PPG - História

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    Construindo Liberdade: A Repressão ao Trabalho Escravo entre os anos de 1995 a 2010
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-29) Alves, Suzi Aparecida Pereira [UNIFESP]; Welch, Clifford Andrew [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9770627655517896; http://lattes.cnpq.br/5421015649146648
    Esta pesquisa tem por objetivo analisar a atuação dos trabalhadores diante dos instrumentos de fiscalização e controle do Estado, por meio de ações fiscalizatórias do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho da 15ª região (MPT-15), no combate ao trabalho escravo entre os anos de 1995 até 2010. Pretendeu-se analisar qual o papel das fiscalizações no cumprimento das leis nas relações trabalhistas entre o período de 1995 até 2010, assim como a atuação dos sindicatos, órgãos e instituições defensoras dos Direitos Humanos e dos trabalhadores. O ano de 1995 é o ano que marcou o início do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) criado pelo Ministério do Trabalho, com o objetivo de se deslocar até os espaços a serem fiscalizados com o intuito de resgatar trabalhadores submetidos a condições análogas à de escravo. Este evento marcou o efetivo reconhecimento do Estado brasileiro de tais práticas, assim como sua responsabilização na solução do problema. O ano de encerramento deste recorte temporal é o ano de 2010, fim do segundo mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha por este recorte se deu por verificarmos que no período de 2003 até 2010, as fiscalizações deram um importante salto numérico, em relação ao período anterior, 1995 até 2022. Desta maneira, usando como fontes documentais os dados do MTE, atrelados aos procedimentos processuais do MPT-15, em cotejo com a legislação e fontes pertinentes à época, buscamos compreender o papel das fiscalizações e a busca por liberdade e justiça construída e impetrada pelos trabalhadores por meio das denúncias.
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    Desinfectorio Central do Bom Retiro: incursões das ciências médicas sobre o mundo da arquitetura e do urbanismo (1891-1926)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-30) De Simone, Sergio Antonio [Unifesp]; Jorge, Janes; http://lattes.cnpq.br/3847048096593932; http://lattes.cnpq.br/7277518974143924
    O Serviço Sanitário paulista, responsável pelo primeiro Código Sanitário do estado (1894), regulamentou os serviços de saúde pública e introduziu regras urbanísticas dedicadas ao saneamento do meio ambiente urbano. Em 1896, foi criada a Diretoria do Serviço Sanitário; embora, desde 1893, a desinfecção por meio de aspersão de compostos químicos era encargo do recém-criado Serviço Geral de Desinfecções (SGD), sediado no prédio erguido no Bom Retiro: o Desinfectorio Central (DC-SGD). Foi signo emblemático do período, testemunho primordial da estruturação do atendimento à saúde. Nessa lógica, médicos, engenheiros e arquitetos idealizaram exemplar arquitetônico de programa singular com novos equipamentos - veículos de períodos diversos –, procedimentos técnicos e farmacêuticos que atenderam aos processos de desinfecção de objetos e ambientes. Modelo remanente dessa concepção, seu caráter diferenciado exigiu singularidades e ajustes das instalações e aparelhos importados à estética arquitetônica do período. Equipamentos e tecnologias estabeleceram inéditos parâmetros tectônicos operaram profundas mudanças em busca de modernidade e progresso material e científico que a sociedade paulistana almejava conquistar, naquela conjuntura de pujança econômica, resultante da expansão da cultura do café. Até a década de 1920, o SGD foi o centro das ações de combate à transmissão de moléstias. Ao final, teorias miasmáticas verificaram-se equivocadas e medidas profiláticas caíram em desuso, como as desinfecções. O período de atividade o Desinfectorio revelou resquícios práticos da convivência entre ideias em momento de transição da medicina. Em 1925, o SGD foi extinto e o prédio abrigou outros setores de saúde. Ao enunciar novos programas de uso para as edificações e do espaço público, os códigos sanitários tornaram-se aparato de controle urbano e social, em função das epidemias. Assim, seu prédio foi o vórtice de articulação entre o conhecimento médico, o policiamento da imigração, a profilaxia urbana e o controle das conexões que se estabeleceram entre cidades interiorizadas no território paulista.
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    Hábitos e habitações: ocupação popular e construção do território na Várzea do Carmo na virada do século XX
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-24) Ressurreição, Carolina Oliveira [UNIFESP]; Ferla, Luis Antonio Coelho [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3414564900325538; http://lattes.cnpq.br/5973443217090372
    Em meados do século XIX a cidade de São Paulo começaria um processo ininterrupto de expansão e transformação urbana. Nesse momento, o rio Tamanduateí e sua várzea, fundamentais para o estabelecimento da cidade e até então barreira natural para a expansão a leste do território, passam a sofrer seguidas intervenções do poder público e particulares interessados em modificar terrenos, transpor suas águas e dar fim a problemas de higiene e ocupação, promovendo melhoramentos e embelezamentos especialmente na região próxima à colina central. Ao mesmo tempo em que o discurso técnico de engenheiros urbanistas e médicos sanitaristas era mobilizado para alterar a paisagem da Várzea do Carmo, os jornais, representando e influenciando parte da opinião pública, registravam diversas ocorrências e incidentes na região - arrabaldes da cidade na época - que hoje nos ajudam a identificar quem eram as pessoas e as práticas que ocupavam o território e participavam de sua transformação. Através da diversidade de registros na imprensa, esta dissertação espacializa no território da região da Várzea do Carmo diversos sujeitos, práticas, hábitos e habitações que participaram da (re)construção cotidiana desse território e da cidade em um período de cinquenta anos (1870-1920). Assim, identifica e representa as relações de poder que se travaram na região nesse intervalo, discutindo a forma como a imprensa – e os poderes constituídos – interpretaram a lidaram com formas de vida dissidentes do que se pretendia como vida citadina hegemônica.
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    Imaginários sociais e valores da "nova direita" estadunidense no filme A Lagoa Azul ( Randal Kleiser, 1980)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-18) Araujo, Gabriele da Silva[UNIFESP]; Villaça, Mariana Martins; http://lattes.cnpq.br/9020046743817649; http://lattes.cnpq.br/3098949706261291
    A fonte histórica em análise, por meio da qual buscamos refletir sobre imaginários sociais e valores da “nova direita” estadunidense, é a produção fílmica estadunidense intitulada A Lagoa Azul (The Blue Lagoon), produzida em 1980 pela Columbia Pictures. Compreendemos o filme em questão como um documento histórico de seu tempo, ressaltando que já fizemos uma pesquisa acadêmica sobre a película em uma monografia de graduação. Portanto, esta dissertação apresentou um desdobramento daquela investigação, que tratou das relações entre Cinema, Gênero e História, na perspectiva da representação feminina no contexto social e político dos Estados Unidos entre o final dos anos 1970 e início de 1980 (Araujo, 2019), orientada pelo Prof. Dr. Flávio Villas Boas Trovão. A Lagoa Azul (1980) é um bom exemplar de seu tempo, ainda que para o senso comum seja uma obra sem grande valor artístico, do ponto de vista histórico possui grande relevância por ser um documento que nos ajuda a compreender valores importantes da sociedade em que foi produzido. Mesmo não sendo um clássico, por ter sido um fenômeno massivo, o filme nos permitiu refletir sobre os elementos que seduziram o público norte-americano - e brasileiro, se considerarmos seu sucesso no país -, como aspectos vinculados a imaginários, estereótipos e valores morais presentes naquela sociedade e que foram gatilhos importantes para a identificação entre espectadores e obra.
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    O passado romano como propaganda política napoleônica: Uma análise sobre a construção simbólica triunfal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-22) Gomes, Mayra dos Santos [UNIFESP]; Silva, Glaydson José da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6399650055335751; http://lattes.cnpq.br/0916854173706991
    Nas últimas décadas, os estudos sobre o passado têm se desenvolvido em diferentes frentes epistemológicas, que aportaram para a História importantes contribuições. No que concerne à História Antiga, uma dessas frentes reside na incorporação dos estudos sobre a Recepção da Antiguidade, na vertente chamada “Usos do Passado”. Em uma breve consideração, tais estudos podem ser definidos como aqueles que têm como objeto de análise aspectos do uso instrumental do passado (que serve a determinado fim), mobilizado por diferentes interesses do presente. Inserido nesta perspectiva, a presente pesquisa visa compreender as formas em que Napoleão Bonaparte se apropriou de objetos da Antiguidade com o objetivo de construir uma narrativa de legitimação de seu poder no início do século XIX. Para esta finalidade, serão analisados os monumentos de inspiração triunfal romana que foram construídos a mando do imperador com o objetivo de perpetuar sua imagem como herdeiro de Roma e legitimar sua política. Os arcos triunfais do Carrossel e da Estrela foram projetados para propagar os feitos de Bonaparte com um papel fundamental em uma composição espacial formulada para acentuar os seus ideais políticos, que asseguram a linhagem vitoriosa na qual Napoleão se coloca como herdeiro e a partir da qual visa construir para a França seu modelo imperialista.