caracterizados. Objetivos: Avaliar a persistência da intolerância avaliada pelo consumo do oxigênio no pico do exercício (V’O2PICO) em sobreviventes pós-hospitalização por Covid-19 e a correlação com gravidade da internação e alteração em exames funcionais e imagéticos. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo e observacional que avaliou consecutivamente pacientes previamente hospitalizados por Covid-19 moderada a grave/crítica. A avaliação foi realizada após 90 ± 10 dias do início dos sintomas agudos da Covid-19 e os pacientes foram submetidos à avaliação cardiopulmonar ampla, incluindo função pulmonar, ecocardiograma, tomografia de tórax e teste de exercício cardiopulmonar com gasometria capilar de sangue arterializado do lóbulo de orelha. Resultados: Dos 87 pacientes avaliados, o V’O2PICO foi de 19,5 ± 5,0 ml/kg/min dividido em três grupos por tercis: ≤ 17,0, 17,1-22,2 e ≥ 22,3 ml/kg/min. A gravidade da hospitalização foi semelhante nos três grupos. No entanto, na consulta de seguimento, pacientes com V’O2PICO ≤ 17,0 ml/kg/min relataram maior sensação de dispneia e apresentaram índices de função pulmonar reduzidos e respostas ventilatórias, gasosas e metabólicas anormais durante o exercício em comparação com pacientes com V’O2PICO > 17,0 ml/kg/min. Por meio da análise de regressão logística multivariada ajustada para idade, sexo e embolia pulmonar, com pontos de corte definidos pela análise da curva ROC, a relação espaço morto por volume corrente ≥ 29 e a capacidade vital forçada em repouso ≤ 80% previsto foram preditores independentes da redução do V’O2PICO. Conclusão: A intolerância ao exercício nos sobreviventes após hospitalização por Covid-19 esteve relacionada à alta relação espaço morto como fração do volume corrente no pico do exercício e redução da capacidade vital forçada em repouso, sugerindo que tanto o possível comprometimento da microcirculação pulmonar quanto o ventilatório podem influenciar a capacidade aeróbia nessa população de pacientes.
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    Avaliação da adesão dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) às recomendações de prevenção contra covid-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-07) Almeida, Raquel Emanuela Lima de; Nascimento, Oliver Augusto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2225674564595145; http://lattes.cnpq.br/1688476159498705
    Objetivo: Verificar se os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) seguiram as recomendações de prevenção à Covid-19. Associar a adesão dos participantes às medidas de prevenção diante da pandemia do novo coronavírus com: gravidade da DPOC, escolaridade, nível socioeconômico e as comorbidades dos pacientes. Métodos: Estudo observacional e transversal, com amostragem de conveniência. Foi realizada aplicação de um questionário por meio de entrevista telefônica contendo perguntas sobre classificação socioeconômica tratamento medicamentoso da DPOC, adesão ao tratamento, presença de sintomas da Covid-19 e se cumpriram as medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Resultados: 434 participantes participaram do estudo, a média de idade foi 69,7 + 9,9 anos, 53,2% eram do sexo feminino. Em geral, os participantes seguiram as recomendações. Houve uma associação significativa (p < 0,01) quando observado a frequência com que os participantes saiam de casa e a gravidade da doença, além disso, também houve resultado significativo (p = 0,03) ao associar a quantidade de visitas que eles recebiam em suas casas com as classes socioeconômicas. Ademais, identificou-se que indivíduos com idade mais avançada tinham 2,9% maior chance de seguir o protocolo, além disso, sexo feminino e aqueles que usavam oxigênio tendiam a seguir mais as recomendações de prevenção à nova doença em 2,7 e 3,1 mais chance, respectivamente. Conclusão: Os pacientes apresentaram uma boa aderência às medidas preventivas contra Covid-19. Indivíduos com idade mais avançada, do sexo feminino e que faziam usam de oxigênio suplementar domiciliar seguiram mais as recomendações.
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    Pacientes com DPOC divergem na avaliação do conhecimento pelo Bristol e na necessidade de informações pelo LINQ
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-07) Nohara, Soraya Sayuri Braga [UNIFESP]; Jardim, José Roberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4320654878656075; http://lattes.cnpq.br/5460530400351011
    Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a necessidade de informação dos pacientes com DPOC e suas correlações com escolaridade, sexo, idade e tempo de acompanhamento. Além de analisar a concordância das respostas do LINQ nos modos presencial e por telefone. Métodos: Foram selecionados indivíduos de ambos os sexos, entre 40 e 94 anos, com diagnóstico de DPOC, de modo consecutivo, que estavam em acompanhamento no Ambulatório de DPOC da Escola Paulista de Medicina. Os voluntários foram submetidos a coleta de dados referentes à idade, sexo, raça, escolaridade, valores espirométricos, COPD Assessment Test (CAT), modified Medical Research Council (mMRC), número de exacerbações e sua gravidade. As necessidades de informação e conhecimento específico da doença foram medidos usando o Lung Information Needs Questionnaire (LINQ) e o Bristol COPD Knowledge Questionnaire (BCKQ). Após um período de 7 a 10 dias foi reaplicado o questionário LINQ por contato telefônico. Resultados: Foram avaliados 196 pacientes de ambos os sexos (51,5% do sexo feminino), média de idade de 69,4±8,9 anos, predominando na amostra o baixo nível de escolaridade (49,5% com ensino fundamental incompleto), a cor branca (44,9%), a classificação GOLD moderado (43,9%) e nenhuma exacerbação nos últimos 12 meses (58,7%). A média do escore CAT foi de 15,6±9,2 e a mediana do mMRC 2 (1-4). A pontuação média totaldo LINQ foi de 9,2 ± 2,9 e do Bristol 27,3 ± 6,6. Os domínios com maior necessidade de informações pelo LINQ foram “Medicações” e “Dieta”, e no conhecimento específico do Bristol as pontuações mais baixas foram “Broncodilatadores” e “Corticoides Inalatórios”, e os domínios “Exercícios”, “Sintomas” e “Etiologia” com as pontuações mais altas. A correlação de Spearman foi fraca (r=-0,21) entre LINQ e escolaridade e entre Bristol e escolaridade também foi fraca (r=0.08). Não houve correlação significante dos questionários com sexo, idade e tempo de acompanhamento do paciente no ambulatório. Houve concordância forte [Kappa (p>0,90)] e excelente [ICC (p>0,79)] entre as avaliações do LINQ presencial e por telefone. Conclusões: Nossos pacientes com DPOC diferem quando acreditavam que sabiam informações avaliados pelo LINQ e as informações reais que possuíam avaliadas pelo Bristol. Constatamos que a necessidade de conhecimento avaliado pelo questionário LINQ pode ser aplicado por telefone e em consultas iniciais de tratamento. O Bristol pode ser aplicado para verificar o conhecimento real do paciente para o desenvolvimento e avaliação de programas de educação em saúde e reabilitação pulmonar.