Violência escolar, normas de gênero e heteronormatividade
Data
2019-08-20
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This work has investigated relations between gender rules, heteronormativity and school violence. The main hypothesis is that schools which propose studies and actions about this theme may present less violence episodes. There were analyses upon one public and one private school that propose actions about gender and heteronormativity and one public and one private school that do not propose the subject. It was observed the relationship between the students at the classroom, at the Physical Education classes and also at other school’s environments. Semi structured interviews were made to collect empirical information in order to build an analytic scenery of each school dynamic. From the concepts developed by Critical Theory of Society, it aimed to understand how taboos and gender and sexuality rules were built and rectified in their relations at school and, consequently, with society. The data analysis points that incidence of violence related to gender rules and heteronormativity does not seems to occur. However, the analysis has shown the existence of other violence forms among pairs and on studentteacher relationship. In this way, it was necessary to evoke concepts such as authority, autonomy and (in) discipline to analyze these violence forms. In schools that “gender rules and heteronormativity” themes are developed, it was observed the trendy of do not treat victim as guilty, what occurs at schools which do not develop the theme.
Este trabalho investigou relações entre normas de gênero, heteronormatividade e violência escolar, partindo da hipótese de que nas escolas em que ações sobre esta temática sejam feitas, as relações sejam menos violentas. Foram analisadas uma escola pública e uma privada que propõem ações voltadas às questões de gênero e heteronormatividade e uma escola pública e uma privada que não adotam tais medidas. Observamos as relações entre estudantes nas salas de aula, nas aulas de educação física e espaços escolares, realizamos entrevista semi-estruturada com a equipe gestora e professores/as para coletar dados empíricos a fim de compor um cenário de análise da dinâmica escolar em questão. A partir de conceitos da Teoria Crítica da Sociedade, buscou-se entender como são construídos e retificados tabus e normas acerca da sexualidade e gênero e sua relação com a violência na escola, e, consequentemente, com a sociedade. A análise dos dados apontou que a incidência de violência relacionada a normas de gênero e heteronormatividade parece não ocorrer nas escolas pesquisadas. Observou-se, contudo, a existência de outras formas de violência nas relações entre pares e na relação professor/a-aluno/a. Assim, para analisar estas formas de violência foi necessário resgatar conceitos de autoridade, autonomia e (in) disciplina. Nas escolas em que a temática “normas de gênero e heteronormatividade” é abordada, observou-se a tendência em não culpabilizar a vítima, diferentemente do que ocorre nas escolas que não abordam a temática.
Este trabalho investigou relações entre normas de gênero, heteronormatividade e violência escolar, partindo da hipótese de que nas escolas em que ações sobre esta temática sejam feitas, as relações sejam menos violentas. Foram analisadas uma escola pública e uma privada que propõem ações voltadas às questões de gênero e heteronormatividade e uma escola pública e uma privada que não adotam tais medidas. Observamos as relações entre estudantes nas salas de aula, nas aulas de educação física e espaços escolares, realizamos entrevista semi-estruturada com a equipe gestora e professores/as para coletar dados empíricos a fim de compor um cenário de análise da dinâmica escolar em questão. A partir de conceitos da Teoria Crítica da Sociedade, buscou-se entender como são construídos e retificados tabus e normas acerca da sexualidade e gênero e sua relação com a violência na escola, e, consequentemente, com a sociedade. A análise dos dados apontou que a incidência de violência relacionada a normas de gênero e heteronormatividade parece não ocorrer nas escolas pesquisadas. Observou-se, contudo, a existência de outras formas de violência nas relações entre pares e na relação professor/a-aluno/a. Assim, para analisar estas formas de violência foi necessário resgatar conceitos de autoridade, autonomia e (in) disciplina. Nas escolas em que a temática “normas de gênero e heteronormatividade” é abordada, observou-se a tendência em não culpabilizar a vítima, diferentemente do que ocorre nas escolas que não abordam a temática.