Aplicabilidade de novos biomarcadores em nefrite lúpica
Data
2019-08-29
Autores
Piraciaba, Tamires Teixeira 
Orientadores
Kirsztajn, Gianna Mastroianni
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
INTRODUCTION: Lupus Nephritis (LN) is one of the most common and serious manifestations of systemic lupus erythematosus (SLE) and affects about 60% of adults with the disease. Traditional markers such as sereum creatinine, hematuria, and proteinuria, and validated scores such as the Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K), are used to follow these patients. New biomarkers are being studied as additional tools in clinical practice. OBJECTIVES: To assess serum levels of VEGF and suPAR and urinary levels of suPAR as markers of disease activity in individuals with LN. PATIENTS AND METHODS: Fifty-one patients aged 18 years or older, with a diagnosis of SLE were evaluated, based on the presence of at least four criteria of the American Association of Rheumatology and renal biopsy with LN. RESULTS: The majority of the patients were female (88.2%), white (51.0%) and with a mean age of 36.1 years. The majority belonged to classes IV (51.0%) and V (31.4%) with median disease duration of 2.5 years, ranging from 1 month to 32.0 years. In laboratory tests, 28 (54.9%) presented hematuria; proteinuria levels above 3.5 g /24h were observed in 17 (33.3%) patients, negative anti DNA and normal serum albumin were confirmed in 34 (66.7%) patients. The median SLEDAI-2K score was 11, ranging from 0 to 23. Proteinuria levels were not shown to be related to urinary suPAR, VEGF and serum suPAR. Patients with hematuria presented higher levels of urinary suPAR when compared to those without hematuria and there was an increasing correlation between SLEDAI-2K and urinary suPAR. CONCLUSIONS: In this population with LN, there was a predominance of women with class IV. Most had moderate disease activity according to SLEDA-2K. Urinary suPAR levels were found to correlate with the presence of hematuria and with elevated levels of the score. In this study there was no association of VEGF or serum suPAR with other markers.
INTRODUÇÃO: A nefrite lúpica (NL) é uma das manifestações mais comuns e graves do lúpus eritematoso sistêmico (LES) e afeta cerca de 60% dos adultos com a doença. Marcadores tradicionais como creatinina sérica, hematúria e proteinúria, e escores validados como o Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K), são usados para acompanhamento desses pacientes. Novos biomarcadores estão sendo estudados, como ferramenta adicional na prática clínica. OBJETIVOS: Avaliar os níveis séricos de VEGF e suPAR e os níveis urinários de suPAR como marcadores de atividade de doença em indivíduos com NL. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados 51 pacientes com 18 anos ou mais com diagnóstico de LES estabelecido pela presença de pelo menos quatro critérios da Associação Americana de Reumatologia. Ter biópsia renal com diagnóstico de NL foi critério de inclusão. RESULTADOS: A maioria dos pacientes eram do sexo feminino (88,2%), de cor branca (51,0%) e com idade média de 36,1 anos, predominantemente classes IV (51,0%) e V (31,4%) da NL, com tempo mediano de doença de 2,5 anos, variando de 1 mês a 32 anos. Na avaliação dos exames laboratoriais, 28 (54,9%) apresentaram hematúria; níveis de proteinúria acima de 3,5 g/24h foram observados em 17 (33,3%) pacientes, anti DNA negativo e albumina sérica normal foram confirmados em 34 (66,7%) pacientes. O escore mediano do SLEDAI-2K foi de 11, variando de 0 a 23. Os níveis de proteinúria não se mostraram relacionados ao suPAR urinário, VEGF e suPAR séricos. Pacientes com hematúria apresentam maior suPAR urinário quando comparados aos sem hematúria e houve correlação crescente entre o escore de SLEDAI-2K e suPAR urinário. CONCLUSÕES: Nesta população com NL, houve predomínio do sexo feminino, de classe IV e de atividade moderada da doença conforme o SLEDAI-2K. Detectou-se que níveis de suPAR urinário correlacionaram-se com presença de hematúria e com escores mais elevados do SLEDAI-2K. Não houve associação significante dos níveis séricos do VEGF ou do suPAR com os demais marcadores.
INTRODUÇÃO: A nefrite lúpica (NL) é uma das manifestações mais comuns e graves do lúpus eritematoso sistêmico (LES) e afeta cerca de 60% dos adultos com a doença. Marcadores tradicionais como creatinina sérica, hematúria e proteinúria, e escores validados como o Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K), são usados para acompanhamento desses pacientes. Novos biomarcadores estão sendo estudados, como ferramenta adicional na prática clínica. OBJETIVOS: Avaliar os níveis séricos de VEGF e suPAR e os níveis urinários de suPAR como marcadores de atividade de doença em indivíduos com NL. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados 51 pacientes com 18 anos ou mais com diagnóstico de LES estabelecido pela presença de pelo menos quatro critérios da Associação Americana de Reumatologia. Ter biópsia renal com diagnóstico de NL foi critério de inclusão. RESULTADOS: A maioria dos pacientes eram do sexo feminino (88,2%), de cor branca (51,0%) e com idade média de 36,1 anos, predominantemente classes IV (51,0%) e V (31,4%) da NL, com tempo mediano de doença de 2,5 anos, variando de 1 mês a 32 anos. Na avaliação dos exames laboratoriais, 28 (54,9%) apresentaram hematúria; níveis de proteinúria acima de 3,5 g/24h foram observados em 17 (33,3%) pacientes, anti DNA negativo e albumina sérica normal foram confirmados em 34 (66,7%) pacientes. O escore mediano do SLEDAI-2K foi de 11, variando de 0 a 23. Os níveis de proteinúria não se mostraram relacionados ao suPAR urinário, VEGF e suPAR séricos. Pacientes com hematúria apresentam maior suPAR urinário quando comparados aos sem hematúria e houve correlação crescente entre o escore de SLEDAI-2K e suPAR urinário. CONCLUSÕES: Nesta população com NL, houve predomínio do sexo feminino, de classe IV e de atividade moderada da doença conforme o SLEDAI-2K. Detectou-se que níveis de suPAR urinário correlacionaram-se com presença de hematúria e com escores mais elevados do SLEDAI-2K. Não houve associação significante dos níveis séricos do VEGF ou do suPAR com os demais marcadores.
Descrição
Citação
PIRACIABA, Tamires Teixeira. Aplicabilidade de novos biomarcadores em nefrite lúpica. 2019. 43f. Dissertação (Mestrado em Nefrologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.