PPG - Análise Ambiental Integrada

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    Análise dos planos de resíduos sólidos dos municípios da Baixada Santista
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-22) Benaque, Helena Pilotto [UNIFESP]; Candiani, Giovano [UNIFESP]; Duarte, Carla Grigoletto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1016205399128245; http://lattes.cnpq.br/9950995765229751; http://lattes.cnpq.br/9586225353676766
    A geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) e sua gestão têm desafiado os responsáveis pelos serviços de limpeza pública nos municípios. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei Federal n.º 12.305/2010, estabelece os princípios, objetivos e diretrizes para a execução adequada da gestão dos resíduos sólidos. Entre seus instrumentos estão os Planos de Resíduos Sólidos, que devem ser desenvolvidos em vários níveis e são condicionantes para acesso a recursos da União. A qualidade desses planos é um tema que vem sendo pouco explorado na pesquisa científica, e propostas de aprimoramentos podem partir de experiências com a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE). Assim, nesta pesquisa é explorado o contexto da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), com o objetivo de analisar os planos de resíduos sólidos, municipais e regional, tanto em relação ao atendimento do conteúdo mínimo exigido pela PNRS através de índices e indicadores, quanto em relação às potenciais contribuições de AAE, sobretudo frente à abordagem do Pensamento Estratégico para a Sustentabilidade (ST4S). Como resultado, quanto aos indicadores que foram atendidos por todos os municípios, aqueles que obtiveram melhor avaliação foram os relacionados ao diagnóstico dos resíduos e seus procedimentos de gerenciamento. O indicador relacionado à responsabilidade do poder público foi o próximo mais bem avaliado. Quanto aos indicadores que obtiveram menor atendimento, destacam-se aqueles relacionados à divulgação do plano, participação da sociedade e grupo de sustentação, com apenas dois, quatro e cinco municípios atendendo a cada um deles, respectivamente. Para o plano regional, além da participação da sociedade e do grupo de sustentação, o indicador referente às ações de prevenção e correção também obteve uma das menores notas. Considerando apenas as fragilidades do plano regional, quanto as contribuições da AAE, foi possível ressaltar, sobretudo, a necessidade de processos participativos, monitoramento de metas e indicadores, e avaliação aprofundada de riscos para elaboração de um plano de ação para emergências. As análises diante da PNRS e da AAE contribuíram com a identificação dos principais desafios e com a discussão de possíveis aprimoramentos no gerenciamento de resíduos da Baixada Santista. Destaca-se a necessidade de processos participativos descritos com mais detalhes e a disponibilização de informações atualizadas e de fácil acesso sobre a implementação do plano, desde a geração até a destinação final dos resíduos sólidos e avanços em novas soluções.
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    Estudo do aporte polínico em diferentes níveis altimétricos em extremos sazonais para um hotspot urbano de Mata Atlântica na Região Metropolitana de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-20) Pereira, Carlos Henrique Bernardi [UNIFESP]; Bitencourt, Ana Luisa Vietti [UNIFESP]; Rosário, Nilton Manuel Évora do [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1230773059940967
    O estudo da chuva polínica moderna é importante instrumento para os estudos ambientais de uma maneira geral, e em particular para a Região Metropolitana de São Paulo, que abriga uma porção do bioma Mata Atlântica, um dos hotspots de biodiversidade do planeta. A presente pesquisa introduziu um estudo sobre a região a partir de perfilagem altimétrica da chuva polínica, inédito no Brasil e que visou estudar a relação e a influência de aportes esporo-polínicos associados às correntes atmosféricas e áreas-fontes vegetacionais locais e de grandes distâncias (dispersão anemófila) a partir de coletores artificiais instalados em distintos níveis altimétricos: solo, copa das árvores e acima da copa das árvores. Analisou a relação da variabilidade vertical na abundância e composição esporo-polínica com a sazonalidade das condições climáticas. Os destaques foram, no verão, a família Melastomataceae, Tipo Miconia (nativo), chegando a 87% do total de grãos no nível do solo e na copa das árvores; já a família Myrtaceae, Tipo Eucalyptus (exótico) dominou no nível mais alto durante o verão, com 55%. No inverno o predomínio foi da família Pinaceae, Tipo Pinus (exótico), com 74 % no nível intermediário e 60% no nível mais alto. Registro não arbóreo importante no perfil foi a ocorrência da família Poaceae no nível mais alto, gramínea, que possui alta produção de pólen e, sugerindo a ação de correntes locais de ressuspensão. O registro de grãos da família Betulaceae, Tipo Alnus, confirma a ação de correntes de longa distância, particularmente as de níveis acima de 1000 m, que passam pela Cordilheira dos Andes e chegam à Região Metropolitana de São Paulo. A presença deste táxon exótico associado aos taxa da flora nativa, como Araucaria, Podocarpus, Melastomataceae, entre outros, podem auxiliar como dados proxy para estudos paleovegetacionais e paleoclimáticos do Quaternário, como, por exemplo, os fenômenos de dispersão polínica que atuaram no último máximo glacial na região neotropical. Os resultados permitiram propor um modelo de dispersão anemófila para a área de estudo.
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    Pandemia em tempos de antropoceno: um estudo de avaliação do impacto da covid-19 na percepção ambiental e de risco de indivíduos que atuam na área corporativa.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-28) Ferreira, Monique Tayla Gabriel [UNIFESP]; Farias, Luciana Aparecida [UNIFESP]; Nakayama, Cristina Rossi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3004797761865074; http://lattes.cnpq.br/5087991903554322; http://lattes.cnpq.br/5605531233581492
    O período atual, que vem sendo denominado de Antropoceno, é marcado pelo grande impacto do ser humano sobre o planeta, causando um grande desequilíbrio dos ciclos naturais e problemas socioambientais. Contudo, com a ocorrência da pandemia causada pelo coronavírus, o planeta parou e muitas das nossas mazelas sociais e ambientais entraram em evidência. O presente estudo teve como objetivo realizar um diagnóstico da percepção ambiental e percepção de risco em relação à pandemia e a questão socioambiental de tomada de decisão com impacto positivo entre profissionais ativos no mercado de trabalho e que atuavam na área corporativa. A pesquisa teve caráter qualitativo e exploratório com um levantamento de dados primários, com contribuição de 41 participantes, com idade média de 39 anos e atuantes em diferentes áreas, entre elas financeira, saúde e tecnologia. Os dados evidenciaram que 80% dos participantes se consideraram socioambientalmente responsáveis, mas apenas 5% demostraram uma compreensão o qual se articula meio ambiente/natureza, técnica, economia e cultura de maneira mais complexa. Entre os participantes 87% consideram que a pandemia promoveu uma mudança na percepção ambiental depois do confinamento, com um aumento na valorização do contato com a natureza. Apenas sete participantes relataram, de maneira correta, o fato de já ter vivido outras pandemias, mostrando que a temática precisa ser difundida em meios de comunicação convencionais e de forma acessível para a população, e em específico sobre a pandemia de COVID-19, trazendo clareza sobre a relação entre o desequilíbrio ecológico e a mudanças climáticas e o surgimento de novos patógenos para espécie humana. Nessa pesquisa a cultura da empresa revelou-se como importante fator para que posicionamentos socioambientais mais sustentáveis possam ser alcançados no meio corporativo.
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    Uso e cobertura da terra e esporotricose: uma análise socioambiental na cidade de Peruíbe, SP
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-27) Oliveira, Elaine Christina de; Bitencourt, Ana Luisa Vietti [UNIFESP]; Farias, Luciana Aparecida [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3004797761865074; http://lattes.cnpq.br/1230773059940967; http://lattes.cnpq.br/0996272579935276
    As interações entre os humanos, os animais e o ambiente de diferentes maneiras podem ser responsáveis pelas transmissões zoonóticas. A esporotricose é uma doença fúngica de cunho zoonótico e ambiental, que se apresenta na forma de surtos epidêmicos em vários países e no Brasil. A adaptação desses fungos para o hospedeiro e as constantes mudanças no ambiente natural podem favorecer o surgimento de novas situações no ambiente, constituindo uma provável ponte para o fungo, entre o meio ambiente e o ser humano. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a evolução dos usos e cobertura da terra, no período de 5 anos (2017 a 2021) e a ocorrência de casos de esporotricose animal na cidade de Peruíbe, SP. Esta pesquisa é interdisciplinar e envolveu a utilização do geoprocessamento e análise de dados espaciais, integrando a análise do NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) e métricas da paisagem pela abordagem da ecologia de paisagens, utilizando-se, PLAND (Porcentagem da paisagem), NP (Número de manchas); PERIM (Perímetro de manchas), maior área da mancha, LPI (Índice de maior mancha) e COHESION (Índice de coesão de mancha) a fim de relacionar a ocorrência da doença com dados de análise da paisagem ao longo da série histórica. A análise de dados espaciais envolveu duas escalas: a escala do município de Peruíbe e a escala no deslocamento dos gatos domésticos na paisagem (raio de 1 km). Além disso, buscou se complementar as análises com dados das condições socioambientais, incluindo o número de habitantes, Produto Interno Bruto (PIB) per capita, índice de envelhecimento, saneamento básico e coleta de resíduos sólidos, a partir de fontes como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), a fim de se identificar possíveis fatores relacionados à doença associados a essas condições. Como resultados, a análise da escala do deslocamento dos gatos domésticos permitiu melhor metrizar as relações entre a ocorrência da doença com a evolução do uso e cobertura da terra dos setores delimitados nesta escala. O levantamento da ocorrência dos casos de esporotricose animal, disponibilizados pelo município de Peruíbe, revelou um crescimento médio de 27,75% de casos de esporotricose animal por ano na série histórica. As transformações dos usos e cobertura da terra destacou a área urbana como potencial classe associada ao aumento da esporotricose, associado aos baixos índices de NDVI, e com as métricas da paisagem NP, PERIM, maior área da mancha, LPI e COHESION. Em relação aos dados socioambientais, as oscilações de saneamento básico e aumento da população, parecem potencializar a ocorrência da esporotricose animal. Este estudo é inédito para o Brasil, colocando o município de Peruíbe como alvo da análise, trazendo um novo horizonte para a problemática da esporotricose animal com abordagem interdisciplinar, relacionando a ocorrência da doença em relação a análise da paisagem e a dados socioambientais. Como perspectivas futuras sugere-se aprimorar os estudos com novas avaliações das métricas da paisagem para o município, para um melhor entendimento sobre a evolução e os efeitos da doença na paisagem.
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    Análise de dados de chuva polínica e transporte atmosférico: estudo do padrão para o Parque Estadual Fontes do Ipiranga, SP.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-19) Costa, Aldelânio da Silva [UNIFESP]; Bitencourt, Ana Luisa Vietti [UNIFESP]; Rosário, Nilton Manuel Évora do [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1230773059940967; http://lattes.cnpq.br/9719233997872020; https://lattes.cnpq.br/1952000426066001
    Estudos de chuva polínica constituem uma importante ferramenta para determinar as relações entre pólen, vegetação, área geográfica e dispersão polínica (transporte atmosférico). Permitem balizar parâmetros ambientais atuais (dados Proxy) e de reconstituição paleoambiental. Dados de chuva polínica são escassos no Brasil, grande parte dos estudos realizados nos domínios da Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e Caatinga, contribuem com dados de diversidade da palinoflora neotropical. Outros determinam a ocorrência dos diferentes táxons com a paisagem, e grande parte indica uma correspondência espacial bastante próxima entre eles. As análises de chuva polínica moderna das regiões sul e sudeste do Brasil têm destacado a presença de pólen da família Betulaceae, cuja área-fonte principal é a região andina. Neste caso, a correspondência entre o táxon e a região geográfica não é estabelecida, configurando um elemento exótico em relação à vegetação nativa local. A presença de pólen da família Betulaceae em estudos de reconstituição paleoambiental do Quaternário, em sedimentos de testemunhos, demonstra um padrão de dispersão por correntes de longas distâncias ao longo do período até os dias atuais. O presente estudo procura caracterizar os padrões de ocorrência dos grãos de pólen em relação ao contexto vegetacional e das correntes atmosféricas na perspectiva sazonal, objetivando fornecer dados complementares ao estudo de dispersão polínica em escalas local e regional. O Parque Estadual Fontes do Ipiranga (PEFI), local do estudo, é um remanescente de Mata Atlântica na porção sul da Região Metropolitana de São Paulo. Foram instalados no PEFI quatro coletores artificiais de chuva polínica do tipo Old Field durante os períodos de primavera-verão (2008/2009) e outono-inverno (2009). As áreas de inserção dos pontos (P1, P2, P3 e P4) apresentam fitofisionomia com diferentes estágios sucessionais: P1 corresponde a área campo antrópico com predomínio de gramíneas e plantação de Pau-Brasil, P2 e P3 área vegetada com presença de arbustos e árvores de pequeno a médio porte formando um bosque heterogêneo e P4 área de proteção ambiental com predomínio da vegetação nativa da Mata Atlântica. As análises polínicas foram realizadas segundo critérios estabelecidos na literatura especializada e catálogos polínicos neotropical. Além da caracterização climática local para o período estudado, foi também avaliada as conexões das áreas-fontes de ocorrência da vegetação (local e regional) via análises de retro-trajetórias das massas de ar que alcançaram a coluna atmosférica do local de estudo em diferentes níveis altimétricos (500, 1500, 2500 e 4000 m). Como resultados: P1 (primavera-verão) apresentou maior incidência de grãos de pólen de palmeiras e grãos de pólens arbóreo (AP) (outono-inverno), representados pelas famílias exóticas que foram introduzidas na vegetação local: Arecaceae (Archontophoenix cunninghamiana ((H. Wendl.) H. Wendl. e Drude.) Pinaceae (Pinus L.) e Myrtaceae (Eucalyptus L'Hér.), respectivamente, correspondendo com a vegetação dominante do entorno do coletor. Os pontos P2, P3 e P4 (primavera-verão e outono-inverno) apresentaram uma maior ocorrência de grãos de pólens arbóreos (AP), representados pelas famílias nativas da Mata Atlântica: Clethraceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Melastomataceae. Exóticas: Pinaceae (introduzida) e Betulaceae (Betula L. e Alnus L.) de origem Andina. Os grãos de pólens não arbóreos (NAP), representados pelas famílias: Poaceae e Asteraceae (nativas). O estudo revela duas dinâmicas de dispersão polínica: 1) uma correspondente a vegetação do PEFI, próximas aos coletores: nativa e ou exótica plantada do entorno dos coletores sobre a influência dominante das correntes atmosféricas locais e; 2) e outra com uma contribuição de áreas-fontes vegetacional remota associadas a correntes atmosféricas de longa distância transportando grãos de pólen da família Betulaceae de origem andina até o parque. Além disso, o estudo fornece um modelo conceitual de dispersão polínica para a família Betulaceae, padrão observado ao longo do Quaternário até os dias atuais. Finalmente, o estudo contribui para a diversidade da palinoflora neotropical e interferências nas assembleias polínicas pela vegetação introduzidas na paisagem atual, característica das alterações das paisagens atuais.