Avaliação do ângulo de penação do músculo gastrocnêmio medial - comparação entre voluntários e corredores de rua

Date
2019-10-18Author
Mendes, Lara Barros Cecilio [UNIFESP]
Advisor
Fernandes, Carlos Henrique [UNIFESP]Type
Dissertação de mestrado profissionalMetadata
Show full item recordAbstract
Objective: The aim of this study was to evaluate the angle of pennation at rest and the maximum concentric contraction of the medial gastrocnemius between runners and non-runners. Methods: From January to April 2019, 62 volunteers were evaluated, being 31 volunteer runners and 31 non-runner. The pennation angle (AP) of the bilateral medial gastrocnemius was collected using a real-time ultrasound device (GE Heathcare P6; Philips HD 11) with a 9 mHz linear frequency transducer. The study images were collected during rest, with the volunteers standing, knees at full extension, ankles to the ground and parallel, and the images of the right and left leg were collected. After it was requested the participants to perform a bilateral maximal plantar flexion with the feet parallel and quadriceps and knees to the maximum extent, and images of the bilateral medial gastrocnemius muscle were collected. The data were stored for later measurement of pennation angle. Statistical analysis was performed using Student T test, qhisquare test and Pearson correlation. The result of each comparison has a value of p, being defined as a significance value of 0.05 (5%). Parametric tests were also used to test the normality of quantitative variables. Results: the group of runners has 14 (45.2%) female volunteers and 17 (54.8%) male, and the group of non-runners are represented by 18 (58.1%) female volunteers and 13 (41.9%) males. The group of runners presented dominance on the right side of 80.6% (25 volunteers) and on the left side of 19.4% (6 volunteers). The group of non-runners presented 90.3% (28 volunteers) of right dominance and 9.7% (3 volunteers) of left dominance. The average age of runners was 35.6 years (23 - 51 years); in the group of non-runners, the average age was 34.5 years (18 - 59 years). The Body mass index (BMI) of the runners presented an average of 22.48 (18.47 - 29.34), the group of non-runners presented an average of 26.61 (19.09 - 35.13). The group of runners at rest had an average pennation angle of 19.46° while the group of non-runners had an average of 22.25°, with a p value of 0.004 (0.4%). In the left leg presented significant difference of pennation angle between the groups with p value of 0.029 (2.9%) during rest, where the average of the runners is lower than the nonrunners (20.79° and 22.83° respectively). In the group of runners during rest the xviii average pennation angle of the males was 20.71° and females 17.94° with p value of 0.20 (2.9%) and in the maximal voluntary contraction it had an average of 42.57° and 37.00°, respectively with p value of 0.045 (4.5%). When comparing the group of nonrunners in relation to gender, it is observed that there is no statistically significant difference (p = 0.79). When comparing the angle at rest with the maximum voluntary contraction in each group, statistically significant values were observed (p <0.001). Conclusion: The pennation angle presented a higher value in the maximum concentric contraction between runners and non-runners, in relation to rest. Runners had a significantly lower angle of pennation at rest than non-runners. Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar o ângulo de penação no repouso e na contração concêntrica voluntária máxima do gastrocnêmio medial entre corredores e não corredores. Métodos: no período de janeiro a abril de 2019 foram avaliados 62 voluntários, sendo 31 voluntários atletas corredores e 31 não atletas. O ângulo de penação (AP) do músculo gastrocnêmio medial bilateral foi coletado por um aparelho de ultrassom em tempo real (GE Heathcare P6; Philips HD 11), com um transdutor linear de frequência 9 mHz. As coletas das imagens do estudo foram realizadas durante o repouso, com os voluntários em pé, joelhos em extensão máxima, tornozelos no solo e paralelos, sendo coletadas as imagens da perna direita e esquerda. Em seguida, solicitava-se que os participantes realizassem uma flexão plantar máxima bilateral com os pés paralelos e quadríceps e joelhos em extensão máxima, sendo coletadas as imagens do músculo gastrocnêmio medial bilateral. Os dados foram armazenados para posterior medição do ângulo de penação. Foi utilizado na análise estatística o teste T student, teste quiquadrado e a correlação de Pearson. O resultado de cada comparação apresenta um p, sendo definido como um valor de significância de 0,05 (5%). Foram usados também testes paramétricos, para testar a normalidade das variáveis quantitativas. Resultados: o grupo dos corredores era formado por 14 (45,2%) voluntários do gênero feminino e 17 (54,8%) do masculino, e o grupo dos não corredores, por 18 (58,1%) voluntários do gênero feminino e 13 (41,9%) do masculino. O grupo dos corredores apresentou 80,6% (25 voluntários) de dominância do lado direito e 19,4% (6 voluntários) do lado esquerdo. O grupo dos não corredores apresentou 90,3% (28 voluntários) de dominância do lado direito e 9,7% (3 voluntários) de dominância do esquerdo. A média de idades dos corredores foi de 35,6 anos (23 - 51 anos), e a dos não corredores, de 34,5 anos (18 - 59 anos). O índice de massa corporal (IMC) dos corredores apresentou uma média de 22,40 (18,47 - 29,34), e o grupo dos não corredores, de 26,61(19,09 - 35,13). O grupo dos corredores em repouso apresentou uma média do ângulo de penação de 19,46°, enquanto o grupo dos não corredores uma média de 22,25°, possuindo um valor p de 0,004 (0,4%). A perna esquerda apresentou diferença significante entre os grupos com valor p de 0,029 (2,9%) durante o repouso, sendo a xvi média do ângulo de penação dos corredores menor do que a dos não corredores (20,79° e 22,83° respectivamente). No grupo dos corredores, durante o repouso a média do gênero masculino foi de 20,71° e a do feminino, de 17,94°, com valor p de 0,20 (2,9%). Na contração concêntrica muscular voluntária máxima, o ângulo de penação apresentou uma média de, respectivamente, 42,57° e 37,00°, com valor de p de 0,045 (4,5%). Ao comparar o grupo dos não corredores em relação ao gênero, observou-se que não há diferença estatisticamente significante (p de 0,79). Quando comparando o ângulo de penação em repouso com o da contração concêntrica muscular voluntária máxima em cada grupo, observaram-se valores estatisticamente significantes (p < 0,001). Conclusão: O ângulo de penação apresentou um valor maior na contração concêntrica muscular voluntária máxima entre os corredores e não corredores, em comparação ao repouso. Corredores apresentaram um ângulo de penação significantemente menor em repouso do que os não-corredores.