Avaliação da ativação da micróglia e desmielinização em um modelo experimental para Esclerose Múltipla após administração de Canabidiol e diferentes fases da doença

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Data
2019-05-30
Autores
Souza, Stefanie Ane Valerio De [UNIFESP]
Orientadores
Arisi, Gabriel Maisonnave [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Multiple sclerosis (MS) is a chronic, autoimmune, and neurodegenerative inflammatory disease that affects approximately 2.5 million people worldwide. The symptoms are due to neuroinflammation and demyelination, so understanding these mechanisms may contribute to alternative forms of treatment. The recent description of endocannabinoid system as a modulating element of the central and peripheral nervous system and its interface with immune cells has caused interest in the use of phytocannabinoids such as cannabidiol (CBD) as adjuvant therapy in MS. The objective of this work was to investigate the effects of CBD administered in different phases of an experimental model for MS in the clinical course of the disease, as well as in the demyelination and modulation of glial cells. For this, experimental autoimmune encephalomyelitis was induced in 8-week C57BL / 6 female mice (n = 80 mice; CEUA nº 3710191016) by subcutaneous injection of an emulsion containing CFA with peptide MOG35-55, combined with pertussis toxin i.p. on days 0 and 2. Animals were monitored for 21, 24 or 28 days and graded from 0 to 5 for the observed flaccid paralysis. Animals received cannabidiol 10mg / kg or vehicle solution i.p. for 10 days at different intervals: on days 5 to 14 or 14 to 23 post-induction. A clinical score, as well as spinal cord damaged area were evaluated after the treatment. There was no significant reduction in the clinical scores of the disease in the groups that received cannabidiol previously (days 5-14) or after (days 14-23) the disease onset. In addition, there was no significant difference in area of spinal cord injury in both cases. This study indicate that cannabidiol, as monotherapy was not effective in improving motor symptoms in EAE experimental model.
A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, autoimune e neurodegenerativa que afeta mundialmente aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. Como os sintomas são devido à neuroinflamação e a desmielinização, o entendimento desses mecanismos pode contribuir para formas alternativas de tratamento. A recente descrição do sistema endocanabinóide como elemento modulador do sistema nervoso central e periférico e sua interface com células imunes causou interesse no uso de fitocanabinóides como o canabidiol (CBD) como terapia adjuvante na EM. Portanto, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do CBD administrado em diferentes fases de um modelo experimental para EM no curso clinico da doença, bem como na desmielinização e modulação das células da glia. Para isso, a encefalomielite autoimune experimental foi induzida em camundongos fêmeas C57BL/6 de 8 semanas (n=80 experimental; CEUA nº3710191016) pela injeção subcutânea de uma emulsão contendo CFA com peptídeo MOG35-55, combinado a toxina pertussis i.p nos dias 0 e 2. Os animais foram monitorados por 21, 24 ou 28 dias e classificados numa escala de 0 a 5 para a paralisia flácida observada. Os animais receberam canabidiol 10mg/kg ou solução veículo via i.p. durante 10 dias em intervalos diferentes: nos dias 5 a 14 ou 14 a 23 pós-indução. O escore clinico dos animais, assim como a desmielinização e área de lesão medular foram avaliados após o tratamento. Não houve redução significativa nos escores clínicos da doença nos grupos que receberam canabidiol previamente (dias 5-14) ou após (dias 14-23) o início dos sintomas. Também em ambos os casos, não houve diferença significativa na área de lesão na medula espinhal. Este trabalho mostrou portanto que o canabidiol como monoterapia não foi efetivo na melhora dos sintomas motores observados no modelo experimental utilizado.
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