PPG - História da Arte

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    Aby Warburg e a recepção da Antiguidade na Historiografia da Arte
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-31) Arrais, Isaac; Fernandes, Cássio da Silva; http://lattes.cnpq.br/6029273355119643; http://lattes.cnpq.br/3120869933359302
    A presente pesquisa está situada na disciplina de Historiografia da Arte, dedicando-se ao estudo compreensivo da obra de um dos autores mais importantes deste campo na viragem do século XX, que é Aby Warburg (1866-1929). Diante da obra legada pelo historiador hamburguês, selecionamos um tema que ocupou a centralidade de sua preocupação intelectual: a Antiguidade. Partindo desse tema central, desdobramos nossa pesquisa em duas linhas de investigação distintas e complementares entre si, que são: o desenvolvimento da historiografia da arte e a análise da imagem. Como fio condutor para nos auxiliar na tarefa de adentrar no corpus de conferências e manuscritos warburguianos, elaboramos as seguintes interrogações que serão respondidas ao longo do texto: 1) como a tradição historiográfica recepcionou e construiu a interpretação da Antiguidade e de que modo Warburg inovou em relação a ela, chegando ao ponto de criar – como defende Giorgio Agamben – uma “ciência sem nome”; e 2) de que maneira essa nova compreensão da Antiguidade influenciou sua análise da cultura artística do Renascimento, gerando um modo totalmente novo de se colocar diante a imagem – como nos fala Didi-Huberman? O esforço para responder a esses questionamentos está sustentado no estudo compreensivo de Aby Warburg, além do patrimônio que é oferecido pela tradição warburguiana e da fortuna crítica que resulta do debate atual realizado por comentadores de sua obra. Na trajetória de obtenção dessas respostas percorreremos um caminho inédito, centrado em um problema crucial para o historiador hamburguês, sendo que no final do processo veremos um panorama geral de sua vida e obra.
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    Na minha voz em cena: a experiência como atriz na criação de um processo da Cia. do Caminho Velho
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-29) Oliveira, Carolina Alves de Brito Lopes; Jardim, Marta Denise da Rosa; http://lattes.cnpq.br/2834185689970646; http://lattes.cnpq.br/5689908852033848
    Esta dissertação revela fragmentos de um processo de criação artística ocorrido no grupo teatral Cia. do Caminho Velho, o qual, desde 2007, está sediado no campus da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH - UNIFESP). A montagem da uma peça de dramaturgia contemporânea, Bonita, é descrita a partir de minha experiencia como atriz e formadora dentro do coletivo. São apresentados os procedimentos que foram realizados nesta criação, os quais correspondem a três diferentes momentos: Sensibilidade, Ateliê de Cenas e Verticalização. Este processo é apresentado sendo perpassado pelas dificuldades relacionadas a voz que tive, as quais são vistas aqui enquanto desencadeadoras de caminhos para a criação. Noções como as de fluxo, relaxamento-ativo, imaginação, voz e gesto sensíveis, são abordadas em diálogo com referências do campo das artes, como Antunes Filho, Linda Wise e Julia Varley, buscando contribuir para uma reflexão sobre o campo da atuação teatral, em específico, aquela voltada para a montagem de uma dramaturgia contemporânea.
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    As relações de gênero no espaço votivo grego: estudo do friso contínuo do Partenon na sociedade Ateniense Séc V a.C.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-20) Santos, Ailton Ferreira [UNIFESP}; Baumgarten, Jens Michael; http://lattes.cnpq.br/1801238997224040; http://lattes.cnpq.br/1706607677525184
    Resumo Na Grécia Antiga, a mulher ateniense situava-se aquém dos direitos da pólis. A ridicularização da imagem feminina em Atenas encontrava no teatro sua maior expressividade, tendo como território fértil as tragédias e comédias. Ao realizar um aprofundamento bibliográfico sobre a ação política do feminino na pólis, constituindo assim um manancial teórico que evidencie onde, o respectivo feminino enquanto contexto de cidadã, se apresenta no parâmetro relacionado aos hábitos religiosos e cívicos na qual estavam inseridas, concebendo assim, uma desconstrução do entendimento do papel da mulher na sociedade ateniense, realizo uma conexão à materialidade da escultura arquitetônica do Friso Contínuo do Partenon, corpus da presente pesquisa. A partir da leitura da narrativa visual do respectivo Friso, tendo a imagem figurada do cerimonial do Peplos como referencial da escultura arquitetônica, elaborei a concepção hipotética de que a mulher foi representada como defensora da cidade de Atenas e que a personagem infantil no rito da dobra presente na imagem é feminina, uma vez que percebo a ênfase em sua importância no âmbito religioso cívico, e por ser considerada um veículo justo de questionamentos contemporâneos no contexto científico. Ao estabelecer a materialidade dos acontecimentos votivos numa narrativa escultórica embasada num contexto do seu período, os arquitetos e escultores o fizeram inserindo mulheres diligentes em suas obras, responsáveis por participar efetivamente nos âmbitos sagrados relacionados aos templos e demais espaços e tempos da vida cotidiana em Atenas, que impactaram na estruturação da vivência ateniense. Com a lei de Péricles, instituída no período compreendido em meados do Séc. V a.C., foram as respectivas mulheres diligentes que possuíam a responsabilidade de reproduzir citadinos da pólis ateniense, colaborando para a conservação da logicidade do contexto democrático na antiguidade clássica. Em minha proposição, o escultor concebe a interface operante do feminino no espaço votivo exatamente porque ele estava apoiado na fundamentação da propagação da cidadania. Pautado na reflexão e no conceito analítico do manancial teórico e na História de Gênero, proponho a compreensão da requisição específica das mulheres na sociedade de Atenas do Séc. V a.C., pelo questionamento das vinculações entre o feminino e o masculino, a materialidade escultórica arquitetônica do Peplos através do contexto sagrado e a tecelagem, destarte evidenciar o provável papel feminino diligente na pólis.
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    A Galeria dos “Irmãos Protetores”: a primeira coleção de retratos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e a tradição colonial
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12) Almeida, Débora Elise [UNIFESP]; Squeff, Letícia Coelho; http://lattes.cnpq.br/8025201749244426; http://lattes.cnpq.br/1942225429486325
    Esta pesquisa aborda a coleção de pinturas de retratos existentes no anexo da Pinacoteca e das demais salas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Atualmente, a instituição conta com um conjunto de mais de 200 retratos. Pretende-se analisar o acervo inicial desta galeria. Oito artistas compõem a formação inicial do espaço da galeria no Salão Nobre, são eles: Nicolau Huáscar de Vergara, James Stewart, José Ferraz de Almeida Júnior, Pedro Alexandrino Borges, Ernesto Papf, Oscar Pereira da Silva, Romaneli e Pietro Strina, totalizando 26 retratos de personagens da elite paulista. O objetivo de minha pesquisa é analisar este conjunto de quadros a partir de questões que se relacionam com a história dos acervos públicos no Brasil e também com a História da Arte. Como foi sendo estruturada esta galeria? Que artistas participaram dela e fizeram suas criações, tendo em vista quais modelos? Quem eram os retratados? Como eram solicitadas as encomendas? Este conjunto de quadros é um dos primeiros acervos artísticos da cidade de São Paulo. Deste ponto de vista, o acervo da Santa Casa articula-se com outras coleções de retratos, como a da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a do Museu Paulista e a da Pinacoteca do Estado.
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    Nossa Senhora da Penha de França: História e Arte da Padroeira da cidade de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-01) Almeida, Leonardo Caetano de [UNIFESP]; Brandão, Angela [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6843594697945779; https://lattes.cnpq.br/8591455340460374
    O culto a Nossa Senhora da Penha de França, invocação originariamente hispânica, encontrou terreno fértil na América portuguesa, notadamente na cidade de São Paulo, a partir de 1667, numa colina periférica onde se situa o bairro da Penha de França, então uma região de paragem de tropeiros e viandantes a caminho do Vale do Paraíba, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Essa devoção e a história da capital paulista atrelaram-se durante as epidemias de varíola e crises hídricas que se abatiam sobre a cidade durante os séculos XVIII e XIX. Nesses períodos de calamidades públicas, a esperança de munícipes e devotos de outros lugares convergia para a fé em Nossa Senhora da Penha. Tais foram os efeitos dessa piedade, que a Virgem da Penha foi aclamada popularmente e, mais tarde, com reconhecimento pontifício, Padroeira da cidade de São Paulo. Com efeito, este estudo é permeado pela análise iconográfico-iconológica da imaginária relativa a essa devoção mariana cristalizada em São Paulo e, comparativamente, em outros santuários e igrejas representativos da Virgem da Penha no Brasil e no mundo ibérico. Assim, a produção artística sacra relativa à Penha de França, tomando-se como referência o exemplar escultórico da Virgem da capital paulista, ajuda-nos a compreender o repertório simbólico que cerca esse culto mariano e quais critérios estão envolvidos em suas adaptações estilísticas, sua circulação e transmissão de um lugar a outro e em épocas distintas.